Ao dar prosseguimento à Série Pégaso,
vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com
o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente
humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma
as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte
vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em
correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando
recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações
diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que
passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da
matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja
circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e
os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
O cenário em que eu estava era uma lareira erguida no ar
onde se estendia uma área desértica que a modificava num oásis onde existe
abrigo e proteção contra as intempéries do tempo. Nada era lúgubre, mas me vi
carregando na alça direita do caixão um corpo que deixou de fazer o colapso da
função de onda e passaria a viver somente de resultados.
É tradição, no plano físico, carregar o caixão de pessoas
importantes demonstrando solidariedade no momento em que os familiares
pranteiam a dor da separação. Naquela posição em que estava lembrei-me do sonho
que tive em 19 de julho de 2015.
Na casa, onde se avistava um lindo jardim, ouvi um frade
cantar a música O Bom Barqueiro, música clássica de autor, para mim
desconhecido, que aborda o amor-presença. Não tinha nenhuma ligação com o
cantor. Quando acabou de cantar entregou-me a partitura. [PÉGASO XXIV – 19 de
julho de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Escrever sobre as impressões que se sentem no plano
físico é algo corriqueiro em nossas lides literárias, mas escrever para contar
sobre o que se passa em outro mundo é algo inusitado para mim antes desta série
dos sonhos narrados.
O bom barqueiro é algo que tem a ver comigo pela situação
em servir, assim como teve Caronte na mitologia grega e ainda com a atitude do
peixinho vermelho da lenda egípcia que saiu do lamaçal subterrâneo e, através
de filetes d´água e de córregos, conseguiu ver o mar e voltar ao lamaçal onde
estava para contar aos seus pares o que se passava. Sorte idêntica teve o
prisioneiro que viu a luz do sol ao sair da caverna de Platão.
São diversos casos narrados por mim de pessoas do outro
lado da matrix que permanecem na mesma situação em que estiveram quando estavam
na roupagem carnal. Algumas eram mulheres que reconheci e fui reconhecido por
elas, havendo entre nós uma espécie de amor que não foi transcendido a outro
tipo de beleza.
No último caso havia um clima de revolta de quem estava
preso a circunstâncias em que se sentiu prejudicado, situação em que estão
milhões de pessoas no parâmetro atual do planeta que envolve a competitividade
e a separatividade.
A indignação, no plano físico, é algo que busca modificar
o que está incomodando a nível sentimental. Este sentimento quando está do
outro lado da matrix, por não mais existir o colapso da função de onda, faz a
pessoa sentir-se mal o tempo todo, sugando-lhe suas forças, caindo em aspecto
desolador.
Nesse caso, o homem (sentido universal que abrange a
mulher, razão pela qual só existe homo
sapiens) cria o seu próprio inferno sem tempo marcado para acabar, podendo
custar décadas ou séculos, dependendo de fatores externos que possibilitem a
ele trazer algum beneficio como recobrar a consciência da realidade em que
vive. E nesse despertar, o sofrimento por não poder mais fazer o colapso da
função de onda.
É por isso que a Terra é uma excelente oportunidade de
ser feliz para sempre, numa felicidade que se estende no decorrer dos tempos
sem fim, em situações em que nos engrandecem e nos coloca mais participantes e
colaboradores da realidade única que envolve a todos.
A energia dessa colaboração em trabalho em comum ou em
grupos retornará a nós, acrescida da gratidão que recebemos, e em alguns casos
das orações revestidas da mais sublime emanação de carinho das pessoas que
servimos sem pensar em recompensa.
As pessoas em difícil situação em que não podemos nem
saber como estão do outro lado da matrix, só nos resta fazer as orações conhecidas
ou emitir pensamentos agradáveis e nunca revidando o que eles faziam conosco,
pensando que isto é normal.
O que é da Terra deve permanecer na Terra, assim olhamos
para o horizonte que está em nosso caminho visualizando paragens sublimes.
Sigamos com leveza.
Deixai os mortos enterrar os mortos,
réstia de luz da Luz do Mundo que está no centro da Via-Láctea, significa que a
liberdade é um direito de quem deseja caminhar. Não julguemos a direção escolhida.
Os mortos enterrarão seus mortos pela semelhança do viver em que vivem. Não há
morte, no sentido absoluto. [O TREM DAS 7 – 30 de agosto de 2013 – blog
Fernando Pinheiro, escritor].
Na densa atmosfera psíquica, onde está a
imensa concentração do joio que está sendo expurgado, há uma atração magnética
sobre as sombras humanas que estão na Terra, é aí que compreendemos “deixai os
mortos enterrar os seus mortos”. [O TREM DAS 7 – 30 de agosto de 2013 – blog
Fernando Pinheiro, escritor].
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