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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

LIÇÃO DE VIDA

Enquanto a Terra não vivenciar os amores venusianos, esses amores que não estão mais no dualismo humano, haverá sofrimento dentro do amor. Haverá sempre uma história de amor, independente das circunstâncias e dos fatos que se interligam.
Os papéis são múltiplos: no binômio amantes e amores surge alternativas que modificam o que sentimos no íntimo, como se estivéssemos a jogar na mesa com as cartas que fazemos a combinação. Trunfos quem é quem não quer?
Na reflexão diante do espelho, vem-nos a ideia como estamos fisicamente e remete-nos à introspecção como estamos de astral e o resultado do que fizemos num relacionamento amoroso.
Na voz de Roberta Miranda, a Lição de Vida é embalada em orquestração de bolero, onde a letra derrama a dúvida se ele gostou dela e os pensamentos interrogativos que a fazem a olhar no espelho: “Será que a estrada tem fim? Será que a vida ensinou a só representar? Será que esse gozo foi meu?”
Na retrospectiva não vem apenas um amor, nem o último, mas toda a conjuntura amorosa em que a nossa vida viveu intensamente. Os amores mais carentes de atenção vêm-nos com uma força muito grande.
Será que a namorada, a bola da vez, irá puder ver essa tripulação que o nosso coração, em pleno voo, carrega? Ninguém caminha sozinho, nem mesmo aqueles que estão sozinhos, na aparência.
O mergulho no mundo astral, tanto na esfera física ou nos campos mais densos ou mais sutis, há a presença de amores vivenciados nos arcanos insondáveis que os engramas do passado adormeceram num sono letárgico, é o nosso caminho sem fim.
Não abandonamos nenhuma mulher que se foi, fomos expulsos por circunstâncias que não nos favoreceram as horas, desprendemos para não ficar presos e libertos estendemos as mãos para quem também, em algum momento da vida, estendeu as mãos para nós. Há uma reciprocidade interminável. A música pergunta se a estrada tem fim? Aqui está a resposta.
Quantas vidas tivéssemos, tantas vidas daríamos a esses amores que fazem parte do mundo que acompanhamos a transição planetária, agasalhando em nosso coração. No silêncio da noite, onde não existe as amarras que nos amarravam, o nosso amor resplandece em luz e cores, imantando-se na egrégora que nos envolve.
Na densa consciência planetária em que a Terra está envolvida, a terceira dimensão dissociada, em ascensão para a quinta dimensão unificada, ninguém sabe o que fez por amor, pois aqui mil caras são apresentadas na conquista e apenas uma para ferir quando o amor se vai. É o que a canção diz.
Ciúme, posse, apego, nada disso é amor, pois o amor é doação. Não é apenas com as pessoas mas também com as coisas, pois isto irá nos fazer sofrer quando não as tivermos mais. No conceito freudiano, a melancolia dos antigos gregos ou a depressão dos contemporâneos deste século, surge sempre com a perda de algo ou de alguém.
O bolero, estilo de música que nos embala a momentos românticos, no passado tinha uma carga de emoções que faziam oscilar o nosso estado emocional, hoje recrudescida em um novo embalo que a voz de Roberta Miranda nos leva a sorrir de amor. É um encantamento que nos faz suspirar.
Ao ouvir a música, não é necessário o acompanhamento de bebidas, a presença feminina é o suficiente, é o que basta. Amo Roberta Miranda.

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