A garagem do edifício residencial era o cenário ambientado, na esfera
onírica, onde pudemos presenciar pessoas saindo de seus carros em direção de
seus destinos. Estávamos de pé vendo essa saída e buscamos um espaço onde não
pudesse atrapalhá-los numa faixa destinada a pedestres.
A análise da situação era o
próprio ambiente em que estávamos. As pessoas dependiam delas mesmas para sair
do edifício, mesmo sabendo que estávamos atravessando a faixa usada por
motoristas.
Embora haja o emaranhamento
quântico por causa do “big bang” confirmando a expansão do universo, teoria
defendida pelo cientista britânico, Stephen Hawking, atualmente usuário de
cadeira de rodas, esses motoristas não dependiam de nós para sair da garagem,
eles possuíam, cada um, a sua individualidade.
Esse aspecto do ser humano
foi abordado pelo tribuno Divaldo Franco, ao ensejo da realização da XIX
Conferência Estadual Espírita – Pinhais – PR – 19 de março de 2017: “Essa
individualidade permanece, a despeito do desaparecimento da indumentária física.
O Self não se destrói, transitando de corpo em corpo até alcançar o estado
numinoso, segundo Carl Gustav Jung”.
Seguindo a linha jungiana,
a psicóloga Hellen Reis Mourão elucida: “Conforme Carl Jung, o Si-mesmo, ou
Self, é uma imagem arquetípica do potencial mais pleno do homem, ou seja, da
totalidade.” – O Self ou Si-Mesmo – Blog Café com Jung – 31 de março de 2014.
O arquétipo do numinoso foi
encampado em interpretações diferentes da originalidade pura que não precisa de
interpretação por seguidores do apelo religioso que o viam como a presença de
anjos da guarda, espírito santo ou da presença divina em cada ser humano. O
samadhi dos orientais busca a interação da invidualidade com o Uno, concluindo
que todos somos Um.
Ao longo da série Pégaso,
de nossa autoria, revelamos o ser profundo que todos somos, sem exceção, que se
manifesta mais percebível quando dormimos e sonhamos.
Nesse emaranhamento
quântico, caminhamos em egrégora e, quando um dos participantes não acompanha a
evolução no caminhar do conjunto a que está veiculado, há uma inflação de
número no volume de fótons que essa egrégora carreia. Isto de modo algum,
impede o avanço de quem descobriu em seu coração o reino celestial que está
interligado com o reino humano.
Decifra-me ou devoro-te é a
inscrição milenar ostentada na efígie de Gizé, no Egito, de onde nasceu a ideia
monoteísta do faraó Akhenaton, conhecido também com o nome de Amenófis IV, e a
esposa Nefertiti, treze séculos antes de Cristo.
O paradigma vigente que
está indo embora do planeta investe na competitividade e separatividade que
mantém a segregação em todos os níveis, ostentando a força da matrix que ocupa
o espaço onde está a maioria dos habitantes, força que é transferida, em ciclos
de ida e volta para o outro lado da matrix, imantada na famosa teoria do
caos.
Amores que demos nossas
melhores energias estão sendo levados a mundos afins, neste mesmo diapasão de
paixões resvaladas a níveis em que o abismo já está presente entre eles. No
entanto, nunca iremos desistir de amar. Algo fica plantado no ar, assim como as
chuvas, um dia, as águas retornam. [CHOVENDO – 21 de janeiro de 2017 – blog
Fernando Pinheiro, escritor].
Tudo que não transcende
fica na Terra, não importando os valores que se atribuíram a pessoas, entidades
ou coisas. O reino do ego é eliminado quando a essência profunda, implantada no
ser que todos nós somos, sem exceção, eclodir. Esse reino foi descoberto pelo
rei Salomão quando disse “tudo é vaidade”, ao mesmo tempo, em compensação,
implantou, no mundo ocidental, o culto do Deus único. [ESTAR EM CARTAZ – 7 de
fevereiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Quem se sente desolado por
um amor não correspondido, não fique assim não. O amor, fluindo no campo
astral, não se perde e tem o seu reino de mil encantos que nos faz feliz quando
o momento oportuno chegar. Os sonhos são reveladores dessa assertiva. [PÉGASO
(XLVII) – 21 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Estar em cartaz é o momento
de júbilo em que manifestamos o que somos, em essência, onde iremos adquirir,
no plano terreno, o que falta ser completado, nessa fase de aperfeiçoamento das
qualidades nobres de que somos portadores. A vida é uma benção. [ESTAR EM
CARTAZ – 7 de fevereiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na esfera onírica, não
identificamos nenhum motorista do edifício residencial, mas sabemos que eles
estão na mesma egrégora em que nos situamos em comum acordo e deleite. A nossa
posição em pé em frente deles era sinal de que algo estava faltando em nós para
acompanha-los, dirigindo o nosso próprio carro.
Algum engrama do passado
deveria ser descarregado, lembrando-nos do pensamento de Nietzsche: “Quando
você olha muito tempo para o abismo, o abismo olha para você.” Em fração de
segundos, nos recompomos e tivemos a certeza de que eles, os motoristas, estão
seguindo conosco na mesma egrégora. Tudo se interliga.
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