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domingo, 24 de julho de 2016

LEMBRANÇAS AMÁVEIS (II)



Em 30/11/1937, João Marques dos Reis assume o cargo de presidente do Banco do Brasil. No dia seguinte, Ruy Carneiro está investido nas funções de secretário da Presidência do Banco do Brasil. Ambos já se conheciam, anteriormente, no trabalho, quando Marques dos Reis era o ministro da Viação e Obras Públicas (25/7/1934 a 29/11/1937) e Ruy Carneiro, secretário do ministro.
Nos idos de 1937, o gabinete do presidente João Marques dos Reis era constituído dos seguintes executivos: Álvaro Henriques de Carvalho, Oliveira Lima, Zeferino Contrucci. Completavam o staff Ruy Carneiro e Mário Neiva de Lima Rocha, oriundos do Ministério da Viação e Obras Públicas [Revista AABB – Rio – 1937].
Três anos mais tarde, convocado por Getúlio Vargas, e licenciado pelo Banco do Brasil, Ruy Carneiro governa, no período de 1940/1945, o Estado da Paraíba, sendo substituído pelo interventor Samuel Vital Duarte que, mais tarde, viria a ocupar o cargo de diretor do Banco do Brasil (9/11/1961 a 20/7/1963).
Em 1946, Ruy Carneiro recebe do povo paraibano aclamação popular, conquistada através das urnas eleitorais. Mas a ditadura de Getúlio Vargas fecha o Congresso Nacional, tornando–se desnecessária a passagem do deputado pelos corredores da Câmara dos Deputados, que se tornaram, naqueles tempos, completamente vazios. O amor pelo Banco do Brasil fala mais alto e ele retorna aos pagos nas funções de advogado.
Com a volta de Getúlio Vargas ao poder, na década 50 do século XX, o Congresso Nacional é reaberto.
Nessa conjuntura política, Ruy Carneiro consegue uma façanha, à época de difícil realização na Paraíba: senador da República durante 4 legislaturas (1951/1959, 1959/1967, 1967/1974, 1975/1977), falecendo em pleno mandato nos idos de 1977.
A trajetória de Ruy Carneiro no Banco do Brasil (1/12/1937 a 14/1/1960), advogado de carreira que alcançou a promoção de advogado letra “G”, foi um funcionário que muito honrou a Empresa, quando exercia o mandato de senador da República, estava transferido para o Quadro Suplementar sem proventos [Almanaque do Pessoal – 1964].
Amado pelo muito que amou, com dedicação ao BB, inclusive o apoio pela criação da Cassi – Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, projeto de vida inaugurado na gestão do presidente João Marques dos Reis (30/11/1937 a 6/11/1945), o advogado Ruy Carneiro é uma das glórias nacionais pela manifestação de consciência coletiva que possuía, reconhecida por multidões que a ele recorriam, chamando–o carinhosamente: “o escravo branco da Paraíba”.
Pela simplicidade que conservou de menino do interior, nascido e criado em Pombal–PB, Ruy Carneiro soube alinhar as virtudes da inocência e da sabedoria oriundas das lides humanas, sempre honradas por ele, é símbolo de honestidade, pureza de caráter e amor ao próximo, luz imortal que brilha no BB e no Congresso Nacional, entre tantas outras nascidas de fontes límpidas.
Em 11/12/2007, o deputado Jorge Khouri (DEM/ BA) profere o discurso em homenagem póstuma a João Fernandes da Cunha, funcionário do Banco do Brasil (posse: 20/9/1940, apos.: 15/9/1970), eminente educador, biógrafo e jurista. Durante mais de 30 anos exerceu o magistério na Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA – Universidade Federal da Bahia. No período de 1970 a 1974 foi diretor dessa Faculdade. Em 21/5/1992, institui e preside a Fundação João Fernandes da Cunha.

In – HISTÓRIA DO BANCO DO BANCO DO BRASIL, DE FERNANDO PINHEIRO, obra disponibilizada ao público pela internet no site www.fernandopinheirobb.com.br

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