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sábado, 24 de setembro de 2016

PÉGASO (LIX)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 3 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Estava eu em cima da montanha, acompanhado de alguns companheiros de jornada, em excursão em novas terras. O destino era descer montanha abaixo sem que houvesse nenhuma trilha ou caminho.
De repente, surge uma vaca correndo lá em embaixo em minha direção. No primeiro aclive, ela tropeça e cai. Quando estava no chão, um companheiro salta da montanha, numa altitude de 300 metros e, no chão, aproveita o instante em que a vaca estava se preparando para se levantar, e sai correndo, seguindo a viagem.
Na simbologia dos sonhos, a vaca correndo em minha direção, significa ameaça prestes a acontecer, assim como na arena o touro ameaça avançar em cima do toureiro que está em traje a rigor diante da plateia.
Quando ele caiu, pensei acompanhá-lo no gesto ousado de saltar 300 metros de altura, enquanto a vaca estava se levantando da queda. O tempo era escasso e não aproveitei essa oportunidade. Segui em direção contornando a montanha em distâncias que desconhecia. Outro companheiro seguiu em frente, apressado, e logo desapareceu.
Segui o meu caminho, devagar, apreciando a paisagem. Olhei para trás, avistei um camponês montado num cavalo baio, correndo a galope, vindo em  minha direção. Ele parou perto de mim porque havia árvores frutíferas ao redor, saltou do cavalo e colheu algumas peras maduras nos galhos carregados.  
Perguntou pra mim para onde eu iria, disposto a me orientar o caminho. Eu lhe respondi que pretendo descer a montanha para me unir aos meus companheiros de jornada. Mas não sei por onde vai dar esse caminho.
O cavalheiro recolheu numa sacola várias peras maduras e seguiu viagem a cavalo. Caminhando em frente, depois de algum tempo, eis que avisto outra vez o cavaleiro que está conversando com uma garota nativa, completamente sem roupa, como é costume local. Não havia indícios de sensualidade na conversa de ambos, ela lhe informou sobre o que estava ocorrendo no local, completamente despovoado.
Naturalmente, era assunto sobre aves e animais silvestres que têm hábitos e costumes afinados com o meio-ambiente. Ele recebeu as informações dela como se fosse um aprendizado. Com reverência e respeito, ele se despediu e seguiu viagem.
“Cai a tarde tristonha e serena em macio e suave langor”, como diz a canção Ave Maria, representando a brejeirice da alma sertaneja, cantada em épocas distintas por Augusto Calheiros, Altemar Dutra e Agnaldo Timóteo, entre outros cantores.
Como carregamos no plano astral a mesma bagagem que levamos no plano físico, pensei a essa hora a tarde estava caindo no por-do-sol e poderia ter fome durante a noite, então retornei ao local onde havia as peras amadurecidas. Ao chegar, toquei em algumas, mas não as colhi, pensando bem não estava com fome nem a noite iria chegar.
Na verdade a tarde não caía, o tempo era de uma tarde estável, sem a mudança de tempo conhecido como  metereológico e sim tempo de claridade que não ameaçava desaparecer.
Foi uma forma de me recompor, pois o meu ser profundo não tem fome nem sede, nem tampouco obscuridade, ser profundo que é inerente a todos os seres da criação, sem exceção, daí o desprendimento que mantive em meu caminhar, pois o que é da Terra fica na Terra.

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