Ao dar
prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 3 primeiros parágrafos,
constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo
astral:
A ideia ideoplástica é a
matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O
pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção
do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do
espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo
com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como
também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias
que a degeneram.
Estava eu em cima da montanha,
acompanhado de alguns companheiros de jornada, em excursão em novas terras. O
destino era descer montanha abaixo sem que houvesse nenhuma trilha ou caminho.
De repente, surge uma vaca correndo lá
em embaixo em minha direção. No primeiro aclive, ela tropeça e cai. Quando
estava no chão, um companheiro salta da montanha, numa altitude de 300 metros
e, no chão, aproveita o instante em que a vaca estava se preparando para se
levantar, e sai correndo, seguindo a viagem.
Na simbologia dos sonhos, a vaca
correndo em minha direção, significa ameaça prestes a acontecer, assim como na
arena o touro ameaça avançar em cima do toureiro que está em traje a rigor
diante da plateia.
Quando ele caiu, pensei acompanhá-lo
no gesto ousado de saltar 300 metros de altura, enquanto a vaca estava se
levantando da queda. O tempo era escasso e não aproveitei essa oportunidade.
Segui em direção contornando a montanha em distâncias que desconhecia. Outro
companheiro seguiu em frente, apressado, e logo desapareceu.
Segui o meu caminho, devagar,
apreciando a paisagem. Olhei para trás, avistei um camponês montado num cavalo
baio, correndo a galope, vindo em minha
direção. Ele parou perto de mim porque havia árvores frutíferas ao redor, saltou
do cavalo e colheu algumas peras maduras nos galhos carregados.
Perguntou pra mim para onde eu iria,
disposto a me orientar o caminho. Eu lhe respondi que pretendo descer a
montanha para me unir aos meus companheiros de jornada. Mas não sei por onde
vai dar esse caminho.
O cavalheiro recolheu numa sacola
várias peras maduras e seguiu viagem a cavalo. Caminhando em frente, depois de
algum tempo, eis que avisto outra vez o cavaleiro que está conversando com uma garota
nativa, completamente sem roupa, como é costume local. Não havia indícios de
sensualidade na conversa de ambos, ela lhe informou sobre o que estava
ocorrendo no local, completamente despovoado.
Naturalmente, era assunto sobre aves
e animais silvestres que têm hábitos e costumes afinados com o meio-ambiente.
Ele recebeu as informações dela como se fosse um aprendizado. Com reverência e
respeito, ele se despediu e seguiu viagem.
“Cai a tarde tristonha e serena em
macio e suave langor”, como diz a canção Ave Maria, representando a brejeirice
da alma sertaneja, cantada em épocas distintas por Augusto Calheiros, Altemar
Dutra e Agnaldo Timóteo, entre outros cantores.
Como carregamos no plano astral a
mesma bagagem que levamos no plano físico, pensei a essa hora a tarde estava
caindo no por-do-sol e poderia ter fome durante a noite, então retornei ao
local onde havia as peras amadurecidas. Ao chegar, toquei em algumas, mas não
as colhi, pensando bem não estava com fome nem a noite iria chegar.
Na verdade a tarde não caía, o tempo
era de uma tarde estável, sem a mudança de tempo conhecido como metereológico e sim tempo de claridade que
não ameaçava desaparecer.
Foi uma forma de me recompor, pois o
meu ser profundo não tem fome nem sede, nem tampouco obscuridade, ser profundo
que é inerente a todos os seres da criação, sem exceção, daí o desprendimento
que mantive em meu caminhar, pois o que é da Terra fica na Terra.
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