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quinta-feira, 7 de março de 2013

LUZ DO HORIZONTE


Nas cadeias aprisionantes há sombras numeradas, algumas visíveis outras invisíveis, mas todas percebidas pelo nosso coração que não as separa, mas também não as acolhe por uma questão de vibração qualificada tanto da parte delas como das nossas.

Tudo segue um curso determinado pelas forças que o impulsiona e tudo se encaminha na direção do destino escolhido. Dessa forma, sempre vamos para onde a vibração do que somos, no local onde está o nosso pensamento, a nossa vida.

Dentro de nossa sociabilidade, encontramos pessoas que, de alguma forma, atraímos pelo pensamento ou por ações que estabelecem um relacionamento afetivo ou social tanto nas pessoas amadas como nos grupos sociais a que pertencemos ou somos convidados a estar de passagem seja numa visita cordial ou no encontro eventual.

De alguma forma, a afinidade, nessas circunstâncias, se verificou. Se as sombras numeradas visíveis ou invisíveis nos cercam, em contatos pessoais, há sempre um liame que justifica a situação.

Logicamente, o contato terá proporções de aproximidade e as implicações decorrentes do contato estão intimamente ligadas ao nosso mundo interior.

Na rua e nos recintos públicos, vemos pessoas de diferentes procedências regionais tanto do plano material quando da esfera espiritual ou de apelos variados que denotam que estamos diante de um perigo que pode ser efetivado de acordo com a nossa participação. Se não houver nenhuma afinidade de pensamentos, logicamente estaremos isentos de qualquer ocorrência mútua, equivale dizer que não seremos cúmplices naquilo que não participamos.

Mantendo-nos na leveza do nosso ser profundo, atrairemos sempre a leveza que exteriorizamos. O pensamento faz o destino. Temos dito que aqueles que tem facilidade de atrair almas errantes não devem detê-las, devem sim encaminhá-las imediatamente à luz assim como o luar faz a transmutação da beleza.

O medo é a manifestação do ego que oscila na consciência dualista em que grande parcela da humanidade está envolvida. Para sair dessa faixa vibratória é necessário que a simplicidade se manifeste, pois o ego é complicado, entra em variações diversas, até mesmo na contradição do que antes afirmara.

A simplicidade se mantém inalterável e permanece a mesma em qualquer circunstância ou situação.

Quando o poeta paulista Guilherme de Almeida, príncipe dos poetas brasileiros, foi convidado para fazer a escolha de seus versos prediletos para compor uma antologia, escolheu: "Simplicidade, simplicidade, por que não há de ser todo mundo assim?".

O sentido da unidade estava numa recomendação também simples, que se idealizou em imagens ideoplásticas em que o poeta disse que a rosa era a boca vermelha que não precisava dizer que tem perfume. O carro-chefe que ostenta nossa bandeira, nosso florão de glória é: simplicidade, humildade, transparência e alegria.

Uma amiga nossa sugeriu-nos a ideia de escrever sobre o tema luz do horizonte e isto se reflete em nosso caminhar nesse mundo de transformações visíveis e invisíveis onde há pedras que sustentam jardins como também flores que desabrocham a cada amanhecer.

Sintamos o perfume que delas se desprendem e o coloquemos no nosso íntimo, onde o coração é o símbolo maior, para que os ambientes por onde passamos sejam perfumados.





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