Na
canção Verdade Chinesa, na voz de Emílio Santiago (1946/2013), há a manifestação
da matrix: “Muita coisa a gente faz seguindo o caminho que o mundo traçou. Mas
o que é a vida afinal”. Fora do nosso mundo íntimo, vem a constatação da perda
do melhor que a vida tem.
Na meditação, onde esvaziamos tudo
que nos preocupa, há o recurso precioso para sentirmos a nossa situação no
esquecimento da matrix onde está a cartilha do mestre e a comida do pão
amassado pelo diabo, imagens ideoplásticas sugeridas pela canção, que confinam
o ser humano.
Há mestres em todos os departamentos
da vida, com a adequação dos meios onde vivem, muitos deles existe a cobrança
de pedágio para se alcançar a graça de privilégios desconhecidos. A comida
amassada é o carma, outro medo imposto pela matrix. A lei da graça,
característica da consciência unificada que se avizinha, na transição
planetária, gera somente luz e nunca o medo, assim como a luz não pode gerar
escuridão.
Os meios de comunicação, que
abarrotam nossos lares com notícias e filmes de desencantos, gerando sempre o
medo, apenas estimulam o desvio dos caminhos que os sonhos, mais recônditos de
nosso ser profundo, nos sugerem.
Manipula-se a vontade alheia como se
fosse um produto colocado à venda, valorizando sempre o preço aferido nas
escalas do que é considerado mais vantajoso e com o prazer exclusivo dos
sentidos da matéria. A alma não é consultada, teriam que recorrer aos poetas e
sonhadores, porque o produto do mercado é exclusivamente aqui e agora: o prazer
de desfrutar a vida, tudo transitório e efêmero.
Esta é a cartilha do mestre que o
mundo ensina, revelada na voz do cantor que há pouco tempo nos deixou saudades,
numa vigília de corpo presente, no dia 20/3/2013, na Câmara dos Vereadores do
Rio de Janeiro - RJ.
Uma palavra menos feliz, uma
separação indesejada, um comentário desairoso podem desencadear sintomas de
depressão, às vezes irreversíveis se houver pensamentos que produzem traumas. O
resultado é a perda da saúde mental que, se não for tratada em clínicas
psiquiátricas, ou em terapias alternativas, terá um resultado nefasto.
Não criticar nem discutir com
ninguém, não reagir a nada, pois a postura de confiança na vida irá nos
posicionar em melhor estilo, mesmo que fiquemos em silêncio. A reação é do ego
que se complica com a alternância de postura, ora quer, ora não quer. Isto não
nos interessa. A simplicidade não dá espaço ao ego.
Muitos perdem a memória em doenças
graves, bastante conhecidas, atingindo todas as classes sociais, em
circunstâncias que a ciência busca desvendar. O que será que eles perderam? Não
seria melhor para eles o esquecimento de todas as tragédias e desgraças que o
planeta está envolvido e que, de alguma forma, nos atingem? Na televisão passa
tudo isto. Não guardemos vibrações que não dizem respeito com o nosso mundo
íntimo.
Um dia, na longa estrada do destino,
quando despertarem nos recantos felizes que semearam, a lucidez os acompanhará
dentro de paisagens íntimas de encantadora beleza.
Por outro lado, a maioria da
população mundial, jugulada à matrix (ilusão), um dia, nessa mesma estrada, irá
despertar em mundos compatíveis à realidade em que vivem. A Terra sacralizada,
em vibrações sutis, não mais a acolherá por uma questão de incompatibilidade de
vibrações. A separação do joio e do trigo estará completa.
A canção não fala da verdade chinesa
que os ensinamentos de Buda, LaoTsé nos revelam, então leva-nos a pensar na
matrix e se redime dizendo: “o que vale é o sentimento, o amor que sentimos no
coração”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário