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quinta-feira, 6 de abril de 2017

O SENADOR E AS ACADEMIAS


O senador Ronaldo Cunha Lima (1936/2012), no dia 10 de dezembro de 1998, veio especialmente de Brasília para o Rio de Janeiro a fim de participar do 2° Seminário Banco do Brasil e a Integração Social, organizado pela Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, sob a presidência do escritor Fernando Pinheiro, realizado no Auditório do Edifício SEDAN – Banco do Brasil – Rua Senador Dantas, 105 – 22° andar – Rio de Janeiro – RJ.  
Orador brilhante, de verbo eloquente e magnífica exposição de ideias, o poeta Ronaldo Cunha Lima é merecedor de grandes elogios. Por força do destino, o poeta paraibano inaugurou a tribuna do referido auditório, de iniciativa do escritor Fernando Pinheiro, assim como foi a da exposição permanente de bandeiras hasteadas em mastros à entrada do Edifício SEDAN – Banco do Brasil.
Com entusiasmo, proferiu um discurso de improviso acerca da poesia brasileira, sob os aplausos calorosos da plateia de intelectuais que nos prestigiaram naquela tarde de encantadora beleza poética.
A apresentação do elenco de palestrantes que participaram do 2° Seminário Banco do Brasil e a Integração Social foi realizada pelo ilustre convidado Mauro Orofino Campos, diretor-presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, à época do evento e, posteriormente, presidente da Petrobras Transporte S. A. – TRANSPETRO, ao proferir o discurso de abertura homenageando João Marques dos Reis, ministro da Viação e Obras Públicas (1934/1937) e presidente do Banco do Brasil (1937/1945).
Ressaltamos que dentre as homenagens prestadas aos presidentes do Banco do Brasil, patronos da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, foi incluído o elogio acadêmico (panegírico) ao Visconde de Jequitinhonha (Francisco Gê Acayaba de Montezuma) proferido pelo acadêmico Licínio Leal Barbosa, presidente da Academia Brasileira Maçônica de Letras.
A propósito, divulgamos a programação do 2° Seminário Banco do Brasil e a Integração Social que apresentou as homenagens proferidas por seus respectivos oradores:
1 - JOÃO MARQUES DOS REIS
Ministro da Viação e Obras Públicas (1934/1937)
Presidente do Banco do Brasil (1937/1945)
MAURO OROFINO CAMPOS            
Presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro

2 - AFONSO ARINOS E A POLÍTICA EXTERNA
Afonso Arinos de Melo Franco
Ministro das Relações Exteriores (governo Jânio Quadros)
AFONSO ARINOS DE MELO FRANCO FILHO
Embaixador da República e membro da ABL

3  - ONESTALDO DE PENNAFORT - A POESIA EM SUBTONS
IVO BARROSO                                                                   
Membro da ALBB

4 - HOMENAGEM A MAUÁ
Visconde de Mauá (Irineu Evangelista de Souza (1813/1889)
PAULO DE TARSO MEDEIROS                                      
Representante do Banco do Brasil, em Washington, DC, USA

5 - CENTENÁRIO DE MANOEL VICTOR
Manoel Vitor de Azevedo (1898-1988)
Jurista, romancista, tradutor 
Funcionário do Banco do Brasil (1927/1960)
LUIZ CARLOS DE AZEVEDO                                         
Professor de Direito Processual da Universidade de São Paulo

6 - MANOEL VICTOR
DURVAL CIAMPONI                                                          
Presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo

7 - ARTHUR DE SOUZA COSTA
Presidente do Banco do Brasil (1932/1934)
ERNANE GALVÊAS                                                          
Presidente da Associação Promotora de Estudos da Economia

8 - VISCONDE DE JEQUITINHONHA
Visconde de Jequitinhonha (Francisco Gê Acaiaba de Montezuma)
Fundador do Instituto dos Advogados Brasileiros
Presidente do Banco do Brasil (abril a agosto/1866)
LICÍNIO LEAL BARBOSA                                                           
Presidente da Academia Brasileira Maçônica de Letras

9 - ODILON BRAGA
Advogado do Banco do Brasil (1930/1933)
Ministro da Agricultura (1934/1937)
JUAREZ MOREIRA LESSA                                                      
Delegado Federal do Ministério da Agricultura - Rio de Janeiro

10 - RONALD DE CARVALHO, UMA VIDA GLORIOSA
TOBIAS PINHEIRO                                                           
Conselheiro da ABI - Associação Brasileira de Imprensa

11 - ITÁLIA, LUZ MEDITERRÂNEA
GIUSEPPE MAGNO                                                          
Cônsul-Geral da República da Itália (Rio de Janeiro-RJ)
Embora não conste das matérias apresentadas do 2° Seminário Banco do Brasil e a Integração Social, registramos em 08 e 10/12/1998 a presença dos oradores Francisco Weffort, ministro de Estado da Cultura, e Ronaldo Cunha Lima, senador da República, que proferiram palestras de improviso, sem gravação. 
Acompanhado de Eduardo Portella, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, o ministro Francisco Weffort proferiu de improviso, em 8/12/1998, palestra acerca da cultura nacional na Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil.
Em seguida, a convite do escritor Fernando Pinheiro, que presidia a solenidade, o ministro permaneceu, no Auditório, para ouvir a conferência em homenagem ao Visconde de Mauá, na voz do acadêmico Paulo de Tarso Medeiros, o representante do Banco do Brasil, em Washington, DC, que veio especialmente dos Estados Unidos para o evento.
Registramos, ainda, que, dentre as mensagens de felicitações recebidas, destacamos as de 30/11/1998 e 02/12/1998, do Exm° Sr. Presidente da República, Fernando Henrique   Cardoso e do Exm° Sr. Vice-Presidente da República,  Marco Maciel.
A última vez que vimos o poeta Ronaldo Cunha Lima foi numa exposição sobre a vida de Afonso Arinos na Academia de Brasileira de Letras. Ele estava em cadeira de rodas, para nós era ele o grande homem invisível naquela noite acadêmica em que merecia ter o reconhecimento maior naquela douta Academia.
O poeta Ronaldo Cunha Lima, de saudosa memória, integrante da Academia Campinense de Letras e da Academia Paraibana de Letras, enquanto senador da República fazia parte da mesma legislatura em que participava o senador Arthur da Távola, poeta, ensaísta, jornalista de reconhecida notoriedade nacional, membro honorário da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil.

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