Maestro e
compositor, Rossini Silva (posse no BB: 12/7/1923, falec. 15/8/1955), nos idos
de 1939, funcionário da Agência de Florianópolis – SC, apresenta ao público de
Floripa, em julho/1939, suas composições “Impressões” (sonata), “Mariotti”
(valsa) e “O amor se foi ...” (fox) tocadas ao violão, na sede do Sindicado dos
Bancários, prestigiado pela presença dos funcionários Walter Lange, Ney Varela,
Daniel Faraco, entre outros. No mês seguinte, o inspetor Mello Nóbrega está em
disponibilidade do Banco Português do Brasil [Revista AABB – 1939].
Cearense da cidade de Redenção, Rossini Silva,
violonista e compositor das peças musicais Sonho de Harpa, Sinfonia do Guarani
e Gemidos ao Luar, entre outras, mereceu destaque na literatura portenha:
Silva, Rossini – Guitarrista y compositor brasileno, de muy destacada actuación
em su pais [Domingos Prat in Dicionário Biográfico, Bibliográfico, Histórico e
Crítico – Apud “Hobby”, por Mário Nogueira – Revista AABB – Rio – dez/1949].
Nos idos de 1948, quando o médico Guilherme da
Silveira dirigia os destinos do Banco do Brasil, o funcionário Lourenço da
Fonseca Barbosa, Capiba (posse no BB: 16/9/1930, apos. 1/2/1961) escreveu a
canção Alamôa, retratando uma lenda do arquipélago Fernando de Noronha que
narra a história de um trágico romance de amor, com reminiscências de noites de
assombração em dias de temporal.
Sobre o autor, ressaltamos que, nos idos de 1943,
escreveu a canção Maria Betânia, destinada à Senhora de Engenho, peça teatral
de Mário Sette, dirigida pelo teatrólogo Hermógenes Vianna (José Hermógenes de
Araújo Vianna – posse no BB: 8/9/1920, apos.: 1/11/1950), membro da Academia
Pernambucana de Letras. Posteriormente, a canção foi gravada pelo cantor Nelson
Gonçalves, hoje um dos maiores clássicos da música popular brasileira. Outro
sucesso do compositor foi a canção Serenata Suburbana, na voz de Dalva de
Oliveira.
A respeito do disco Mestre Capiba – Raphael Rabello
e convidados, lançado, nos idos de 2002, sob o patrocínio do Banco do Brasil,
estatal que divulga a memória nacional, os arranjos são perfeitos nas mãos do
mais genial violinista brasileiro [PIMENTEL, 2002].
Na área erudita, Capiba escreveu um concerto para
piano e outro para flauta, um trio para violão, violino e cello, e ainda uma
suíte para piano, orquestrada pelo compositor Guerra Peixe. Nos idos de 1950,
obteve o 2° lugar no concurso comemorativo ao 1° Centenário do Teatro Santa
Isabel, na capital pernambucana, com a apresentação de uma abertura solene para
orquestra sinfônica. [...]
No movimento lento, com simplicidade e vivo, a música
Tu e o vento, do maestro e compositor Edino Krieger, escrita em 2/5/1954, em
Teresópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, traz a letra de
Adelmar Tavares.
Imortalizado pelas letras e advogando para o BB
(1925/1930), Adelmar Tavares foi eleito, em 1924, para a Academia Brasileira de
Letras, presidindo-a em 1948. Foi o 1° funcionário do Banco do Brasil a
ingressar na Academia Brasileira, depois seguiram João Neves da Fontoura
(1936), Afonso Penna Júnior (1948) e Afonso Arinos de Melo Franco (1958). No
período 1949/1950, Adelmar Tavares ocupa o cargo de presidente do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Empossado em 1/6/1953, o funcionário Sérgio da Silva
Netto Machado, nos idos de 1964, trabalhou na Agência Copacabana – Metr. RJ,
maestro e compositor, dirigiu a Orquestra Sinfônica de Amadores do Rio de
Janeiro, Orquestra de Câmara do Conservatório Brasileiro de Música e Orquestra
Guanabarina de Amadores. Obra: 2 sinfonias, 1 choro sinfônico, 2 suítes, 1
concerto para piano, várias canções [Revista AABB – Rio – outubro – 1962].
