Diferente do modo de sentir dos seres humanos,
os animais ditos irracionais não vivem o sofrimento diante da morte. Os seres
que pensam, desde o início de sua manifestação, fazem o colapso da função de
onda.
Assim como a consciência e a informação estão
em tudo, os seres vivos da natureza se expandem através do colapso da função de
onda até quando surge a presença da morte. Esses animais, pressentindo que seus
filhotes ou outros parentes e semelhantes vão falecer, não permanecem nessa frequência
de onda.
Nos seres humanos esse sofrimento repercute
além da morte, pois a vida continua sempre em outros estágios, estagnando o
percurso em ascensão a outros patamares de beleza edificante tanto de quem
partiu nesse estado como também aqueles que permanecem imantados no sofrimento
pela perda terrena de seus entes amados.
No entanto, a consciência nunca morre, embora
haja entorpecimento causado pelo sofrer. Em tempo do porvir, em que não podemos
precisar quando irá ocorrer, pois depende da postura de quem vive essa
experiência, a consciência ressurge resplandecendo a informação, pois ambas
permanecem sempre juntas.
Essa postura de quem partiu em sofrimento é
semelhante a quem desce a correnteza de rio abaixo por causa de que não pode
mais fazer o colapso da função da onda, a morte corta esse recurso valioso em
que temos enquanto estamos vivos. Aliás, a pessoa vai para onde a sua vibração
lhe conduz.
No entanto, as preces e outros pensamentos de
amor, os fazem despertar para caminhada. Com esses recursos valiosos quem está
do outro lado da matrix pode deixar vir à tona os pensamentos que tinha, quando
na experiência terrena, fazendo-o viver momentos felizes que voltam
recrudescidos pela ideia original de que foi portador.
A matrix vai sempre para o outro lado da
matrix, não há morte, apenas uma breve cerimônia nos cemitérios que, por
tradição, é carregada de desencantos e de lágrimas. Basta um avião cair para
despertar as pessoas ou o próprio mundo para realidade que não morre. [PÉGASO
(LXIII) – 21 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Neste fim de ano em que fazemos uma
retrospectiva do que passou, vale assinalar duas gratas recordações de amigos
que conviveram conosco em nossa infância, na cidade de São Bento – MA, à época,
a Suíça maranhense:
Arquimedes Vale – 25/12/2012 – Não sei
quantos anos, talvez cinquenta, que esvaiu-se nossa convivência por conta de
divergências de caminhos. Estou feliz por encontrá-lo, hoje, num florescente
rumo de cultivo das letras. Não por acaso, também venho marcando passo por esse
caminho tão gratificante. Isso me entusiasma por descobrir que, talvez, o que
nos uniu na infância era a germinação dessa destinação. Tenho uma ligação de
amor com o Rio de Janeiro, já que desde 1976, quando comecei a fazer Residência
Médica, vou lá com muita frequência. Em média 3 vezes no ano. A última vez foi
em novembro último que fui tomar posse na Cadeira nº 18 da Academia Brasileira
de Médicos Escritores.
Vale assinalar o poema de Lourival Pinheiro, poeta
maranhense, primo amado, postado em 29/12/2016 no facebook:
“Antes
que o tempo passe nos iludindo
Ajudem
alguém nos seus anseios
Seu
desafeto trate sorrindo
Antes
que termine este breve passeio”
No momento em que o mundo vive a mulher
invisível, o homem invisível, tão comum no relacionamento de casal, como
aconteceu com Bec (Emmy Rossum) que cuida de Kate, pessoa que sofre de doença
degenerativa, vivida pela atriz Hilary Swank, no filme Um momento pode mudar
tudo (título original You´re Not You), dirigido por George C. Wolfe. No final
do filme, Kate, no leito de morte, diz a Bec: “você procure casar com alguém
que lhe enxergue.”
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