Na interpretação da linguagem dos sonhos, Carl Gustav
Jung disse que neles existem entidades misteriosas como se fossem amigos
desconhecidos revelando sobre o nosso bem-estar fundamental “que pode ser
diferente do bem-estar que imaginamos ser a nossa meta”.
O mundo de Morfeu é a esfera
mitológica grega que revela a existência do sono, recrudescida,
cientificamente, nos dias atuais, nos laboratórios e no Instituto do Sono,
experiência pioneira no Brasil, na cidade de São Paulo, que fazem exames para
demonstrar a qualidade do sono, sendo que no estado do sono REM (Rapid Eyes
Movement/Movimento Rápido de Olhos) ocorrem os sonhos.
Na crônica Pégaso narramos um
sonho que tivemos no astral inferior, zona de impacto das forças em litígio, na
consciência dissociada (bem/mal, certo/errado e outras expressões correlatas)
em que a separação do joio e do trigo se fazem presentes, em vivência dos
engramas do passado que as uniram para elaboração de um estágio de aprendizado
de difícil assimilação.
No sono que se converte em
pesadelo, há um mecanismo de elaboração de imagens e de símbolos que tendem a
desaparecer ao acordar à medida que nossas possibilidades de assimilação se
extinguem, isto para não ocorrer o choque que a personalidade poderia ter ao despertar.
Ainda dentro das imagens e dos
símbolos, o sonho revela circunstâncias de comovente beleza, agora com maior
capacidade de ser lembrado e guardado na memória como marco que define um novo
passo em nossa caminhada em direção ao horizonte que, acordado, sonhamos
acontecer.
O mundo de Morfeu abriga, ainda
nos dias de hoje, pessoas dormindo em precária situação: o corpo físico deitado
no leito e a alma deitada no chão. Claro que essas pessoas não poderiam se
lembrar do que está ocorrendo nesse mundo, o mundo de Morfeu.
Seria humilhante para a
personalidade, o ego das ciências ocultas, ver cenas que, no estado de vigília,
não poderia ocorrer. Nesses casos, o entorpecimento de drogas lícitas
(medicação médica) e de drogas ilícitas (álcool, maconha, crack, cocaína e
outras bastante comentadas nos meios de comunicação), se faz presente.
O ser profundo, que todos somos,
sem exceção, não encontra as condições necessárias para eclodir, vir à tona
dentro do sono. O torpor e o amolentamento, que essas drogas provocam, são
obstáculos escolhidos, consciente e inconscientemente, pelos usuários para
afastá-los da realidade em que vivem.
O sofrimento psíquico é o único
recurso capaz de despertá-los, enquanto a sabedoria das verdades eternas,
incrustada em seu ser profundo, é o caminho que não tem nenhuma ligação com os
apelos fundamentalistas que prometem o que não sabem.
No entanto, nessas circunstâncias
também ocorrem tratamento terapêutico dentro da técnica utilizada na linguagem
Ericksoriana. Há que se estabelecer o tempo de resgate vencido, o destino que
tem hora marcada, o merecimento de quem passa por provas difíceis e o amparo
concedido por seres multidimensionais que cumprem missões que não podemos
discutir.
O mundo de Morfeu é o mundo em
que podemos sonhar, quando dormimos, e dele renascer em nova consciência que
nos vislumbra a felicidade eterna.
Esse mundo de Morfeu é uma
crisálida: alguns vêem a morte da lagarta, outros o nascer da borboleta.
Resplandeça a vossa luz,
referimo-nos aludindo à irradiação da luz crística que se projeta das estrelas
a caminho do nosso coração e de todos aqueles que a busca, vivendo ainda o
mundo de Morfeu, o mundo do sono.
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