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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

CONFINAMENTO

Quando as pessoas estão coagidas por pressão emocional ou financeira sempre chamam pela mãe ou pela casa em que lhes deu abrigo desde os primeiros instantes em que nasceram. É a volta do infantilismo. Necessário que se tornem independentes em todos os sentidos, a fim de que suas vidas sejam refeitas.
Mesmo independentes, quando essa pressão exerce domínio, essas pessoas recaem na dependência. Se for um oficial das forças armadas, ferido em combate nas regiões de conflitos armados no mundo, nas horas de desfalecimento e morte, chama pela mãe ou pelo pai se tiver um apelo afetivo ou religioso.
Isto também ocorre com multidões de pessoas ou populações que formam os países onde o Estado exerce o controle, devido à fragilidade em que se encontram, pois é mais fácil controlar crianças do que adultos.
Fracassados em seus planos pessoais recorrem ao Estado na condição infantilista para não dizermos mendicância, pois os mendigos não então incluídos no plano social dos governos mundiais.
Raríssimas exceções, no entanto, devem ser comentadas: dentro do Banco do Brasil, um funcionário, nas horas vagas, teve um serviço voluntário de grande alcance social, narrado na HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, de Fernando Pinheiro, obra disponibilizada ao público pela internet no site www.fernandopinheirobb.com.br
“Em Bonsucesso, subúrbio carioca, o funcionário Levy Miranda fundou um abrigo para 1.500 pessoas desabrigadas e, em Niterói, construiu outro abrigo para acolher os indigentes de rua. Em 1938, inaugura o Instituto Getúlio Vargas destinado à formação profissional de menores abandonados. 20 anos depois, em 1958, aposenta–se no cargo de fiel–de–tesouraria [Revista DESED n° 19].
Enfatiza a Revista DESED n° 19 que, diante das dificuldades de manutenção das entidades fundadas por Levy Miranda, o presidente Getúlio Vargas, nos idos de 1943, as incorporou numa só entidade, a Fundação Cristo Redentor.”
Atualmente, no planeta Terra, 2 bilhões, do total de 7,3 bilhões de habitantes, ganham trabalhando, cada um, apenas 2 dólares por dia (R$ 4,86 ou £ 1,24), os mendigos estão em piores situações.
No caso Brasil, em 2013, existiam 10,4 milhões de brasileiros em condição de extrema pobreza, essa situação é relativa à quantidade de quem vive com menos de 70 reais por dia [Estadão – 2014]. Isto não foi revelado se estão trabalhando ou não.
Na cena levada ao ar pela TV–Globo, em 5/11/2014, na novela Império, o foragido do sistema penitenciário, Domingos Salvador, vivido pelo ator Paulo Vilhena, encontra apoio no amigo Orville, personagem de Paulo Rocha, mesmo assim demonstra inquietação e ansiedade para voltar ao lar, esse lar é, na realidade, a prisão que ele fugiu.
Mesmo em péssimas condições das penitenciárias brasileiras, recolhidas pela justiça italiana, no caso Pizzolato, a prisão é um abrigo que o Estado protege os infratores da lei, inclusive a prisão domiciliar uma medida inovadora do poder judiciário, quebrando a tradicional reclusão em presídios.
Em homenagem a um antigo funcionário do Banco do Brasil, o governador Sérgio Cabral, nos idos de 2011, inaugurou a Cadeia Pública Bandeira Stampa (Bangu 10) do Complexo Penitenciário de Bangu, atual Complexo Penitenciário de Gericinó. A propósito, transcrevemos texto da obra HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, de Fernando Pinheiro, in verbis:
“Nessa década, Carlos Luiz Bandeira Stampa, advogado do Banco do Brasil (8/9/1945 a 11/2/1948), presta relevantes serviços a CAMOB – Caixa de Mobilização Bancária e a SUMOC – Superintendência da Moeda e do Crédito. Posteriormente, ele iria se notabilizar como juiz e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro [Revista AABB – Rio].”
Vale assinalar o que mencionamos em nossa crônica OS MUROS – 25 de agosto de 2014: A população carcerária no planeta Terra é em torno de 9,8 milhões, segundo pesquisa divulgada nos idos de 2009 pelo King´s College London. Os países que têm os maiores números dessa população: EE.UU. 2,3 milhões, China 1,6 milhão, Rússia 800 mil e o Brasil em torno de ½ milhão de presos.
Quando foi instituído o denominado “Estado Soberano”, a vida nômade dos povos foi arrefecida, passando a se formar o gregarismo, não aquele sentido gregário que os animais possuem, mas uma aglomeração fixada em determinada área do Globo, isto de forma normativa que se expandiu em todos os continentes.
Em nome de um bem-estar social surgiram normas e regras destinadas a todos os habitantes, numa utopia de que todos são iguais, favorecendo o surgimento de demagogias para propalar. Como ser igual nesta densa consciência planetária, se a competitividade e a separatividade são marcas inerentes a esta consciência? No entanto, o sonho é válido.
Poucas vezes no planeta Terra houve a participação de poetas, sábios e sonhadores de utopia no comando do governo desse “Estado Soberano” porque, segundo Peter Berger “a sociedade não se rege por grandes ideologias”, e se mantém no imediatismo e não permite um mergulhar na poesia, na filosofia, na física quântica que podem oferecer ao mundo a elucidação dos enigmas humanos.
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde cerca de 29,6% dos paulistanos e moradores da região metropolitana sofrem de algum tipo de perturbação mental, índice máximo das grandes metrópoles do mundo.
São Paulo deve ser lembrado como a terra dos bandeirantes, entre eles o bravo Anhanguera, o desbravador dos sertões e onde foi realizado, nos idos de 1894, a primeira transmissão de voz em ondas hertzianas por Roberto Landell de Moura, na presença do cônsul britânico.
O pensamento tem um endereço astral que pode estar circunscrito no plano material ou não. Quando você pensa, digita um número e aperta a tecla acessar no telefone, a sua voz flui numa frequência de onda que tem um endereço.
Isto foi observado pelo padre e cientista Landell de Moura, herói nacional, no alto de Sant´Anna na capital paulista, com este invento lançou para o futuro o fim do confinamento de milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro, atualmente usando o moderno telefone celular.

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