Vale ressaltar que, nos idos de 1955, o Andante de
uma das sinfonias de Sérgio da Silva Netto Machado foi apresentado pela
Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do maestro Eleazar de Carvalho [Revista
AABB – Rio – outubro – 1962].
Em 11/6/2000, aos 75 anos de idade, faleceu Geraldo
Ventura Dias, funcionário aposentado do Banco do Brasil, onde fez carreira em
agências do interior, ocupando o cargo de gerente. Músico, escreveu dezenas de
composições, inclusive o Hino de Petrópolis e os hinos do Petropolitano Futebol
Clube e do Serrano Futebol Clube. Autor de crônicas e poesias, membro titular
da Academia Petropolitana de Letras (Cadeira n° 8, patronímica de D. Pedro II).
Quando se aposentou do Banco do Brasil, sob a
presidência de Nestor Jost, nos idos de 1972, o funcionário Wilson Dias da
Fonseca já era um compositor consagrado (músicas para canto, peças sacras,
valsas, modinhas, toadas, tangos e canções, obras para duetos, trios e
orquestra). Dez anos depois, em 1/2/1982, em cerimônia presidida pelo
governador do Estado do Pará, Cel. Alacid Nunes, no Theatro da Paz, em Belém, o
compositor e maestro tomou posse na Academia Paraense de Música.
Acompanhado de Eduardo Portella, presidente da
Fundação Biblioteca Nacional, o ministro Francisco Weffort proferiu de
improviso, em 8/12/1998, palestra acerca da cultura nacional na Academia de
Letras dos Funcionários do Banco do Brasil. Em seguida, a convite do escritor
Fernando Pinheiro, que presidia a solenidade, o ministro permaneceu, no
Auditório, para ouvir a conferência em homenagem ao Visconde de Mauá, na voz do
acadêmico Paulo de Tarso Medeiros, o representante do Banco do Brasil, em
Washington, DC, que veio especialmente dos Estados Unidos para o evento.
No dia anterior, o ministro da Cultura cumpriu
agenda no Theatro Municipal do Rio de Janeiro para homenagear a Orquestra Jovem
“Wilson Fonseca”, de Santarém, sob a regência do maestro José Agostinho da
Fonseca Neto, filho do maestro, pianista e compositor Wilson Fonseca que, ao
longo de 3 décadas, trabalhou no Banco do Brasil, naquela cidade paraense, a
pérola do Tapajós.
Em sessão solene de 4/5/2006, a Assembleia
Legislativa do Estado do Maranhão presta homenagem a um funcionário do Banco do
Brasil: empossado em 5/12/1979 no BB – CESEC–Brasília – DF e transferido em
1990 para o CESEC – São Luís–MA, Antônio Francisco de Sales Padilha,
ex–instrutor de Relações Humanas no BB, detentor de licenciatura em Música e
bacharelado em trompete pela Universidade de Brasília – UNB, secretário
estadual de Cultura do Maranhão (governo José Reinaldo Tavares), maestro e
membro–fundador do Quinteto de Metais do Maranhão, professor da Universidade
Federal do Maranhão.
Chefe do CEASP – Centro de Assistência ao Pessoal –
Recife, o médico Luiz Guimarães Gomes de Sá, compositor e intérprete,
aposenta–se em 1996. Dois anos mais
tarde, ingressa na Academia Pernambucana de Música (Cadeira patronímica de Luís
Gonzaga).
In HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, DE FERNANDO
PINHEIRO, obra disponibilizada ao público, pela internet, no site
www.fernandopinheirobb.com.br
www.fernandopinheirobb.com.br
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