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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

PÉGASO (XXXIII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
O cenário em que eu estava era uma lareira erguida no ar onde se estendia uma área desértica que a modificava num oásis onde existe abrigo e proteção contra as intempéries do tempo. Nada era lúgubre, mas me vi carregando na alça direita do caixão um corpo que deixou de fazer o colapso da função de onda e passaria a viver somente de resultados.
É tradição, no plano físico, carregar o caixão de pessoas importantes demonstrando solidariedade no momento em que os familiares pranteiam a dor da separação. Naquela posição em que estava lembrei-me do sonho que tive em 19 de julho de 2015.    
Na casa, onde se avistava um lindo jardim, ouvi um frade cantar a música O Bom Barqueiro, música clássica de autor, para mim desconhecido, que aborda o amor-presença. Não tinha nenhuma ligação com o cantor. Quando acabou de cantar entregou-me a partitura. [PÉGASO XXIV – 19 de julho de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Escrever sobre as impressões que se sentem no plano físico é algo corriqueiro em nossas lides literárias, mas escrever para contar sobre o que se passa em outro mundo é algo inusitado para mim antes desta série dos sonhos narrados.
O bom barqueiro é algo que tem a ver comigo pela situação em servir, assim como teve Caronte na mitologia grega e ainda com a atitude do peixinho vermelho da lenda egípcia que saiu do lamaçal subterrâneo e, através de filetes d´água e de córregos, conseguiu ver o mar e voltar ao lamaçal onde estava para contar aos seus pares o que se passava. Sorte idêntica teve o prisioneiro que viu a luz do sol ao sair da caverna de Platão.
São diversos casos narrados por mim de pessoas do outro lado da matrix que permanecem na mesma situação em que estiveram quando estavam na roupagem carnal. Algumas eram mulheres que reconheci e fui reconhecido por elas, havendo entre nós uma espécie de amor que não foi transcendido a outro tipo de beleza.
No último caso havia um clima de revolta de quem estava preso a circunstâncias em que se sentiu prejudicado, situação em que estão milhões de pessoas no parâmetro atual do planeta que envolve a competitividade e a separatividade.
A indignação, no plano físico, é algo que busca modificar o que está incomodando a nível sentimental. Este sentimento quando está do outro lado da matrix, por não mais existir o colapso da função de onda, faz a pessoa sentir-se mal o tempo todo, sugando-lhe suas forças, caindo em aspecto desolador.
Nesse caso, o homem (sentido universal que abrange a mulher, razão pela qual só existe homo sapiens) cria o seu próprio inferno sem tempo marcado para acabar, podendo custar décadas ou séculos, dependendo de fatores externos que possibilitem a ele trazer algum beneficio como recobrar a consciência da realidade em que vive. E nesse despertar, o sofrimento por não poder mais fazer o colapso da função de onda.
É por isso que a Terra é uma excelente oportunidade de ser feliz para sempre, numa felicidade que se estende no decorrer dos tempos sem fim, em situações em que nos engrandecem e nos coloca mais participantes e colaboradores da realidade única que envolve a todos.
A energia dessa colaboração em trabalho em comum ou em grupos retornará a nós, acrescida da gratidão que recebemos, e em alguns casos das orações revestidas da mais sublime emanação de carinho das pessoas que servimos sem pensar em recompensa.
As pessoas em difícil situação em que não podemos nem saber como estão do outro lado da matrix, só nos resta fazer as orações conhecidas ou emitir pensamentos agradáveis e nunca revidando o que eles faziam conosco, pensando que isto é normal.
O que é da Terra deve permanecer na Terra, assim olhamos para o horizonte que está em nosso caminho visualizando paragens sublimes. Sigamos com leveza.
Deixai os mortos enterrar os mortos, réstia de luz da Luz do Mundo que está no centro da Via-Láctea, significa que a liberdade é um direito de quem deseja caminhar. Não julguemos a direção escolhida. Os mortos enterrarão seus mortos pela semelhança do viver em que vivem. Não há morte, no sentido absoluto. [O TREM DAS 7 – 30 de agosto de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Na densa atmosfera psíquica, onde está a imensa concentração do joio que está sendo expurgado, há uma atração magnética sobre as sombras humanas que estão na Terra, é aí que compreendemos “deixai os mortos enterrar os seus mortos”. [O TREM DAS 7 – 30 de agosto de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].

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