Ao dar prosseguimento à Série Pégaso,
vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com
o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente
humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma
as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte
vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em
correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando
recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar
modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que
passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da
matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja
circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e
os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
Estávamos num jardim paradisíaco, de beleza natural e, ao
lançar a vista em frente, observamos a imensa alegria e satisfação que sentia o
nosso confrade de Academia ao ler um livro de poesia e filosofia que ele tanto
ama.
Então, demos alguns passos em direção dele para ficar
perto e sentir o clima de felicidade que ele tanto sentia. No mesmo instante,
surge a mãe Maria de Jesus, de saudosa memória, se encaminhando para uma área
onde estava algumas folhas caídas naquele recanto feliz. Mudamos de ideia e a
acompanhamos no recolher as folhas.
Quem era esse homem tão feliz que estava num recanto
paradisíaco? Em flashback, apresentamos textos iniciais do discurso de recepção
ao acadêmico Artur da Távola, senador da República (1995 a 2002), na Academia
de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil (membro honorário), proferido
pelo confrade José Teixeira de Oliveira (Teixeirinha) na solenidade presidida
pelo escritor Fernando Pinheiro, em 26 de abril de 1996, no Auditório do
Edifício SEDAN – Banco do Brasil, Rua Senador Dantas, 105, Rio de Janeiro –
RJ:
“Diante da circunstância que revela a imortalidade, não
nos assusta a responsabilidade de
receber o acadêmico Paulo Alberto Moretzsohn Monteiro de Barros, pseudônimo
Artur da Távola, simplesmente porque
fomos convocados pela vida para representar
o papel que nos cabe, independe da nossa
vontade e, ao mesmo tempo flui num aparente paradoxo que nos reúne e nos faz sentir participantes do
viver.
Reconhecemos o pouco tempo que dispomos para falar
de quem na vida semeou e semeia palavras
de amor no coração de multidões. Seus gestos, seus feitos na política, no
rádio, na televisão, nos jornais e revistas servem e servirão sempre de objeto
de estudo nas teses de mestrado nos mais diversos campos do conhecimento
humano.”
No discurso de posse, Artur da Távola enalteceu o Banco
do Brasil e os seus funcionários, notadamente aquele momento feliz em que vivia
no meio entre nós. No final, agradeceu a honraria, a sua primeira medalha,
conforme enfatizou, e ressaltou os dois caminhos em que ele estava seguindo: a
literatura e a política.
A presença do acadêmico e senador da República, Artur da
Távola, foi registrada na Galeria de Fotos do site Fernando Pinheiro, escritor,
disponibilizado ao público pela internet. Essa mesma foto em que ele ostenta
sobre o paletó o colar acadêmico (medalha de ouro), diante da tribuna do
Auditório do Ed. SEDAN – Banco do Brasil – Rua Senador Dantas, 105 – 21º andar
– Rio de Janeiro – RJ, integra a Galeria de Patronos da Academia de Letras dos
Funcionários do Banco do Brasil.
No início da divulgação da imagem do Banco do Brasil,
veiculada pela televisão e revistas brasileiras, no trimestre abril/maio/junho
– 1978, que revela a participação da Empresa no desenvolvimento nacional, o
jornalista Artur da Távola comentou a raridade da publicidade institucional atingindo
a um resultado tão penetrante e revelador [TÁVOLA, 1978 – Apud HISTÓRIA DO
BANCO DO BRASIL (1906 a 2011), de Fernando Pinheiro].
Neste sonho que tivemos, lembramos de outro em que o amor
está acima de todas as conveniências sociais. Sonhamos com o que ocorrera no
dia posterior em que proferimos, em 25/10/1994, a palestra “Por onde andou
Villa-Lobos?”, na Casa do Ceará, uma linda cobertura localizada na Av. Presidente Antonio Carlos, Rio de Janeiro –
RJ.
O homenageado, em outra dimensão, chegou sem ser notado
pela plateia, dirigiu-se à mesa de honra onde estava Ahygara Iacira
Villa-Lobos, deu um abraço nela e saiu de mansinho. A iconografia do evento
(retrato do palestrante acompanhado de Ahygara) está na capa de Música para
Canto e Piano, de Fernando Pinheiro, obra disponibilizada ao público pela
internet no site www.fernandopinheirobb.com.br
Observamos o quanto é bom usufruir do tempo enquanto
estamos na esfera física, porque depois vive-se apenas de resultados, não há
mais o colapso da função de onda, fenômeno reconhecido pela física teórica.
Ainda em flashback, lembramo-nos das palavras de Artur da
Távola: “música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de
solidão”, sempre quando encerrava o programa “Quem tem medo da música clássica”,
levado ao ar pela TV Senado, Brasília – DF, durante 8 anos, em 168 edições.
Pelo reconhecimento do trabalho, a Associação Paulista de Críticos de Artes
concedeu, em 2006, a Artur da Távola o prêmio Personalidade do Ano (categoria
Música Erudita).
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