Ao dar
prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 3 primeiros parágrafos,
constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo
astral:
A ideia ideoplástica é a
matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O
pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção
do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do
espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo
com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como
também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias
que a degeneram.
A voz surgiu sem que eu visse a
pessoa, apenas a reconheci quando a ouvia em momentos de trabalhos acadêmicos,
trazia uma carga de impressões que se resumiam apenas nas palavras: “se
continuar tanta dor, eu vou cortar a conexão.”
Eram palavras dirigidas a esposa que
sofria na Terra em decorrência de sua partida para o mundo astral. Pobre coitada,
não sabia da gravidade de manter ligado o pensamento ao marido que partiu. Isto
é a característica da consciência planetária que converge tudo ao plano físico.
Casados desde os tempos da mocidade,
ela aos quinze anos de idade e ele com vinte e poucos anos, construíram uma
relação que durou 7 décadas. Ele foi o primeiro e único amor da vida dela,
coisa quase incomum nos tempos desses desarranjos sociais, onde a família é o
ponto central.
Ela saiu do lugar onde juntos
residiam e foi morar na cidade natal onde os segredos de infância ainda
encantavam os sonhos inocentes. Mas, ao chegar encontrou tudo modificado em
todos os aspectos: a idade foi arrancando as raízes.
Falecidos os familiares e amigos
desde esse longo tempo longe da terra natal em que era apenas uma criança
sorrindo a cada primavera que vinha surgindo a cada ano. A professora primária
já não mais existia, seus colegas de sala de aula todos demandaram à busca de
caminhos diversos. Não houve mais ligação desse tempo com o tempo atual.
A frase que ele emitiu cruzou espaços
e chegou até onde eu estava, assim como o vento leva o canto e os suspiros de
quem anela amor. Como pode desistir ele de manter o contacto com a pessoa amada
que lhe foi todo o seu viver num ninho de amor em que ambos construíram a
partir da celebração de juras de amor eterno diante de um altar?
No plano astral, depois da passagem
terrena, vive-se de resultados, isto vimos dizendo em nossas postagens. Numa
fração de segundos em que ouvi a frase ecoar na frequência de onda onde estava,
não pude fazer uma apreciação completa sobre o que estava ocorrendo: apenas um
lamento em que ele buscava desistir.
Veio-me a ideia do que seja o amor,
em expressões diferentes, conforme abordado nas crônicas A TAÇA VAZIA – 3 de
abril de 2016, O LUTO – 20 de dezembro de 2014, AMOR–SABEDORIA – 01 de abril de
2016, a seguir:
No silêncio de suas reflexões, o parceiro que sente saudades busca
compreender as razões por que um amor tão grande foi interrompido no calor dos
lençóis.
Tudo parecia correr bem. Sorrisos e beijos do casal eram passados aos
filhos que se completavam numa festa de alegria. De repente, uma taça de quem
brinda é retirada do cenário familiar. As horas continuam a estender seus
minutos controlando a duração dos afazeres de cada um.
Reflexão, apenas, reflexão. Se alguém falasse dessas circunstâncias
necessárias ao aprendizado daqueles que precisam passar por isto, certamente
ninguém compreenderia apenas na teoria.
Todos têm necessidade de aprender com a vida, mesmo que não a vejam naqueles
que seguiram a viagem das nuvens. A maioria daqueles que sentem saudades está
mais ligada à presença física de quem partiu do que ao amor-essência que não
precisa de formas para sobreviver. [A TAÇA VAZIA – 3 de abril de 2016 –
blog Fernando Pinheiro, escritor].
Essa situação delicada ainda foi
abordada por nós em 20 de dezembro de 2014 com a crônica O LUTO. Vale
mencionar:
Quando ocorre o falecimento de entes
amados, a tristeza faz enfraquecer o sistema de defesas imunológicas que
protegem o corpo físico contra as infecções, principalmente nas pessoas mais
idosas, o que comprova que muitos cônjuges vêm a falecer depois da morte desses
entes amados.
