Enquanto a
Terra não vivenciar os amores venusianos, esses amores que não estão mais no
dualismo humano, haverá sofrimento dentro do amor. Haverá sempre uma história
de amor, independente das circunstâncias e dos fatos que se interligam.
Os papéis são
múltiplos: no binômio amantes e amores surge alternativas que modificam o que
sentimos no íntimo, como se estivéssemos a jogar na mesa com as cartas que
fazemos a combinação. Trunfos quem é quem não quer?
Na reflexão
diante do espelho, vem-nos a ideia como estamos fisicamente e remete-nos à
introspecção como estamos de astral e o resultado do que fizemos num
relacionamento amoroso.
Na voz de
Roberta Miranda, a Lição de Vida é embalada em orquestração de bolero, onde a
letra derrama a dúvida se ele gostou dela e os pensamentos interrogativos que a
fazem a olhar no espelho: “Será que a estrada tem fim? Será que a vida ensinou
a só representar? Será que esse gozo foi meu?”
Na
retrospectiva não vem apenas um amor, nem o último, mas toda a conjuntura
amorosa em que a nossa vida viveu intensamente. Os amores mais carentes de
atenção vêm-nos com uma força muito grande.
Será que a
namorada, a bola da vez, irá puder ver essa tripulação que o nosso coração, em
pleno voo, carrega? Ninguém caminha sozinho, nem mesmo aqueles que estão
sozinhos, na aparência.
O mergulho no
mundo astral, tanto na esfera física ou nos campos mais densos ou mais sutis,
há a presença de amores vivenciados nos arcanos insondáveis que os engramas do
passado adormeceram num sono letárgico, é o nosso caminho sem fim.
Não
abandonamos nenhuma mulher que se foi, fomos expulsos por circunstâncias que
não nos favoreceram as horas, desprendemos para não ficar presos e libertos
estendemos as mãos para quem também, em algum momento da vida, estendeu as mãos
para nós. Há uma reciprocidade interminável. A música pergunta se a estrada tem
fim? Aqui está a resposta.
Quantas vidas
tivéssemos, tantas vidas daríamos a esses amores que fazem parte do mundo que
acompanhamos a transição planetária, agasalhando em nosso coração. No silêncio
da noite, onde não existe as amarras que nos amarravam, o nosso amor
resplandece em luz e cores, imantando-se na egrégora que nos envolve.
Na densa
consciência planetária em que a Terra está envolvida, a terceira dimensão
dissociada, em ascensão para a quinta dimensão unificada, ninguém sabe o que
fez por amor, pois aqui mil caras são apresentadas na conquista e apenas uma
para ferir quando o amor se vai. É o que a canção diz.
Ciúme, posse,
apego, nada disso é amor, pois o amor é doação. Não é apenas com as pessoas mas
também com as coisas, pois isto irá nos fazer sofrer quando não as tivermos
mais. No conceito freudiano, a melancolia dos antigos gregos ou a depressão dos
contemporâneos deste século, surge sempre com a perda de algo ou de alguém.
O bolero,
estilo de música que nos embala a momentos românticos, no passado tinha uma
carga de emoções que faziam oscilar o nosso estado emocional, hoje recrudescida
em um novo embalo que a voz de Roberta Miranda nos leva a sorrir de amor. É um
encantamento que nos faz suspirar.
Ao ouvir a
música, não é necessário o acompanhamento de bebidas, a presença feminina é o
suficiente, é o que basta. Amo Roberta Miranda.
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