Casamento
perfeito: orquestra e voz de Frank Sinatra. Voar para a lua é o que pede a
música, a fim de brincar entre as estrelas vendo surgir a primavera em Júpiter
e Marte, num sentido mais palpável, em outras palavras, a súplica para segurar
as mãos, caminhar juntos.
Andar de mãos
dadas ainda é o gesto do namoro, do companheirismo e da proteção que se dá à
criança que está em nossa guarda ou na afetividade de um carinho de amigos e
parentes que podemos receber.
Há ainda a
súplica para um beijo a fim de que o coração se encha de música e o
acolhimento, em seu coração, para que o cantar seja para sempre e a declaração
amorosa de que a amada é tudo que é venerado e adorado.
Há uma litania
em palavras que se repetem: em outras palavras, eu te amo, assim diz a canção
por duas vezes e uma vez, em outras palavras, querida, beije-me. É uma súplica
diante de algo que ainda não está firme no namoro começando.
O início do
namoro vem no clima de expectativas e de suposições que vem afirmar o que
estava no ar desde o primeiro contato em telefonema, no e-mail, no facebook e
outras canais que formam as redes sociais.
Essas redes
apresentam a nova cara da mídia que se expande com a liberdade que a
tradicional mídia não tem, apenas dentro do controle de massificação que os
detentores demonstram ao serem percebidos de forma aberta ou veladamente.
A canção leva
uma sugestão que parece mirabolante, mas para os amantes não é: “deixe-me ver
como é a primavera em Júpiter e Marte”, dois planetas de nosso sistema solar.
A Terra ainda
vive, dentro de sua viagem cíclica de 26.000 em 26.000 anos, a última volta que
faz anunciar a chegada de outra dimensão de consciência planetária, saindo de
uma densa camada de pensamentos que ainda não conseguiu encontrar a unificação
coletiva planetária. Esta foi a missão de Jesus. Somos retardatários desse
caminhar.
Júpiter,
habitado por seres multidimensionais, vive a consciência planetária em que o
sentido gregário é o caminhar de todos e que lá não estão mais vivenciando a
segunda morte, pois a vida resplandece em etapas onde não há nenhum
confinamento, é de lá que a liberdade realmente existe.
Aqui na Terra,
enquanto morada de consciência dissociada, tudo tende a ter um fim: casamentos,
relacionamentos afetivos, ideologias, religiões, códigos de ética e a própria
ética que se perdeu do caminho apresentado pelo pensamento grego, o de
Aristóteles que foi até Tomás de Aquino. Houve um caminhar que adquiriu novas
feições peculiares aos tempos idos e vividos.
O começo de um
namoro é uma oportunidade de manifestar as vibrações que sente o coração, agora
alinhado ao nível de harmonização, em outras palavras é o ser profundo, que
todos somos, manifestando a nossa vivência verdadeira.
Os apelos da
atração sexual são atendidos apenas dentro da receptividade que faz deslindar o
que somos de natureza carinhosa e doadora. Fora disto tudo passa a ser estupro.
É claro que a
preocupação pela subsistência material é algo que a personalidade dá tanto
valor, é o ego que se manifesta em busca de melhor posicionamento da vida que
almeja. Não há reclamos quando a nossa individualidade, conhecida em sua
natureza mais profunda, é manifestada.
Há um
pensamento muito popular que faz confundir tudo e ao mesmo tempo esclarece o
que está oculto: "quem casa não pensa e quem pensa não casa". Isto
revela que cada um tem uma situação peculiar, sempre diferente umas das outras.
Casamento, dentro dessa densa consciência planetária, é uma prisão, uma prisão
necessária ao pagamento do último ceitil da metáfora ou da parábola conhecida.
Viajemos para
os mundos felizes, onde não existem a dor e o sofrimento, viajemos apenas em
sonhos, assim como nos sonhos vamos encontrar os amores que nos enternecem a
alma em doces afagos. Tudo que eu venero e adoro, como diz a canção.
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