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domingo, 23 de abril de 2017

UMA OITAVA A MAIS

Há muito tempo, uma alegria inefável senti ao ver a aurora boreal no polo norte numa revelação onírica. À época, no dia seguinte daquele sonho, a TV-Globo mostrou esse espetáculo da natureza, o mesmo visto por mim, anteriormente. Corre o tempo... outros sonhos vieram.
Dois soldados, montados a cavalo, faziam a proteção do lugar interditado, era o passado simbolizado na esfera onírica. Aproximei-me para ver o local, mas eles avançaram sobre mim demonstrando que era impossível avançar.
No dia anterior, li no mural do facebook uma frase que me chamou a atenção: Не ищите новых встреч со старой мечтой. Это погоня за миражами. Irina Orlova, Rostov, Rússia (Do not look for new encounters with the old dream. This is the pursuit of mirages. Não procure novos encontros com o velho sonho. Esta é a busca de miragens].
Quando as circunstâncias não são mais favoráveis, é impossível algo, que pensamos fazer, acontecer. O tempo, como os ventos, mudam de direção. Na área afetiva, quando não temos, há muito tempo, notícias de quem foi para nós algo que os sonhos ainda não podiam, naquele momento, alcançar, podemos descobrir situações adversas àquela época vivida em idílio amoroso.
De repente, na sequência da realidade onírica, estava eu no final de festa dedicada aos convidados do mesmo clã, vendo o desfecho de uma situação que estava indo embora. Um membro da família estava presente usando um terno escuro como naquela noite em que eu e a mãe dele assistimos a um casamento na sede social do São Paulo Futebol Clube, na capital paulista.
Como tudo é revelado, mais cedo ou mais tarde, um grupo de convidados apresentou à segurança queixa contra ele, pedindo a retirada dele do salão. Quando foi agarrado à força para ser expulso, os trajes dele ficaram amarrotados, parecendo um criminoso no momento da prisão.
Arrastado pela rua, atirou em minha direção uma pedra que não me atingiu. Naquele momento, a casa, enriquecida pela decoração, estava em ruína, impossibilitada de haver moradores.
A ligação do passado é mantida viva porque os pensamentos criam essa condição que os fazem ficar ligados uns aos outros, embora não haja vontade atual para ficar juntos pelo desgaste que o tempo consumiu. [O SONHO DE MARIANNE – 28 de janeiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
É que os engramas do passado são forças coercitivas superiores à mudança de atitudes de quem busca se beneficiar em atitudes que ocasionaram perdas. O interlocutor carrega os pensamentos que lhe deixamos como carga que o faz sucumbir ou se elevar, se houver enlevo amoroso. É que as pessoas necessitam caminhar em direção de novas paisagens tanto íntimas quanto externas que repercutem no mundo onírico. [O SONHO DE MARIANNE – 28 de janeiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Vale salientar ainda os textos das crônicas DANÇANDO VALSA – 22 de março de 2017 e DANÇANDO TANGO – 29 de agosto de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor, que dizem respeito a uma oitava a mais que aderimos ao movimento de renovação planetária expurgando a densa consciência planetária que está indo embora, com a sacralização da Terra. A seguir:
Na madrugada risonha e feliz, estava eu, dentro do sonho, dançando a Valsa nº 2, de Dmitri Shostakovich, compositor russo, em efusiva manifestação de alegria, acompanhado de minha partner, uma linda mulher russa, em trajes típicos que relembram festividade comemorativa das colheitas.
Estava trajando uma roupa típica dos países eslavos em cores vivas e alegres, botas de cano alto e uma faixa vermelha na cintura fazia um colorido todo especial. No movimento da dança, a faixa desbotava, dando a impressão de que a influência da densa consciência planetária ainda fazia parte dos engramas que estão indo embora, com repercussão acentuada da indumentária.
A dança russa prosseguia em evolução cadenciada em ritmo sincronizado manifestado pelos passos da dançarina e acompanhado por mim em enlevo embriagador. Os encantos da mulher tinham voz na musicalidade que ela manifestava em movimentos dançantes.
A cinta desbotada, em milésimos de segundos, recuperava a cor original pela movimentação que a dançarina fazia grudada ao meu corpo. É que a ideia sagrada de que todos somos um era evidente em nós dois dançando.
Mais uma vez, a minha gratidão à mulher eslava por me ajudar a ascender a uma oitavada a mais na consciência planetária unificada que está surgindo em todos os recantos planetários a passos de galope. É aquela sacralização do planeta que nos falou o papa Pio XII ao pressentir a chegada dos tempos novos que irão substituir a densa consciência planetária.
Inefável felicidade que sentimos nesse esquema de plenitude em que estamos pertencendo à egregora em que a luz é o principal vetor de comunicação. Conquistamos, assim, a transparência em que colocamos o pensamento em nosso comportamento focado em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Esta vivência é sublime.
O mundo que criamos, em pensamento, é o mundo sem algemas escravocratas em que a maioria populacional está subjugada e, confusa no processo de libertação, buscando outros comportamentos de manada sem ainda vivenciar o que a minoria sente. [DANÇANDO VALSA – 22 de março de 2017 – Fernando Pinheiro, escritor].
As amarras, em que o coração foi retido, é algo que necessita de uma reflexão que dê luz na expectativa de um novo caminhar. Somente o ser profundo, que todos nós somos, pode ter essa visão da realidade da existência, o que temos são apenas indícios que podem nos levar a esse caminho. [DANÇANDO TANGO – 29 de agosto de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor] 
Retomando à narrativa do sonho recente, voltei para rever os escombros da casa e constatei apenas um terreno vazio. Saí imediatamente e a caminho do hotel, encontrei, pela primeira vez, saindo à porta de uma casa uma jovem mulher que me disse: “se você quiser, pode passar a noite aqui no meu quarto, sou charmosa e muito desejada. Ao lado dela, um homem estava saindo dali. Olhei para as pernas dela e vi que era lindas. Segui em frente.
Nesse crescimento a uma oitava a mais na consciência planetária, todo o meu passado, contendo engramas, estava sendo deletado, inclusive com as amizades na internet. É tempo de renovação e de avanço aos páramos sublimes. Uma satisfação aflorou em mim como um renascer de alegria.
Sem mais nenhum vínculo a resgatar do passado terreno, uma nova etapa veio surgindo com luzes e cores à semelhança da aurora boreal no polo norte do planeta como acontece também em Marte, constatado por sondas espaciais.
O momento é de júbilo e de silêncio e também de encantos.

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