Páginas

domingo, 13 de outubro de 2013

FLY ME TO THE MOON

Casamento perfeito: orquestra e voz de Frank Sinatra. Voar para a lua é o que pede a música, a fim de brincar entre as estrelas vendo surgir a primavera em Júpiter e Marte, num sentido mais palpável, em outras palavras, a súplica para segurar as mãos, caminhar juntos.
Andar de mãos dadas ainda é o gesto do namoro, do companheirismo e da proteção que se dá à criança que está em nossa guarda ou na afetividade de um carinho de amigos e parentes que podemos receber.
Há ainda a súplica para um beijo a fim de que o coração se encha de música e o acolhimento, em seu coração, para que o cantar seja para sempre e a declaração amorosa de que a amada é tudo que é venerado e adorado.
Há uma litania em palavras que se repetem: em outras palavras, eu te amo, assim diz a canção por duas vezes e uma vez, em outras palavras, querida, beije-me. É uma súplica diante de algo que ainda não está firme no namoro começando.
O início do namoro vem no clima de expectativas e de suposições que vem afirmar o que estava no ar desde o primeiro contato em telefonema, no e-mail, no facebook e outras canais que formam as redes sociais.
Essas redes apresentam a nova cara da mídia que se expande com a liberdade que a tradicional mídia não tem, apenas dentro do controle de massificação que os detentores demonstram ao serem percebidos de forma aberta ou veladamente.
A canção leva uma sugestão que parece mirabolante, mas para os amantes não é: “deixe-me ver como é a primavera em Júpiter e Marte”, dois planetas de nosso sistema solar.
A Terra ainda vive, dentro de sua viagem cíclica de 26.000 em 26.000 anos, a última volta que faz anunciar a chegada de outra dimensão de consciência planetária, saindo de uma densa camada de pensamentos que ainda não conseguiu encontrar a unificação coletiva planetária. Esta foi a missão de Jesus. Somos retardatários desse caminhar.
Júpiter, habitado por seres multidimensionais, vive a consciência planetária em que o sentido gregário é o caminhar de todos e que lá não estão mais vivenciando a segunda morte, pois a vida resplandece em etapas onde não há nenhum confinamento, é de lá que a liberdade realmente existe.
Aqui na Terra, enquanto morada de consciência dissociada, tudo tende a ter um fim: casamentos, relacionamentos afetivos, ideologias, religiões, códigos de ética e a própria ética que se perdeu do caminho apresentado pelo pensamento grego, o de Aristóteles que foi até Tomás de Aquino. Houve um caminhar que adquiriu novas feições peculiares aos tempos idos e vividos.
O começo de um namoro é uma oportunidade de manifestar as vibrações que sente o coração, agora alinhado ao nível de harmonização, em outras palavras é o ser profundo, que todos somos, manifestando a nossa vivência verdadeira.
Os apelos da atração sexual são atendidos apenas dentro da receptividade que faz deslindar o que somos de natureza carinhosa e doadora. Fora disto tudo passa a ser estupro.
É claro que a preocupação pela subsistência material é algo que a personalidade dá tanto valor, é o ego que se manifesta em busca de melhor posicionamento da vida que almeja. Não há reclamos quando a nossa individualidade, conhecida em sua natureza mais profunda, é manifestada.
Há um pensamento muito popular que faz confundir tudo e ao mesmo tempo esclarece o que está oculto: "quem casa não pensa e quem pensa não casa". Isto revela que cada um tem uma situação peculiar, sempre diferente umas das outras. Casamento, dentro dessa densa consciência planetária, é uma prisão, uma prisão necessária ao pagamento do último ceitil da metáfora ou da parábola conhecida.
Viajemos para os mundos felizes, onde não existem a dor e o sofrimento, viajemos apenas em sonhos, assim como nos sonhos vamos encontrar os amores que nos enternecem a alma em doces afagos. Tudo que eu venero e adoro, como diz a canção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário