“Das cinzas renascer”
é a sugestão do samba-enredo da Escola de Samba Grande Rio 2012 e que nos
remete aos escombros desta civilização que chega ao final, sustentada pelo peso e pela referência de
bilhões de espectadores.
A mídia ainda a sustenta,
diariamente, em noticiário, que a faz crer que só existe isto e nada mais. No
entanto, a Terra, sob a evidência dos sinais do céu, e com a participação dos
simples e humildes, já está sacralizada.
Quando a luz surge,
tudo fica claro. Assim é aquele que encontra a verdade dentro de si. Não é mais
preciso recorrer a terceiros que lhe indiquem aquilo que sente.
O despertar da
criatura humana para suas reais necessidades é o mesmo que o florescer das
plantas na primavera. Um clima de festa e de esperança se faz presente.
No reino vegetal as
folhas de outono são levadas pelo vento para compor adubos que revigoram novas
plantas.
Acontece o mesmo no
reino animal, que abrange o homem, as lembranças que não estimularam a saudade
são levadas pelo tempo que as encobre em seus véus de mistério.
A saudade só é válida
quando acompanha o ritmo da vida, atualizando-se no momento presente para criar
novas formas de viver feliz.
Nesse clima de um novo
tempo, novas forças são revigoradas, no íntimo de cada um, delineando espaços
bloqueados pela emoção desfigurada e abrindo perspectivas no caminho.
Indomável pelos laços
que prendem a sua liberdade, a mulher revolta-se contra toda tentativa daqueles
que desejam apenas usufruir de sua parte apodrecível pelo tempo (corpo físico).
Onde ficam a alma, o
lirismo, o romance, a poesia, a ternura, o carinho de um olhar e a confiança de
quem espera?
Tantos sons
desconcertantes, tanta violência nas telas de televisão e cinema, nas casas,
nas ruas e ainda persistem os ruídos de tanques blindados e aviões assustando
os camelos que caminham nos desertos.
A vibração, que vem
dos camelos, dos cisnes e dos albatrozes, parece ser pequenina demais para
renovar o clima de instabilidade que passa o planeta, mesmo ascensionado.
Os tóxicos, os vícios
de toda embriaguez, a ideia fixa de posse sobre pessoas e coisas são caminhos
paralelos que conduzem ao mesmo lugar.
A vida nos chama,
queiramos ou não, a participar da grande encenação teatral nos palcos de nossas
atividades, onde somos protagonistas revelando papéis importantes para que o
cenário de comovente beleza seja a aspiração de todos.
Muitos permanecem
imantados ao ruído mais forte de vozes em delírio como se a convicção da
realidade tivesse que ser despertada apenas pelos meios externos.
O silêncio que
propicia a identificação dos valores eternos tem maior valor do que as palavras
tumultuadas que seguem várias direções, se perdendo como as fumaças de aspiral.
A repercussão do
pensamento grego se faz presente nos dias atuais, ressoando os apelos das vozes
do Olimpo e do oráculo de Delfos que, por terem um sentido universal,
permanecem atualizados.
É claro que esses
deuses que se comunicavam com os filósofos e pitonisas, daquela época, estavam
ainda ligados à atmosfera espiritual da Terra que se move entre o conhecido e o
desconhecido.
A mitologia grega, com
seus heróis e mitos, sempre foi a
verdade revelada em véus de mistério, encobrindo a beleza da vida como
foi a beleza de Helena.
A fênix lendária e a
lua de carneiro (a lua de abril, a lua do mês da ressurreição), congregando uma
forte egrégora, estimulam-nos a
cantar “das cinzas renascer”.
Recrudesce, nos dias
atuais, a lendária fênix, e a expressão máxima que conhecemos que elimina a
possibilidade de julgamento: "o que fizerdes ao menor de seus irmãos, é a
mim que fazeis".
A frase citada é de
autoria do único ser de luz, em todo o nosso sistema planetário, que tem a
capacidade de estar à frente dos destinos dos eventos que irão fazer eclodir o
final dos tempos desta densa dimensão dissociada e inaugurar a Era Dourada, a
dimensão de consciência unificada, enquanto os primeiros sintomas já foram
anunciados pela Escola de Samba Grande Rio, no carnaval 2012. Enquanto isto, só
nos cabe observar, em silêncio, a separação do joio e do trigo.
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