Todos nós, os
seres humanos em trânsito pelo planeta, temos um meio de transporte, pode ser
uma bicicleta, um carro, um avião, um animal de montaria, preferimos os cavalos
árabes, que nos conduz a um destino. Isto sempre foi referência em nossos
sonhos.
Nas malhas do
destino, música na voz do cantor Toninho Gerais, tem esse transporte em direção
ao mar num aviso para olharmos o luar, olha lá, olha lá.
Esse olhar é
mais um despertar interno de uma visão mais profunda do que aquela em que olhos
podem enxergar. Esse barco está seguindo para o mar levando a saudade dos
tempos que não nos convém mais lembrar.
No ritual em
que tem uma percepção interior, depositamos a carga de aflições que nos atormentava
para que o mar faça a química da transformação quando as ondas chegam e quando
as ondas vão indo embora. Quando aflora alegria há flores para Iemanjá, a
rainha do mar, referenciada na passagem do ano novo.
O canto
apresenta um pescador de estrelas na imagem ideoplástica que sentimos ser real,
pescar estrelas é muito mais elevado do que ser pescador de peixes, embora
estejam intrinsicamente interligados, assim como a física quântica está ligada
à química quântica.
Pescar
estrelas é se conectar com os mundos paradisíacos, numa dimensão galáctica,
exemplo único conhecido com o herói da sepultura vazia que é a luz do mundo, e
que todos os seres humanos têm esse destino traçado pelas estrelas. Enquanto
isso, vamos usando os transportes conhecidos: bicicleta, carro, avião, cavalo e
camelos, no mundo árabe.
O barco do
pescador tem bandeira identificada como liberdade e se agita ao balanço do mar,
onda e vento do mar, acariciando no cheiro do sal e na luz solar que faz
bronzear.
O sonho do
pescador é real ao ver estrelas candentes caindo no mar e navegando pelas ondas
ele busca encontrá-las. Estrelas candentes são também as luzes da
espiritualidade superior que caem, em profusão, quando se estabelece uma
conexão onde existe o amor.
O canto do
pescador se estende em ressonância no amanhã, pois há inscrição de nome na
transparência das águas claras e enfatiza: “um canto ecoa no vento e para ouvir
é preciso ter fé.”
A
transparência, no sentido supramental, ultrapassa tudo aquilo que conhecemos
neste mundo em transição, até a morte física desaparece, mesmo com desgaste
total da roupagem carnal, pois a consciência faz resplandecer a nossa realidade
existencial que não se restringe apenas ao plano físico.
O esquecimento
é sempre algo que nos beneficia, pois iria recrudescer o sofrimento das horas
que passamos nesta vida cheia de perigos que atraímos e que acolhemos por ser
propriedade nossa, mas descartável como tudo que se desgasta durante o uso.
Daí a
compreensão que temos com os portadores de Ahzheimer que nesse sentido, são
beneficiados pelo esquecimento. Teria alguma vantagem recordarmos aquilo que
não tem transcendência? O que é da Terra fica na Terra, é lógico.
O assunto
Ahzheimer está em nossa crônica do dia 9 de novembro de 2014, no blog Fernando
Pinheiro, escritor, abordado aqui em 2 parágrafos:
Para quem não
sabe de onde procedem, no plano astral, as lágrimas e o sorriso do encontro do
primeiro amor, ter a doença Alzheimer é uma oportunidade valiosa para refletir
sobre os benefícios que irão surgir, logo após o impacto do primeiro instante
do desconforto.
O instante de
reflexão tem que ser agora, pois o paciente de Alzheimer, aos poucos, vai
perdendo a memória, a fala e os movimentos corporais, a doença é incurável e
degenerativa. No entanto, na música Não mereço você, a afirmativa do cantor
Agnaldo Timóteo é válida: “sobre os montes de pedras também nascem flores”.
No programa da
Rádio Globo, na noite de 26/11/2014, o cantor Toninho Gerais disse que a música
Nas Malhas do Destino foi composta por ele quando viu, numa exposição, um
quadro da artista plástica Yara Tupinambá, onde havia a imagem do mar, barco e
pescador.
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