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sábado, 2 de março de 2013

MUTAÇÃO


A vida em comum é reciprocidade. A doação é o ponto central de toda a referência que diz respeito ao amor, neste contexto o convívio se forma expressando o estilo de vida que buscamos, daí decorre o que se chama felicidade.

O curso de vida de nossa existência decorre sempre daquilo que fizemos, projetado em circunstâncias que caracterizam o que estamos sempre vivenciando. Seremos aquilo ou estaremos naquilo que projetamos em nosso cotidiano. Ação repercute na reação de idêntica natureza projetada.

Na vivência em comum prevalece o que projetamos do nosso íntimo que pode vir revestido em silêncio ou em palavras e gestos que criam uma situação escolhida. Nesse enlevo está a pessoa amada que elegemos em nosso íntimo, o recanto sagrado onde acalentamos os sonhos onde se encontra a vida que escolhemos para viver.

Os embaraços, que surgem nesse enlevo, são apenas indicadores que denotam o grau de envolvimento de uma situação ou circunstância que está passando. A mudança é a certeza daquilo que virá, no linguajar popular: tudo passa. "Nada existe de permanente a não ser a mudança". (Heráclito de Éfeso, 500 a.C.).

A mudança vem a ocupar o nosso tempo, pois estamos no desenrolar dos acontecimentos que ganham novas formas de apreciação e de vivência. A mutação revela-nos aspectos novos que vão surgir e que estamos neles inseridos, movimentando-os em pensamentos que nasceram da esperança.

Essa esperança nasceu do improviso e se apagou, em seguida, na chegada da realidade dos sonhos acalentados num doce acalanto em que se estende uma atmosfera pueril, onde a pureza não foi maculada. Sem planos, sem expectativa, apenas a vivência do momento em consciência plena. Entregar-se ao abandono, onde a personalidade desaparece e eclode o que somos em essência.

Há aspectos reconhecidos aos poucos pela pessoa amada, pois o que vale e prevalece é a vibração que sai de nosso ser profundo que não precisa explicação nem revelação por gestos, pois a energia que espalhamos, ao redor e alhures, é o que basta, sem alarde algum.

No estado de vigília essas possibilidades são diminuídas em decorrência do alarido da movimentação de pessoas que estão ao nosso redor, movimentando-se em atividades do sustento para o sobreviver.

Nas horas do sono, esses recursos inefáveis se espalham, com profusão, estabelecendo liames dos amores eternos, onde a essência de cada um se projeta em doces enlevos. O amor tem essa mágica beleza.

No acordar de cada dia, há o abastecimento de energias que fazem eliminar aqueles embaraços em que a saúde busca se manter. Esquecido de sua essência profunda, o ser humano ainda busca os consultórios médicos para se refazer, este caminho ainda é o mais acertado nessas circunstâncias. Há especialidades para tudo, inclusive para a subjetividade onde a Psiquiatria, atualmente, busca estender seus domínios.

Nunca fizemos análise e respeitamos a Psicologia e todas as pessoas que têm necessidade de experienciar esse campo de ação que busca vertentes do conhecimento humano. A nossa opção é pela Filosofia e a inspiração sublime que deslinda os enigmas do caminhar.

O importante é saber que tudo se interliga numa precisão matemática. Regozijemo-nos todos em abraços invisíveis, mas reais. A nossa egrégora de amor é imensa e ganha espaços de gigantesca proporção.

Temos amigos no facebook e no www.fernandopinheiroescritor.blogspot.com em todos os continentes, principalmente na América Latina, no Leste Europeu e na Ásia, sem desconsiderar nenhum deles que sempre mereceram de nós a receptividade dos amores eternos, mesmo dentro do clima de mutação.




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