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domingo, 4 de novembro de 2012

DERRUBAR O GIGANTE - Parte 6



O renascimento, a ressurreição podem ocorrer hoje mesmo  para nós, independentemente de que haja a morte. A morte de um de nossos corpos tem que ocorrer para que haja a ressurreição. Quem pensa que temos apenas um corpo, o corpo físico, então não cabe aqui a transmutação da forma antes da morte física.
A verdade transitória que há nos círculos de concentração de pessoas que disseminam a verdade coletiva do bem, aqui nesta densa densidade em que o planeta está, faz parte dos esquemas do poder, subjugando os “habituées” que vivem na emoção da verdade, aceita por essa específica coletividade de pessoas afins.
Ensinam-se belos textos, fazendo a cabeça de milhões, sem, contudo, liberá-las, embora as mensagens sejam de libertação. É que a palavra é trabalhada a nível emocional, apenas, incutindo-as a crença nos ditames impostos para controlar, apenas. O coração, o ser profundo não é despertado, pois este despertar tem que ser individual, e em experiência própria, e não terceiros ou por sugestões de terceiros.
A verdade transitória, hoje, amanhã substituída por outra verdade transitória, mesmo nascida de palavras eternas, disseminada em coletividade, alimentada no apego coletivo, adquire egrégora, com facilidade, porque o campo trabalhado     é o da emoção e dentro da dualidade bem/mal, certo/errado, princípio que leva à crítica e ao julgamento.
Essas egrégoras não buscam e não podem estabelecer relação com o ser profundo de cada participante, as palavras de     Jesus “vós sois deuses” derrubariam essas egrégoras. Nesse ponto, vamos nos concentrar e verificar que, na viagem ao nosso ser mais profundo, no ser etéreo é que está a verdade, não a transitória, mas a verdade eterna.
Não é o conhecimento, nem a crença em doutrinas que o  liberta de seu confinamento com as blandícias do paraíso, pois o mental não é o coração. A experiência, não em emoções, e, sim na inteligência, é que revela o ser humano, em verdade, o ser etéreo que se liga à fonte.
No abandonar-se à Luz, há uma entrega total, o mental não mais interfere porque não tem poder de interferir, pois está numa camada inferior, onde as emoções, a ilusão, as aparências dominam. No sono é que podemos, com mais facilidade, nos entregar à Luz, pois temos a liberdade de escolha, longe da pressão dos controladores da egregóra que exercem o controle da escravidão mental.
Emancipem-se dessa escravidão. Não se deixem mais ser laçados e empurrados dentro de navios negreiros. A hora é essa da liberdade. O ego espera uma libertação exterior. A liberdade é unicamente interior.
Vejamos que o mito de Prometeu, aproveitando a luz roubada do Olimpo, na mitologia grega, e os arcontes recrudescem dentro dessas egrégoras porque a luz é invertida e  transformada em luz luciferiana que, na verdade, não tem nada  de luz.
O terceiro olho também, trabalhado dentro da dualidade (bem/mal, certo/errado), tem as mesmas características   dessas egrégoras transitórias, que passam de geração a  geração, desde os 26 mil anos, em que foi instalada a terceira dimensão dissociada no planeta, refestelada por ciclos de reencarnação escravizante.
Jesus veio ao mundo terreno trazer a liberdade a essa imensa corrente humana presa na maior falsificação existente no decorrer de todos os tempos neste planeta. No entanto, a nossa liberdade tem que partir de nossa  livre escolha.
O planeta está sendo sacralizado e a transparência surge para desmascarar as máscaras da ilusão. Somos deuses, não dentro de nossa personalidade transitória e efêmera, que entroniza o ego e despreza a essência eterna que todos nós somos. Somos deuses, no conceito de Jesus, conceito que precisa ser levado ao conhecimento do mundo. A luz do   mundo não deve ficar confinada em quatro paredes, assim  como ninguém pode deter o Sol com a peneira.
A Escola Grande Rio, no samba-enredo de carnaval 2012, estendeu, na passarela, um convite à humanidade inteira:   “das cinzas renascer eu encontrei na fé, a força pra vencer”.  Não mais a fé cega em crenças obsoletas ou naquilo que o homem pensa ser, ou pensa travestir. A fé na verdade eterna naquilo que homens e mulheres são, por sua natureza imortal, seres etéreos que se ligam à fonte.

Blog Fernando Pinheiro, escritor 
Site  www.fernandopinheirobb.com.br

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