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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXVII)

Este enredo de sonho compõe-se de três partes distintas: a primeira é ambientada na praia onde um grupo de mulheres estão tomando banho de sol. De repente, eis-me em pé, observando o mar que empurrava ondas que morriam e ressuscitavam ao influxo da maré numa cantilena imortal que desafiam a inspiração dos poetas.
A jovem mulher, que está se encaminhando à velhice, chegou-se a mim a dar boas-vindas em silêncio. É que o pensamento diz mensagem imediata mais rápida que a palavra falada que é uma consequência desse fluxo do pensar. Os animais se entendem sem que haja necessidade da palavra articulada, embora a palavra esteja revestida do pensamento.
Era a mesma mulher que, na noite passada, entrou no pequeno chalé, onde moro na Mata Atlântica, e deixou no banheiro um biquíni com desenhos verdes, demonstrando que estava interessada em tomar banho de cachoeira, próximo da residência. [PÉGASO (LXV) – 26 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
Uma cadeira vazia em outro grupo vizinho a das mulheres foi o recurso que a jovem mulher colocou à minha disposição, trazendo para perto de mim, a fim de que pudesse sentar. Como a cadeira foi ocupada por um homem desconhecido que foi embora da praia, notei que era inadequado aceitar o convite para estar junto ao grupo de mulheres e saí à francesa.
A segunda parte do sonho é ambientada numa bela residência vazia, à minha disposição em ocupá-la, significando que o lar está presente nessa ideia ideoplástica que se materializa em construção civil.
Na sala-de-estar observei uma jovem mulher com o filho no colo, chorando e fazendo-o chorar. É que frequência de onda que emitimos atinge o alvo almejado pela mesma frequência de onda que é recebido. Mãe e filho em simbiose.
Quando saí ao encontro da mãe desamparada, a vi sendo socorrida pela jovem mulher, que está se encaminhando à velhice, que demonstrou sinais de conforto e carinho. Quando a mãe ficou sozinha, perguntei a ela o que a senhora que saiu disse a ela? A resposta foi INSS, questão de assistência social. Sinal de benemerência que me une as pessoas.
Voltei à residência luxuosa e entrei em seus aposentos. Numa frequência de onda que os animais nos ensinam a comunicar, observei que a jovem mulher entrou pela porta da frente, sem que me pedisse licença como se o lugar também estivesse à sua disposição. Se ela sentiu assim era que deveria ser mesmo assim.
Outro sinal que ela está voltando a mim, sem que eu tivesse pensado ou aguardado. Aceito tudo que é espontâneo dentro da mesma frequência de onda que os animais se comunicam e que os humanos absorvem esse conhecimento, praticando-o, entrosando-se com os afins, criando o destino.
A jovem mulher foi feliz ao fazer o colapso da função de onda no plano fora matéria, onde o sonho se expandiu, o sonho era meu, mas ela estava presente participando do mesmo sonho. Se isto não fosse feito, essa lacuna a acompanharia dentro do tempo em que já não seria possível fazer o colapso da função de onda porque, naquele estado que todos vão se defrontar, vive-se apenas de resultados.
Observando o estado de torpor dos moradores da colônia, veio-me a ideia de transmitir aos meus leitores a importância das horas que têm os viventes do plano físico, a fim de aproveitar a oportunidade em fazer o colapso da função de onda, recurso inefável que lhe trarão luz, o equivalente a fabricar fótons, usando expressão da física teórica. [PÉGASO (LXVI) – blog Fernando Pinheiro, escritor – 27 de dezembro de 2016]. 
A terceira cena do sonho se desenvolve nos preparativos das bodas. Ei-la, em pé, acompanhada de costureiras a ajustar os últimos pontos do vestido de noiva. Tudo nela era alegria somente, sem nenhuma expectativa comum nessas horas das noivas vivendo nesse clima denso do planeta.
Um detalhe que ela deixou transparecer: o vestido de noiva era longo e com decote no busto, realçando os seios em forma de pera. A forma original ela perdera com os tempos vividos, mas há indícios de silicone em operação plástica. Com os pensamentos, ela os recriou perfeitos.
No mundo físico em que a realidade é sentida pelos cinco sentidos, o sonho, nas camadas do inconsciente, traz sempre uma relação do que estamos vivendo. Existe essa oportunidade de sentir a real necessidade em tudo que nos cerca e manter o ânimo firme em toda circunstância que nos chega como aprendizado e revelação. [PÉGASO (LX) – 25 de setembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
A importância dos sonhos é infinitas possibilidades, corroborando os postulados quânticos de que a vida possui infinitas possibilidades. Isto frisando que não é apenas quando estamos em estado de vigília, acordados.

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