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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

NAS MALHAS DO DESTINO

Todos nós, os seres humanos em trânsito pelo planeta, temos um meio de transporte, pode ser uma bicicleta, um carro, um avião, um animal de montaria, preferimos os cavalos árabes, que nos conduz a um destino. Isto sempre foi referência em nossos sonhos.
Nas malhas do destino, música na voz do cantor Toninho Gerais, tem esse transporte em direção ao mar num aviso para olharmos o luar, olha lá, olha lá.
Esse olhar é mais um despertar interno de uma visão mais profunda do que aquela em que olhos podem enxergar. Esse barco está seguindo para o mar levando a saudade dos tempos que não nos convém mais lembrar.
No ritual em que tem uma percepção interior, depositamos a carga de aflições que nos atormentava para que o mar faça a química da transformação quando as ondas chegam e quando as ondas vão indo embora. Quando aflora alegria há flores para Iemanjá, a rainha do mar, referenciada na passagem do ano novo.
O canto apresenta um pescador de estrelas na imagem ideoplástica que sentimos ser real, pescar estrelas é muito mais elevado do que ser pescador de peixes, embora estejam intrinsicamente interligados, assim como a física quântica está ligada à química quântica.
Pescar estrelas é se conectar com os mundos paradisíacos, numa dimensão galáctica, exemplo único conhecido com o herói da sepultura vazia que é a luz do mundo, e que todos os seres humanos têm esse destino traçado pelas estrelas. Enquanto isso, vamos usando os transportes conhecidos: bicicleta, carro, avião, cavalo e camelos, no mundo árabe.
O barco do pescador tem bandeira identificada como liberdade e se agita ao balanço do mar, onda e vento do mar, acariciando no cheiro do sal e na luz solar que faz bronzear.
O sonho do pescador é real ao ver estrelas candentes caindo no mar e navegando pelas ondas ele busca encontrá-las. Estrelas candentes são também as luzes da espiritualidade superior que caem, em profusão, quando se estabelece uma conexão onde existe o amor.
O canto do pescador se estende em ressonância no amanhã, pois há inscrição de nome na transparência das águas claras e enfatiza: “um canto ecoa no vento e para ouvir é preciso ter fé.”
A transparência, no sentido supramental, ultrapassa tudo aquilo que conhecemos neste mundo em transição, até a morte física desaparece, mesmo com desgaste total da roupagem carnal, pois a consciência faz resplandecer a nossa realidade existencial que não se restringe apenas ao plano físico.
O esquecimento é sempre algo que nos beneficia, pois iria recrudescer o sofrimento das horas que passamos nesta vida cheia de perigos que atraímos e que acolhemos por ser propriedade nossa, mas descartável como tudo que se desgasta durante o uso.
Daí a compreensão que temos com os portadores de Ahzheimer que nesse sentido, são beneficiados pelo esquecimento. Teria alguma vantagem recordarmos aquilo que não tem transcendência? O que é da Terra fica na Terra, é lógico.
O assunto Ahzheimer está em nossa crônica do dia 9 de novembro de 2014, no blog Fernando Pinheiro, escritor, abordado aqui em 2 parágrafos:
Para quem não sabe de onde procedem, no plano astral, as lágrimas e o sorriso do encontro do primeiro amor, ter a doença Alzheimer é uma oportunidade valiosa para refletir sobre os benefícios que irão surgir, logo após o impacto do primeiro instante do desconforto.
O instante de reflexão tem que ser agora, pois o paciente de Alzheimer, aos poucos, vai perdendo a memória, a fala e os movimentos corporais, a doença é incurável e degenerativa. No entanto, na música Não mereço você, a afirmativa do cantor Agnaldo Timóteo é válida: “sobre os montes de pedras também nascem flores”.
No programa da Rádio Globo, na noite de 26/11/2014, o cantor Toninho Gerais disse que a música Nas Malhas do Destino foi composta por ele quando viu, numa exposição, um quadro da artista plástica Yara Tupinambá, onde havia a imagem do mar, barco e pescador.

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