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quarta-feira, 20 de março de 2013

VERDADE CHINESA


Na canção Verdade Chinesa, na voz de Emílio Santiago (1946/2013), há a manifestação da matrix: “Muita coisa a gente faz seguindo o caminho que o mundo traçou. Mas o que é a vida afinal”. Fora do nosso mundo íntimo, vem a constatação da perda do melhor que a vida tem.

Na meditação, onde esvaziamos tudo que nos preocupa, há o recurso precioso para sentirmos a nossa situação no esquecimento da matrix onde está a cartilha do mestre e a comida do pão amassado pelo diabo, imagens ideoplásticas sugeridas pela canção, que confinam o ser humano.

Há mestres em todos os departamentos da vida, com a adequação dos meios onde vivem, muitos deles existe a cobrança de pedágio para se alcançar a graça de privilégios desconhecidos. A comida amassada é o carma, outro medo imposto pela matrix. A lei da graça, característica da consciência unificada que se avizinha, na transição planetária, gera somente luz e nunca o medo, assim como a luz não pode gerar escuridão.      

Os meios de comunicação, que abarrotam nossos lares com notícias e filmes de desencantos, gerando sempre o medo, apenas estimulam o desvio dos caminhos que os sonhos, mais recônditos de nosso ser profundo, nos sugerem.       

Manipula-se a vontade alheia como se fosse um produto colocado à venda, valorizando sempre o preço aferido nas escalas do que é considerado mais vantajoso e com o prazer exclusivo dos sentidos da matéria. A alma não é consultada, teriam que recorrer aos poetas e sonhadores, porque o produto do mercado é exclusivamente aqui e agora: o prazer de desfrutar a vida, tudo transitório e efêmero.
 
Esta é a cartilha do mestre que o mundo ensina, revelada na voz do cantor que há pouco tempo nos deixou saudades, numa vigília de corpo presente, no dia 20/3/2013, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro - RJ.
 
Uma palavra menos feliz, uma separação indesejada, um comentário desairoso podem desencadear sintomas de depressão, às vezes irreversíveis se houver pensamentos que produzem traumas. O resultado é a perda da saúde mental que, se não for tratada em clínicas psiquiátricas, ou em terapias alternativas, terá um resultado nefasto.

Não criticar nem discutir com ninguém, não reagir a nada, pois a postura de confiança na vida irá nos posicionar em melhor estilo, mesmo que fiquemos em silêncio. A reação é do ego que se complica com a alternância de postura, ora quer, ora não quer. Isto não nos interessa. A simplicidade não dá espaço ao ego. 

Muitos perdem a memória em doenças graves, bastante conhecidas, atingindo todas as classes sociais, em circunstâncias que a ciência busca desvendar. O que será que eles perderam? Não seria melhor para eles o esquecimento de todas as tragédias e desgraças que o planeta está envolvido e que, de alguma forma, nos atingem? Na televisão passa tudo isto. Não guardemos vibrações que não dizem respeito com o nosso mundo íntimo.

Um dia, na longa estrada do destino, quando despertarem nos recantos felizes que semearam, a lucidez os acompanhará dentro de paisagens íntimas de encantadora beleza.

Por outro lado, a maioria da população mundial, jugulada à matrix (ilusão), um dia, nessa mesma estrada, irá despertar em mundos compatíveis à realidade em que vivem. A Terra sacralizada, em vibrações sutis, não mais a acolherá por uma questão de incompatibilidade de vibrações. A separação do joio e do trigo estará completa.      

A canção não fala da verdade chinesa que os ensinamentos de Buda, LaoTsé nos revelam, então leva-nos a pensar na matrix e se redime dizendo: “o que vale é o sentimento, o amor que sentimos no coração”.  


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