O mundo, em que
vivemos, passa por um momento delicado. Na antiga Grécia, os gregos iam ao
teatro para assistir à tragédia, a denominada tragédia grega. Lá eles,
assistindo à narrativa dos costumes da época, tiravam a conclusão sobre a vida
numa vertente filosófica. Hoje, tudo isto mudou.
Tragédia, hoje
em dia, é tudo aquilo que arrasta as pessoas e as multidões, isoladas ou em
grupos, a fatos e acontecimentos onde predominam os desencantos. Os meios de
comunicação se encarregam de transmitir, diariamente e a toda a hora, o que
acontece aqui e em outras localidades do mundo.
Tudo isto tem
como finalidade transmitir o medo, como elemento único de aprisionamento e de
controle que têm os manipuladores de massa. Isto está infiltrado em todos os
setores da vida pública, inclusive no comando político das nações.
O medo é o
único obstáculo para a ascensão de um patamar a mais, digamos assim uma oitava
a mais, onde a densa consciência planetária está instalada. A poesia, uma das
vertentes da comunicação tem também essa influência.
A geração
passada soube conviver com os versos de Augusto dos Anjos, o poeta do espanto,
o poeta da morte, o poeta das catacumbas, e assim vai esse gênero literário que
teve um gênio representando o ponto máximo da poesia paraibana.
Ele teve
influência do simbolismo francês e de Cruz e Souza, poeta catarinense, o Cisne
Negro, como é conhecido carinhosamente entre os cultores da poesia. Lá num
verso do poeta da Paraíba nos diz que o homem é feito de carbono, esse DNA está
mudando, e no terceiro milênio, podemos afirmar que o corpo físico do homem
será de silício (não confundir com cilício que tem outro significado).
Quando
divulgamos no mural do facebook o retrato da linda búlgara Nona Orlova, que é a
nossa leitora mais assídua no Leste Europeu, fotografada ao lado da estátua do
poeta búlgaro Penio Penev e ao fundo versos inscritos em bronze, ela nos
escreveu que ele desapareceu, nos idos de 1959, drasticamente: “Triste sol
sangra sobre a floresta / fresca como uma ferida aberta.”
O momento em
que o mundo vive é delicado. Ainda
ontem, na cena da novela Império, levada ao ar pela TV-Globo, uma televisão
brasileira, o personagem Domingos Salvador, vivido pelo ator Paulo Vilhena,
foragido do manicômio judicial, está no chão entorpecido por drogas lícitas
compradas pela advogada Carmem (papel da atriz Ana Carolina Dias) que é
namorada de Orville, personagem do ator Paulo Rocha.
Como advogada
ela não deveria dar abrigo ao foragido da lei nem tão pouco dar remédio de
tarja preta (droga lícita) que a farmácia não deve vender sem a consulta médica
e o mais grave, não se sabe a dose aplicada e justamente no momento em que
Domingos Salvador estava em plena atividade como artista plástico, já
desfrutando de conceito no mercado com comprador garantido.
A dependência
química, tanto de drogas lícitas como drogas ilícitas, é uma tragédia que
envolve milhões de pessoas no mundo inteiro, em várias fases de tratamento ou
de abandono. Não criticar nada, não criticar ninguém, ofereçamos a quem
necessitar nosso silêncio e nossa prece também em silêncio.
O mundo atual
mudou muito com o advento da internet, a comunicação ficou mais rápida e os
meios de controle sobre as massas populacionais ficaram mais fáceis do que os
tempos de outrora. O sentido de observar as coisas mudou.
Na década de
50, podia-se curtir nostalgia, saudade num clima romântico, ouvindo e dançando
músicas que embalavam os corações. Hoje, com a egrégora formada de pessoas
doentias, a influência que se desprende no ar é bem perceptível nos momentos em
que pensamos em saudade e nostalgia.
Fiquemos
vigilantes em todos os momentos em que passamos, não revidar nada e nem se
impor a ninguém, a imposição é sempre do ego que oscila nas polaridades certo e
errado e que sempre se contradiz, e não de nosso ser profundo que todos nós
somos e sempre resplandece quando deixamos aflorar, com perfume, no imenso
jardim que é o nosso coração.
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