Quando
estávamos elaborando o projeto de pesquisa que culminou com a obra BANCO DO
BRASIL – LISBOA SERRA, POETA, TRIBUNO E PRESIDENTE, consultamos muitas
referências bibliográficas a respeito da época em que viveu João Duarte Lisboa
Serra, entre as quais destacamos a guerra na península da Crimeia (1853 a
1856), região atualmente da Ucrânia e os anúncios de venda, compra e fuga de
escravos no Brasil e destacamos o da fuga de um escravo da nação Congo:
“cozinheiro, diligente e serviçal, modos humildes e atraentes, mas é dado ao
vício da embriaguez.”
A guerra e a
embriaguez ainda não foram erradicadas no mundo e, no Brasil, o Ministério da
Justiça lançou, no carnaval de 2014, a propaganda publicitária, de pouca
divulgação, ostentando uma garota sentada na cadeira, de cabeça baixa e
embriagada: “bebeu, perdeu.” A bebida alcoólica, por ser uma droga, é assunto
que abrange medidas adotadas por duas áreas muito importantes: Justiça e Saúde.
O maior
problema do Brasil é a saúde, conforme é mencionado pela mídia. A nossa
contribuição nessa área se estende nas 37 crônicas publicadas no blog Fernando
Pinheiro, escritor, conforme mencionadas, a seguir:
A Cura,
Engramas, Lado a Lado, Tapete, O Jogo Social, Os Domínios da Psiquiatria, O
Desmame – 13, 15, 21, 23, 25, 27 e 28 de fevereiro de 2013, O Paciente e o
Meio, O Mundo de Morfeu, Paisagens Íntimas, Comparsas, O Fim da Psiquiatria –
1, 10, 14, 15 e 29 de março de 2013, Internação Involuntária – 28 de maio de
2013, A Fuga, Síndromes, O Retorno – 3, 27 e 28 de junho de 2013, Medicações –
28 de julho de 2013, O Retorno (II), O Retorno (III) – 8 e 16 de agosto de
2013, A internação de Paloma, O resgate de Paloma – 5 e 11 de setembro de 2013,
Defesa dos animais, Terapia com animais – 1 e 8 de outubro de 2013, Álcool é
droga – 17 de outubro de 2013, O anel, Você tem tudo para ser feliz, Lição de
vida, Ondas gravitacionais – 3, 5, 27 e 30 de novembro de 2013, Crianças
Índigo, O beijo da Bela, Wounda, A saída – 13, 18, 25 e 30 de dezembro de 2013,
O Retorno (IV), Caminhar juntos, O Chi do Tao, O canto da sereia , Almas gêmeas
– 6, 7, 8, 11 e 12 de janeiro de 2014.
Pensando no
anúncio de jornal, na época da escravidão, e no tipo de humildade da escritora
Clarice Lispector (1920/1977), nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira (in
A Paixão segundo G.H. – p. 296): “humildade com técnica é o seguinte: só se
aproximando com humildade da coisa é que ela não escapa totalmente”, vejamos a
narrativa A cura de um leproso, da obra JESUS, LUZ DO MUNDO, de Fernando
Pinheiro, nos 3 parágrafos, a seguir:
Sentindo a dor
daquele irmão, o Mestre apiedou–se e, estendendo a mão, tocou–o e disse–lhe:
“quero, sê limpo”. No mesmo instante, os tecidos degenerados se recompuseram,
voltando à normalidade. A lepra desapareceu.
Impressionado
com o seu novo estado de saúde e, parado, em êxtase, diante da grandeza
radiante do Mestre, o leproso, acanhado, balbuciando, parecia perguntar: “que
devo fazer, agora, Senhor?”
“Não digas a
ninguém”, respondeu Jesus, “mas, vai mostrar–te aos sacerdotes e oferece pela
tua purificação o que Moisés determinou, para que lhes servir de testemunho”.
Perceberam por
que Jesus teve apenas 3 anos de vivência em Belém, Jericó, Dalmanuta, Gerasa,
Genesaré, Cafarnaum, Tiberíades e poucas vezes permanecendo em Jerusalém?
O que
aconteceu com Sócrates, na Grécia antiga, Jesus, em Jerusalém, os mártires do
cristianismo, no período de 64 a 313, em Roma, Giordano Bruno, em Roma, Mahatma
Gandhi, na Índia, Martin Luther King, nos EE.UU., Chico Mendes, no Brasil,
Eugene Mallove (EE.UU.), todos assassinados, isto porque incomodaram o sistema,
a matrix que é feita de dominação e controle.
Em nossos
dias, argumentando a capacidade do Império Romano “de acolher, de absorver e
enriquecer-se com as contribuições de todos os povos que dominou.”, (5) o
diplomata italiano Giuseppe Magno, cônsul-geral da República da Itália, na
cidade do Rio de Janeiro, elucidou:
“Somente
perante os cristãos, que reivindicavam a primazia do reino de Deus, o Estado
romano tentou reagir instaurando uma política de repressão: o credo dos
cristãos, entre outras coisas, minava as bases do sistema econômico,
reivindicando para os escravos a mesma dignidade e os mesmos direitos dos
homens livres.” (6)
(5 e 6)
GIUSEPPE MAGNO – in Itália, luz mediterrânea, palestra proferida, em
11/12/1998, ao ensejo da realização do 2° Seminário Banco do Brasil e a
Integração Social, promovido pela Academia de Letras dos Funcionários do Banco
do Brasil, sob a presidência do escritor Fernando Pinheiro.
Portanto, até
para fugir o escravo da nação Congo teve humildade, assim como a família da
escritora ucraniana que teve de emigrar para o Brasil devido à perseguição
religiosa aos judeus, e em Jesus “não digas a ninguém” para evitar tanto ele
como o ex-leproso de serem trucidados por esses governantes reptilianos daquela
época que são os mesmos de hoje, tudo como dantes no quartel d´Abrantes, ou
seja, nada mudou.
Dentro da
metáfora, permaneçamos caminhando alegremente pelas praias ensolaradas de
Tiberíades.
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