A primavera árabe é um movimento libertador assim
como aconteceu, nos meados do século XIX, com a primavera dos povos, uma série
de revoluções que tinham por finalidade promover mudanças políticas, econômicas
e sociais, onde diversos países entraram em turbulência: França, Alemanha,
Hungria, Áustria e a Itália, unificada por Giuseppe Garibaldi, cuja estátua
pode ser vista, na cidade de São Paulo, no Parque da Estação da Luz.
A Líbia e o Egito, no mundo árabe, estão
conseguindo o processo democrático que sufocou e extinguiu o regime
totalitário. A Síria permanece em estado de guerra civil onde se vê a presença
de facção religiosa, recrudescendo o estilo das Cruzadas.
Por outro lado, há uma guerra silenciosa, no mundo
ocidental, pela abordagem religiosa ostentada pelos meios de comunicação.
Dentro da consciência dissociada planetária, em que se dissemina a dualidade, a
palavra diabo ganha espaços de igualdade e até mesmo de frequência maior do que
qualquer outra palavra, no rádio e na televisão.
A separatividade em todos os níveis sociais
encontra abrigo na consciência dissociada onde há a luta do bem contra o mal,
religioso e não religioso. O amor, assim como a luz, não luta, apenas se
manifesta e dissipa as trevas.
A mídia se encarrega de divulgar os desencantos que
vêm dessa consciência dissociada planetária criando um clima de medo com as
vibrações que vieram dessas terras distantes focadas atualmente no que se chama
de aldeia global.
O nosso tempo disponível para viver uma vida feliz
não deixa espaços para esses cometimentos. Espalhamos o que sentimos no nosso
coração sem lembrarmos de que existe um ponto extremo quando se fala em paz,
saúde, felicidade e outras buscas humanas.
Há muitos fatores que convergem para o surgimento de muitas doenças, todas elas
no sentido oposto da saúde; fala-se igualmente desses distúrbios humanos mais
do que os recursos indispensáveis para o nosso viver.
A obra A Sarça Ardente, de Fernando Pinheiro,
dispõe de páginas edificantes que despertam o autoconhecimento numa viagem
interna que coloca em evidência o que deve ser mostrado de nossa realidade. A
propósito, transcrevemos in verbis:"Organizar
a nossa vida íntima é fundamental.
São tantas as opções que temos de modificar aquilo
que sentimos não estar indo bem.
A revisão de nossos passos, nos caminhos que
percorremos, possibilita o reconhecimento daquilo que trazemos conosco.
Muitos, ainda, não sentem a necessidade de avançar
nos conhecimentos que trazem a compreensão da vida. Querem continuar assim
desse jeito, não se importando se estão doentes ou sadios.
Com o passar dos dias, sentem que algo está lhes
causando incômodo, apesar do conforto material que lhes rodeia. É daí que nasce
a busca interna.
A dificuldade é saber localizar o foco de suas
preocupações. Aparentemente, nada lhes falta, mas sentem um vazio, e não sabem
por quê.
Assim como a água, de pingo em pingo, pode
modificar a estrutura de um concreto de substância sólida, os pensamentos de
melhoria, em ondas paralelas, podem estabelecer circunstâncias novas.
A busca é sempre interna, pois atinge os alicerces
onde a personalidade está estruturada. O apelo às formas externas é, apenas,
superficial.
A força que movimenta os cinco sentidos do homem é
a mesma que engendra os meios que o faz feliz, na harmonia que vem da Natureza.
Sentir a forma proveitosa como endereçamos nossos
apelos, aos caminhos que desejamos percorrer, já demonstra um passo decisivo.
Assim são todos os apelos. Há um clima de
reciprocidade. A pergunta terá sempre a resposta adequada, nos moldes em que
foi realizada.
Se não há,
ainda, o resultado desses apelos, nos variados momentos da vida, é porque foram
feitos sem a força que alcança o objetivo, a fim de obter o retorno."
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