The Host (2013), A Hospedeira, título
no Brasil, Nómada, em Portugal, filme dirigido por Andrew Niccol, coautor do
“script” de Stephenie Meyer, consagrada autora de The Twilight Saga, é de
ficção científica, estrelado por Saoirse Ronan (Melaine / Peregrina), Diane
Kruger (A Buscadora), William Hurt (Jeb, um patriarca barbudo), Max Irons
(Jared), Jake Abel (Ian), Frances Fischer (Maggie).
O cenário mostra a Terra sem os problemas do clima, da
fome e da violência, possibilidade que existe se as circunstâncias forem
favoráveis, é claro. Aliás, o filme de Andrew Niccol traz um mergulho nessa
possibilidade num romance “teenager”, repleto de clichês.
O comentário do Chicago Sun-Times reporta a Terra
invadida por uma raça de “souls” que passam a habitar os corpos humanos
“stripping” as informações da memória humana. Melaine está “inhabited” por um
alienígena e ambos passam a conduzir uma conversação interna. A maior parte do filme é filmada no Novo
México, onde um grupo de sobreviventes se esconde dentro de um extinto vulcão,
fugindo das “soul patrols”.
A propósito, o jornal Folha de S.Paulo enfatiza: “seria
esperar muito que as especulações metafísicas que a situação enseja alcançassem
voo.” Não comentamos ficção científica, embora as possibilidades quânticas
estejam com a presença do observador. Aquilo que observamos passa a existir,
daí a necessidade de dar peso e referência naquilo que assistimos.
A conexão mundo físico com o mundo extrafísico decorre da
afinidade que transcorre na mesma frequência de onda. Se em Hospedeira mostra
Melaine dominada por uma alma chamada Peregrina que vasculha a memória dela em
busca de informações dos últimos humanos que não aderiram à implantação de uma
sociedade de paz, é porque a dominação existe ainda nesses dois planos
apresentados pelo filme.
Nessa aproximação, alma A Peregrina se encanta com as
qualidades nobres de Melaine e entre ambas nasce algo sublime, num clima de
encantamento doce e suave. Assim, o quadro de perseguição muda de rumo,
atingindo o caminho dos mundos felizes.
No Brasil, em passado recente, um milhão de pessoas
assistiu ao filme Nosso Lar, da obra do médium Francisco Cândido Xavier, onde a
filmagem cria uma colônia espiritual que abriga as almas necessitadas de
socorro, após o decesso carnal. É claro que não há salvação nem libertação, mas
há melhora sensível do estado em que estavam.
A libertação dos liames coercitivos só é conseguida
através do colapso da função de onda, ou seja é a vontade de quem quer ser
liberto é que faz a libertação. Na morte física, já não existe mais o colapso
da função de onda, é tanto que é muito valiosa a oportunidade que temos em
viver a nossa vida aqui na Terra, agradecendo tudo que nos chega como
aprendizado e elevação.
Mais uma vez apresentamos aqui o nosso roteiro, de tão
belo que é, poderia ser cinematográfico, em cinco pilares: simplicidade,
humildade, transparência, alegria e gratidão. O item gratidão foi adicionado
graças à sugestão de nossa amiga búlgara Nona Orlinova, de encantadora beleza.
O que nos prende ao filme A Hospedeira é a música do
compositor brasileiro, Antonio Pinto, filho do cartunista Ziraldo, e o ambiente
em que é encenado, parecendo paisagens de luas de outros planetas que já
conseguiram ascender de consciência sem comparação com esta densa atmosfera
terrena em que ainda vivemos a caminho da libertação.
A Terra está a caminho dos mundos felizes, neste final
dos tempos de separação do joio e do trigo, como hotel planetário ganhará mais
uma estrela. Não será da forma apresentada pelo filme onde há perseguição da
“soul patrol” sobre os humanos.
Cada ser humano vai para onde está a sua própria vida,
buscando o tesouro que amealhou, isto sem implicar se é bom ou mal, certo ou
errado, é o que tem que ser, na realidade em que foi criada por vontade
própria, usando sempre a escolha, frisando mais uma vez: a Terra está a caminho
dos mundos felizes.
Ainda sobre o filme, o jornal americano Chicago Sun-Times
comenta que os filmes do diretor Andrew Niccol, The Truman Show (1998) e
Gattaca, uma espécie de sociedade artificial, traz um mergulho na possibilidade
de relacionamento além do que estamos habituados a ver.
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