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sábado, 5 de dezembro de 2015

A HOSPEDEIRA

The Host (2013), A Hospedeira, título no Brasil, Nómada, em Portugal, filme dirigido por Andrew Niccol, coautor do “script” de Stephenie Meyer, consagrada autora de The Twilight Saga, é de ficção científica, estrelado por Saoirse Ronan (Melaine / Peregrina), Diane Kruger (A Buscadora), William Hurt (Jeb, um patriarca barbudo), Max Irons (Jared), Jake Abel (Ian), Frances Fischer (Maggie).
O cenário mostra a Terra sem os problemas do clima, da fome e da violência, possibilidade que existe se as circunstâncias forem favoráveis, é claro. Aliás, o filme de Andrew Niccol traz um mergulho nessa possibilidade num romance “teenager”, repleto de clichês. 
O comentário do Chicago Sun-Times reporta a Terra invadida por uma raça de “souls” que passam a habitar os corpos humanos “stripping” as informações da memória humana. Melaine está “inhabited” por um alienígena e ambos passam a conduzir uma conversação interna.  A maior parte do filme é filmada no Novo México, onde um grupo de sobreviventes se esconde dentro de um extinto vulcão, fugindo das “soul patrols”.
A propósito, o jornal Folha de S.Paulo enfatiza: “seria esperar muito que as especulações metafísicas que a situação enseja alcançassem voo.” Não comentamos ficção científica, embora as possibilidades quânticas estejam com a presença do observador. Aquilo que observamos passa a existir, daí a necessidade de dar peso e referência naquilo que assistimos.
A conexão mundo físico com o mundo extrafísico decorre da afinidade que transcorre na mesma frequência de onda. Se em Hospedeira mostra Melaine dominada por uma alma chamada Peregrina que vasculha a memória dela em busca de informações dos últimos humanos que não aderiram à implantação de uma sociedade de paz, é porque a dominação existe ainda nesses dois planos apresentados pelo filme.
Nessa aproximação, alma A Peregrina se encanta com as qualidades nobres de Melaine e entre ambas nasce algo sublime, num clima de encantamento doce e suave. Assim, o quadro de perseguição muda de rumo, atingindo o caminho dos mundos felizes. 
No Brasil, em passado recente, um milhão de pessoas assistiu ao filme Nosso Lar, da obra do médium Francisco Cândido Xavier, onde a filmagem cria uma colônia espiritual que abriga as almas necessitadas de socorro, após o decesso carnal. É claro que não há salvação nem libertação, mas há melhora sensível do estado em que estavam.
A libertação dos liames coercitivos só é conseguida através do colapso da função de onda, ou seja é a vontade de quem quer ser liberto é que faz a libertação. Na morte física, já não existe mais o colapso da função de onda, é tanto que é muito valiosa a oportunidade que temos em viver a nossa vida aqui na Terra, agradecendo tudo que nos chega como aprendizado e elevação.
Mais uma vez apresentamos aqui o nosso roteiro, de tão belo que é, poderia ser cinematográfico, em cinco pilares: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão. O item gratidão foi adicionado graças à sugestão de nossa amiga búlgara Nona Orlinova, de encantadora beleza.
O que nos prende ao filme A Hospedeira é a música do compositor brasileiro, Antonio Pinto, filho do cartunista Ziraldo, e o ambiente em que é encenado, parecendo paisagens de luas de outros planetas que já conseguiram ascender de consciência sem comparação com esta densa atmosfera terrena em que ainda vivemos a caminho da libertação.
A Terra está a caminho dos mundos felizes, neste final dos tempos de separação do joio e do trigo, como hotel planetário ganhará mais uma estrela. Não será da forma apresentada pelo filme onde há perseguição da “soul patrol” sobre os humanos.
Cada ser humano vai para onde está a sua própria vida, buscando o tesouro que amealhou, isto sem implicar se é bom ou mal, certo ou errado, é o que tem que ser, na realidade em que foi criada por vontade própria, usando sempre a escolha, frisando mais uma vez: a Terra está a caminho dos mundos felizes.
Ainda sobre o filme, o jornal americano Chicago Sun-Times comenta que os filmes do diretor Andrew Niccol, The Truman Show (1998) e Gattaca, uma espécie de sociedade artificial, traz um mergulho na possibilidade de relacionamento além do que estamos habituados a ver.

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