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segunda-feira, 10 de abril de 2017

DECIFRANDO ENIGMA

A garagem do edifício residencial era o cenário ambientado, na esfera onírica, onde pudemos presenciar pessoas saindo de seus carros em direção de seus destinos. Estávamos de pé vendo essa saída e buscamos um espaço onde não pudesse atrapalhá-los numa faixa destinada a pedestres.
A análise da situação era o próprio ambiente em que estávamos. As pessoas dependiam delas mesmas para sair do edifício, mesmo sabendo que estávamos atravessando a faixa usada por motoristas.
Embora haja o emaranhamento quântico por causa do “big bang” confirmando a expansão do universo, teoria defendida pelo cientista britânico, Stephen Hawking, atualmente usuário de cadeira de rodas, esses motoristas não dependiam de nós para sair da garagem, eles possuíam, cada um, a sua individualidade.
Esse aspecto do ser humano foi abordado pelo tribuno Divaldo Franco, ao ensejo da realização da XIX Conferência Estadual Espírita – Pinhais – PR – 19 de março de 2017: “Essa individualidade permanece, a despeito do desaparecimento da indumentária física. O Self não se destrói, transitando de corpo em corpo até alcançar o estado numinoso, segundo Carl Gustav Jung”.
Seguindo a linha jungiana, a psicóloga Hellen Reis Mourão elucida: “Conforme Carl Jung, o Si-mesmo, ou Self, é uma imagem arquetípica do potencial mais pleno do homem, ou seja, da totalidade.” – O Self ou Si-Mesmo – Blog Café com Jung – 31 de março de 2014.
O arquétipo do numinoso foi encampado em interpretações diferentes da originalidade pura que não precisa de interpretação por seguidores do apelo religioso que o viam como a presença de anjos da guarda, espírito santo ou da presença divina em cada ser humano. O samadhi dos orientais busca a interação da invidualidade com o Uno, concluindo que todos somos Um.
Ao longo da série Pégaso, de nossa autoria, revelamos o ser profundo que todos somos, sem exceção, que se manifesta mais percebível quando dormimos e sonhamos.
Nesse emaranhamento quântico, caminhamos em egrégora e, quando um dos participantes não acompanha a evolução no caminhar do conjunto a que está veiculado, há uma inflação de número no volume de fótons que essa egrégora carreia. Isto de modo algum, impede o avanço de quem descobriu em seu coração o reino celestial que está interligado com o reino humano.
Decifra-me ou devoro-te é a inscrição milenar ostentada na efígie de Gizé, no Egito, de onde nasceu a ideia monoteísta do faraó Akhenaton, conhecido também com o nome de Amenófis IV, e a esposa Nefertiti, treze séculos antes de Cristo.  
O paradigma vigente que está indo embora do planeta investe na competitividade e separatividade que mantém a segregação em todos os níveis, ostentando a força da matrix que ocupa o espaço onde está a maioria dos habitantes, força que é transferida, em ciclos de ida e volta para o outro lado da matrix, imantada na famosa teoria do caos. 
Amores que demos nossas melhores energias estão sendo levados a mundos afins, neste mesmo diapasão de paixões resvaladas a níveis em que o abismo já está presente entre eles. No entanto, nunca iremos desistir de amar. Algo fica plantado no ar, assim como as chuvas, um dia, as águas retornam. [CHOVENDO – 21 de janeiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Tudo que não transcende fica na Terra, não importando os valores que se atribuíram a pessoas, entidades ou coisas. O reino do ego é eliminado quando a essência profunda, implantada no ser que todos nós somos, sem exceção, eclodir. Esse reino foi descoberto pelo rei Salomão quando disse “tudo é vaidade”, ao mesmo tempo, em compensação, implantou, no mundo ocidental, o culto do Deus único. [ESTAR EM CARTAZ – 7 de fevereiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Quem se sente desolado por um amor não correspondido, não fique assim não. O amor, fluindo no campo astral, não se perde e tem o seu reino de mil encantos que nos faz feliz quando o momento oportuno chegar. Os sonhos são reveladores dessa assertiva. [PÉGASO (XLVII) – 21 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
Estar em cartaz é o momento de júbilo em que manifestamos o que somos, em essência, onde iremos adquirir, no plano terreno, o que falta ser completado, nessa fase de aperfeiçoamento das qualidades nobres de que somos portadores. A vida é uma benção. [ESTAR EM CARTAZ – 7 de fevereiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na esfera onírica, não identificamos nenhum motorista do edifício residencial, mas sabemos que eles estão na mesma egrégora em que nos situamos em comum acordo e deleite. A nossa posição em pé em frente deles era sinal de que algo estava faltando em nós para acompanha-los, dirigindo o nosso próprio carro.
Algum engrama do passado deveria ser descarregado, lembrando-nos do pensamento de Nietzsche: “Quando você olha muito tempo para o abismo, o abismo olha para você.” Em fração de segundos, nos recompomos e tivemos a certeza de que eles, os motoristas, estão seguindo conosco na mesma egrégora. Tudo se interliga.

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