Um bando de almas errantes, denominadas legião, conheceu
Jesus, isto comprova que elas existem. Basta uma delas para destruir uma
família, uma associação de amigos, uma comunidade que se reunia.
Vale assinalar a necessidade de atentarmos para o aviso
de Jesus: “orai e vigiai.” Por que devemos orar somente em egrégora? Também
podemos, sim, orar sozinho, no recanto de nosso lar, nos intervalos de trabalho
na comunidade em que servimos.
Pode até haver ligação afetiva ou profissional, mas sem
esse preceito no momento de decisão de nossos passos que se interligam com as
pessoas do nosso grupo social, inclusive a família, uma palavra, uma resposta
dada contra nós pode ser o fim do relacionamento. Um instante depois, pode
haver o retorno de posturas, mas isto não mais invalida a decisão tomada contra
nós.
O livre-arbítrio é o grande vetor que direciona a
postura escolhida, sem nunca haver a culpabilidade de almas errantes. A
sugestão psíquica existe, mas os nossos pensamentos devem ser nossos
pensamentos e nunca os pensamentos de outrem, inclusive na esfera astral.
Acolhemos na prece e nos sentimentos de solidariedade
elas que nos chegam no clima em que buscam a resposta de engramas do passado
onde o nosso pensamento teve participação. No Universo o incompleto será completo,
a morte física nunca é o fim de um relacionamento que ficou incompleto. Os
pensamentos sempre unem as pessoas.
Após a acolhida em nosso coração, encaminhá-las à luz e
nunca retê-las, embora não tenhamos a realidade de retenção em nossas mãos. As
egrégoras do apelo religioso facilitam o entendimento dessa realidade, mas nos
consultórios psiquiátricos essa realidade pode induzir a diagnóstico que
denotam comportamento compulsivo-obsessivo. O caso se agrava quando há indícios
de manifestação de almas errantes, embora a Psiquiatria não se envolva nesses
assuntos. No entanto, é admitida a subjetividade.
Temos falado em várias ocasiões, neste espaço da
internet, que a nossa postura diante da vida é fundamental para enfrentar os
problemas desta e de outra esfera que nos interliga por afinidades ou por
gostos. A recomposição das paisagens íntimas é fundamental.
O nosso mundo físico ainda é caracterizado pela
separação de vibrações escolhidas, embora façamos parte desse mundo em que
vivemos para nos comunicar com pessoas que estão em caminhos diversos. A
unidade está a caminho.
Na música Algo em mim – Altemar Dutra, disponibilizada
ao público no YouTube da internet, há uma catarse manifestada no final do canto
em que diz o que devemos fazer: “mais amor, mais amor”. Este é o “orai e
vigiai” na versão do comportamento entre casais, comportamento mais usufruído
nas blandícias do gozo do que as blandícias de outro reino, onde o espírito
atua e se imortaliza.
Amemos as almas errantes, não as atraindo para o nosso
recinto onde moramos e trabalhamos, mas como seres que têm o mesmo princípio
que nós temos, identificados como irmãos que vivem na ilusão que esta Terra
lhes deu, sem saberem ainda que tudo se interliga e não há separação nas
esferas de luz onde o amor resplandece.
O planeta Terra está sendo sacralizado. Tudo ao redor
são flores em jardins de comovente beleza. Vejamos apenas a crisálida que nos
deu a borboleta. Há mortes sim, tudo está em transformação. Em tudo há beleza.
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