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domingo, 27 de outubro de 2013

CARUSO

Reminiscências felizes são dignas de serem lembradas e quem não as tem?
Nós as tivemos muitas, mas vamos lembrar um pouco: por duas vezes no Auditório da Presidência do BB, em Brasília, Synval Guazzelli, presidente (interino) do Banco do Brasil (12/5/1993 a 15/5/1993), (30/5/1993 a 5/6/1993), (26/9/1993 a 6/10/1993) e (1/12/1993 a 4/12/1993) chamou-nos: Senhor Presidente e a seguir passou a elogiar o nosso trabalho diante de uma seleta plateia composta por diretores e demais executivos da empresa.
Anteriormente, Alcir Augustinho Calliari, presidente do Banco do Brasil (29/10/1992 a 15/2/1995), tinha saído especialmente de Brasília para o Rio de Janeiro, no dia 19 de agosto de 1993, a fim de assistir a uma solenidade na Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil e entregar o diploma acadêmico a Fernando Pinheiro, na ocasião este ato foi fotografado para compor a Iconografia do Banco do Brasil.
Perguntem ao vento, que está nesta e nas gerações porvindouras, quem é o autor da História do Banco do Brasil e quem é o cantor que a Itália referencia hoje em seus tempos de glória quando a música italiana estava tendo uma repercussão internacional na América do Norte?
Caruso esteve nos maiores palcos do mundo, inclusive no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o de São Paulo, nos idos de 1917, e se lembra da repercussão enorme do tempo em que esteve em New York – EE.UU.
O antigo terraço de sua casa em Nápoles, antes de morrer, é um cenário onde ouve os uivos do vento e observa as luzes do mar espumando ondas sobre a areia, é o Surriento banhando a cidade natal.
Um homem abraça uma menina, diz a canção de Lucho Dalla, na voz de Luciano Pavarotti, chorou depois, então, limpa a garganta e continua: “eu te amo muito, mais muito, muito, você sabe, é um elo de ligação que aquece o sangue dentro das veias”.
Nas reminiscências de Caruso, ele viu a lua entre as nuvens e quanto mais ele a olhou sentiu o frescor da morte e sentiu vida nos olhos verdes da menina que antes a abraçara, olhos verdes como o mar.
Estendeu o olhar sobre o passado e observou “o poder da ópera, onde todo drama é falso e um pouco de maquiagem, você pode se tornar alguém", prossegue a canção.
Na cena lírica onde o texto cantado traz bagagem de emoções apaixonantes podem confundir os pensamentos dos fãs estruturados em educação diferente, pois quando há uma traição há o desnivelamento de toda a apreciação, antes acariciada, agora com repercussão no nível interno de quem a aprecia e, ao mesmo tempo, abomina.
A pessoa amada que traiu passa o sentimento de perda da confiança a quem a considerou honesta, fazendo diminuir a crença da pessoa traída sobre si mesma, é um reflexo de comportamento reconhecido pela Psicologia.
É por isso que as músicas populares antigas, principalmente boleros e tangos, aqui no Brasil, não são mais apreciadas por causa do conteúdo que arrastou multidões para as cenas de desencantos.
E nesse terreno vazio, surgiu o rock, na década de 60, para colocar mais ritmo do que melodia, aquela melodia que pudesse a gente refletir em alguma coisa sentimental. No entanto, nessa mesma década, o cantor Elvis Presley cantou para o cinema a única música brasileira gravada pelo rei do rock, composta por Luiz Bonfá, que recebeu o título Almost in love.
As reminiscências de Caruso nas noites lá na América do Norte vêm em gratas recordações que faz a vida de sucesso um dia terminar, mas o tenor napolitano diz não pensar tanto no passado, pois é feliz naquele momento e continua o refrão da música Caruso: “eu te amo muito, mais tão muito, é um elo de ligação que nos une até agora”.

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