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domingo, 3 de março de 2013

O NOSSO MUNDO


A primavera árabe é um movimento libertador assim como aconteceu, nos meados do século XIX, com a primavera dos povos, uma série de revoluções que tinham por finalidade promover mudanças políticas, econômicas e sociais, onde diversos países entraram em turbulência: França, Alemanha, Hungria, Áustria e a Itália, unificada por Giuseppe Garibaldi, cuja estátua pode ser vista, na cidade de São Paulo, no Parque da Estação da Luz.

A Líbia e o Egito, no mundo árabe, estão conseguindo o processo democrático que sufocou e extinguiu o regime totalitário. A Síria permanece em estado de guerra civil onde se vê a presença de facção religiosa, recrudescendo o estilo das Cruzadas.

Por outro lado, há uma guerra silenciosa, no mundo ocidental, pela abordagem religiosa ostentada pelos meios de comunicação. Dentro da consciência dissociada planetária, em que se dissemina a dualidade, a palavra diabo ganha espaços de igualdade e até mesmo de frequência maior do que qualquer outra palavra, no rádio e na televisão.

A separatividade em todos os níveis sociais encontra abrigo na consciência dissociada onde há a luta do bem contra o mal, religioso e não religioso. O amor, assim como a luz, não luta, apenas se manifesta e dissipa as trevas.

A mídia se encarrega de divulgar os desencantos que vêm dessa consciência dissociada planetária criando um clima de medo com as vibrações que vieram dessas terras distantes focadas atualmente no que se chama de aldeia global.

O nosso tempo disponível para viver uma vida feliz não deixa espaços para esses cometimentos. Espalhamos o que sentimos no nosso coração sem lembrarmos de que existe um ponto extremo quando se fala em paz, saúde, felicidade e outras buscas humanas.

Há muitos fatores que convergem para o surgimento de muitas doenças, todas elas no sentido oposto da saúde; fala-se igualmente desses distúrbios humanos mais do que os recursos indispensáveis para o nosso viver.

A obra A Sarça Ardente, de Fernando Pinheiro, dispõe de páginas edificantes que despertam o autoconhecimento numa viagem interna que coloca em evidência o que deve ser mostrado de nossa realidade. A propósito, transcrevemos in verbis:"Organizar a nossa vida íntima é fundamental.

São tantas as opções que temos de modificar aquilo que sentimos não estar indo bem.

A revisão de nossos passos, nos caminhos que percorremos, possibilita o reconhecimento daquilo que trazemos conosco.

Muitos, ainda, não sentem a necessidade de avançar nos conhecimentos que trazem a compreensão da vida. Querem continuar assim desse jeito, não se importando se estão doentes ou sadios.

Com o passar dos dias, sentem que algo está lhes causando incômodo, apesar do conforto material que lhes rodeia. É daí que nasce a busca interna.

A dificuldade é saber localizar o foco de suas preocupações. Aparentemente, nada lhes falta, mas sentem um vazio, e não sabem por quê.

Assim como a água, de pingo em pingo, pode modificar a estrutura de um concreto de substância sólida, os pensamentos de melhoria, em ondas paralelas, podem estabelecer circunstâncias novas.

A busca é sempre interna, pois atinge os alicerces onde a personalidade está estruturada. O apelo às formas externas é, apenas, superficial.

A força que movimenta os cinco sentidos do homem é a mesma que engendra os meios que o faz feliz, na harmonia que vem da Natureza.

Sentir a forma proveitosa como endereçamos nossos apelos, aos caminhos que desejamos percorrer, já demonstra um passo decisivo.

Assim são todos os apelos. Há um clima de reciprocidade. A pergunta terá sempre a resposta adequada, nos moldes em que foi realizada.

Se não há, ainda, o resultado desses apelos, nos variados momentos da vida, é porque foram feitos sem a força que alcança o objetivo, a fim de obter o retorno."



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