Nas cadeias aprisionantes há sombras
numeradas, algumas visíveis outras invisíveis, mas todas percebidas pelo nosso
coração que não as separa, mas também não as acolhe por uma questão de vibração
qualificada tanto da parte delas como das nossas.
Tudo
segue um curso determinado pelas forças que o impulsiona e tudo se encaminha na
direção do destino escolhido. Dessa forma, sempre vamos para onde a vibração do
que somos, no local onde está o nosso pensamento, a nossa vida.
Dentro
de nossa sociabilidade, encontramos pessoas que, de alguma forma, atraímos pelo
pensamento ou por ações que estabelecem um relacionamento afetivo ou social
tanto nas pessoas amadas como nos grupos sociais a que pertencemos ou somos
convidados a estar de passagem seja numa visita cordial ou no encontro
eventual.
De
alguma forma, a afinidade, nessas circunstâncias, se verificou. Se as sombras
numeradas visíveis ou invisíveis nos cercam, em contatos pessoais, há sempre um
liame que justifica a situação.
Logicamente,
o contato terá proporções de aproximidade e as implicações decorrentes do
contato estão intimamente ligadas ao nosso mundo interior.
Na
rua e nos recintos públicos, vemos pessoas de diferentes procedências regionais
tanto do plano material quando da esfera espiritual ou de apelos variados que
denotam que estamos diante de um perigo que pode ser efetivado de acordo com a
nossa participação. Se não houver nenhuma afinidade de pensamentos, logicamente
estaremos isentos de qualquer ocorrência mútua, equivale dizer que não seremos
cúmplices naquilo que não participamos.
Mantendo-nos
na leveza do nosso ser profundo, atrairemos sempre a leveza que exteriorizamos.
O pensamento faz o destino. Temos dito que aqueles que tem facilidade de atrair
almas errantes não devem detê-las, devem sim encaminhá-las imediatamente à luz
assim como o luar faz a transmutação da beleza.
O
medo é a manifestação do ego que oscila na consciência dualista em que grande
parcela da humanidade está envolvida. Para sair dessa faixa vibratória é
necessário que a simplicidade se manifeste, pois o ego é complicado, entra em
variações diversas, até mesmo na contradição do que antes afirmara.
A
simplicidade se mantém inalterável e permanece a mesma em qualquer
circunstância ou situação.
Quando
o poeta paulista Guilherme de Almeida, príncipe dos poetas brasileiros, foi
convidado para fazer a escolha de seus versos prediletos para compor uma
antologia, escolheu: "Simplicidade, simplicidade, por que não há de ser
todo mundo assim?".
O
sentido da unidade estava numa recomendação também simples, que se idealizou em
imagens ideoplásticas em que o poeta disse que a rosa era a boca vermelha que
não precisava dizer que tem perfume. O carro-chefe que ostenta nossa bandeira,
nosso florão de glória é: simplicidade, humildade, transparência e alegria.
Uma
amiga nossa sugeriu-nos a ideia de escrever sobre o tema luz do horizonte e
isto se reflete em nosso caminhar nesse mundo de transformações visíveis e
invisíveis onde há pedras que sustentam jardins como também flores que
desabrocham a cada amanhecer.
Sintamos o perfume que delas se
desprendem e o coloquemos no nosso íntimo, onde o coração é o símbolo maior,
para que os ambientes por onde passamos sejam perfumados.
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