As pessoas mais jovens, com tanta
distração para curtir e as tarefas de estudo e trabalho, bem como a vivência no
casamento ou em outro status de relacionamento, as fazem esquecer o luto, por
isso são menos suscetíveis de pensar em tristeza que as fazem sentir menos
felizes.
Por essa razão, é importante ter um
estilo de vida alicerçado em quatro pilares: simplicidade, humildade,
transparência e alegria. Experiencie ter esse estilo ou conserve-o sempre e a
sua vida irá ganhar, num crescendo, um patamar de grandeza mais elevado.
O luto é uma fase de vivência em que
todos passam, pois todos têm parentes e amigos que vêm a falecer, em
determinado momento. É natural que seja assim. O luto não é sinal de tristeza,
é uma forma errônea de demonstrar amor aos entes que partiram. O melhor é o
silêncio e a observação proveitosa que deve ganhar um novo sentido, diante de
tudo que se renova.
Não estamos promovendo o oblívio das
pessoas amadas que partiram, pois os amores são eternos e o que deve ser
lembrado apenas são os momentos felizes e, como dizemos sempre: os engramas do
passado devem ser esquecidos.
Durante o período do luto que deve
ser passado ao lado das pessoas amadas, a nosso ver, não pode ultrapassar a 30
dias, sob o risco de contrair doenças vasculares ou do coração.
Hoje em dia, o luto está se tornando
um risco de morte. Para muita gente os efeitos psicológicos do luto duram longo
tempo, certamente, haverá o resultado das respostas fisiológicas associadas à
dor aguda.
Toda essa dificuldade humana diante
da morte é em decorrência de que a transparência, deslindando os enigmas do
caminhar, ainda se encontra no ser profundo que todos nós somos, sem exceção,
mas ainda não revelado de modo generalizado a todas as criaturas humanas.
É dito que tudo será revelado e não
haverá mais disfarce encobrindo a verdade, e isto já acontece quando dormimos e
presenciamos a realidade que nos envolve, a morte está nesse contexto que nos
pertence tanto quanto àqueles que já partiram.
A morte existe quando cessa o colapso
da função de onda (física quântica) entrando em outro seguimento de vida, então
não há perda de nada e de ninguém, o que acontece é o apego recrudescendo em
situação que não nos pertence.
A vida é doação, doe-se e você
ganhará ainda mais ou mais ainda do que for doado porque a fonte é inesgotável
e o apego desaparecerá sem deixar vestígio. Apegar-se ao que não nos pertence
mais é sofrer sem razão, palavra estritamente ligada ao plano mental. [O LUTO –
20 de dezembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Em decorrência da dificuldade das pessoas em saber a distinção entre
amor-projeção e amor-sabedoria, em que ambos se conectam, em processo de
elevação, fazemos uma sucinta retrospectiva, com vertente poética e política, a
espalhar ao mundo o perfume que sentimos dos altos cimos que está lá e cá na
simbiose apresentada pela teoria do emaranhamento quântico que vimos dizendo
tudo se interliga.
Enquanto existir
a necessidade de vivenciar o amor em uma pessoa, um objeto ou objetivo, uma
classe, uma instituição, um ideal nos trabalhos materiais ou mesmo espirituais,
há presença do amor-projeção. Essa projeção ganha espaços maiores quando sai do
exterior e faz a viagem interna ao coração onde se descobre como ser profundo e
passa a vivenciar práticas que levam ao que se chama na Índia de Bhakti Yoga ou
Yoga da Devoção. [AMOR-PROJEÇÃO – 21 de outubro de 2013].
Amor-Projeção está a caminho do
Amor-Consciência, mas isto não é questão de busca e apreensão ou busca
apreensiva, é a inteligência que se projeta em luz eliminando as sombras ou
penumbras de um amor projetado. Como conseguir isto? O abandono à luz, o
abandono da personalidade que deve ser vivida e transmutada a um patamar de
grandeza superior. [AMOR-PROJEÇÃO – 21 de
outubro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
www.fernandopinheirobb.com.br
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