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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

PÉGASO (LVIII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 3 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Da varanda da casa de campo, eu me preparava para decolar, quando avistei um leão correndo em minha direção, no momento de alçar voo, ele avançou em minha direção, acolhi-o como companheiro de escala evolutiva numa afetividade de quem já se conhece há muito tempo.
Esta mesma interação aconteceu em O Menino que Sabia Voar, filme de desenho animado, quando ele foi voando a uma ilha desértica e conheceu um dinossauro que passou a ser o seu amigo. Quando se está na mesma frequência de onda não existe a separatividade entre os seres vivos, humanos ou não, nem tampouco o medo dos animais ferozes, no conceito do paradigma planetário.
O menino já brincara com um dinossauro de plástico, tamanho de suas mãos, conforme mostrado na cena em que está deitado dormindo em leito hospitalar e o brinquedo infantil no sofá do quarto.
Os homens da Amazônia não têm medo de animais silvestres, demonstrado na reportagem do médico Dráulio Varela que entrevistou para a televisão alguns nativos. Dentre eles, havia um que morava numa canoa coberta de um abrigo, onde ele dormia e cozinhava com um fogão à lenha, uma panela e um frigideira.
Lá no ambiente do homem da canoa não é necessário o dinheiro, pois tudo está em suas mãos: o sustento e o abrigo para viver. A moeda, conforme Karl Marx, só existe por causa da escassez. Para os nativos, a Amazônia tem fartura de tudo: sementes, frutos e alimentos da água e da terra.
Vale mencionar as palavras do Prof. Ovídio da Cunha (1912/1997), Professor de Sociologia – Universidade Federal Fluminense, Niterói – RJ, no que diz respeito ao valor e à escassez ao ensejo da realização do 1º Seminário Banco do Brasil e a Integração Social, promovido pela Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, sob a presidência do escritor Fernando Pinheiro:
“Se não houvesse escassez não haveria valor. Então, uma idéia de uma sociedade que possa ter os bens tão milionariamente existentes que possam evitar a escassez, essa idéia é completamente visionária. Exatamente o objetivo do comunismo é, por conseguinte, utópico, mas não são, entretanto, completamente utópicas as técnicas de repartição da renda social.” (*)
(*) OVÍDIO DA CUNHA – in A Evolução da Moeda no Brasil e no Mundo - 1º Seminário Banco do Brasil e a Integração Social, promovido pela Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil no período de 20 a 24 de novembro de 1995 – Auditório Ed. SEDAN – Banco do Brasil – Rua Senador Dantas, 105 - 21º andar – Rio de Janeiro – RJ. 
Ainda na referida palestra, o Professor Ovídio Cunha, de saudosa memória, elucidou que os astecas, os incas e os egípcios, os índios, os aborígenes da Austrália, os negros da África florestal não possuíam moedas. Lá, nesses recantos não havia escassez.
Sobrevoando outras plagas siderais, avistei um recanto aprazível em cima de uma montanha cercada de verde. Cheguei ao local e estava a apreciar a beleza ao redor e a cidade abaixo com luzes em leves bruxuleios.
Uma linda mulher acercou-se de mim para me fazer companhia. Disse a ela que aqui é um lugar bom de passar a noite, iluminada pela lua e refrescante por uma brisa suave. Uma rede alva como o luar, perto de nós estava à nossa disposição. Ela deitou toda feliz com gestos convidativos. Aceitei o convite e tivemos momentos felizes.
O mundo astral tem enlevos encantadores. Se estivermos ligados ao paradigma terrestre que estipula receios de contato com os seres que lá caminham, naturalmente não iremos desfrutar das blandícias que poderíamos ter. A separatividade é deste paradigma humano. Abandonemo-nos à luz.

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