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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

AMOR SEM ESCALAS

Dirigido por Jason Reitman, o filme americano Up on Air, Amor sem Escalas, título recebido no Brasil, e Nas Nuvens, em Portugal, tem um olhar sobre as relações humanas, no trabalho e na vida particular dos personagens Ryan (George Clooney), Natalie (Anna Kendrick), Alex (Vera Farmiga), Bob (J.K. Simmons). No elenco dos coadjuvantes aparecem os atores Jason Bateman, Amy Morton, Melanie Lynskey, Danny McBride, Meagan Flynn, Sam Elliot, Matt O´Toole, Erin Mc Grane, Steve Eastin e Zach Galifianakis.
Acompanhado da jovem secretária Natalie e trajando terno escuro, Ryan está sempre viajando de avião por muitas cidades americanas. A tarefa que ele recebeu das empresas é demitir funcionários, num cenário nacional que envolve crise financeira. Isto o faz uma pessoa fria diante do desespero e a angústia de muita gente.
O chefe dele, interpretado pelo ator Jason Bateman, incumbe Natalie de ajudá-lo nessa tarefa, utilizando as imagens de vídeo-conferência, assim ela demite o executivo Samuels (Steve Eastin). Sentindo o risco de perder o emprego, Ryan continua a levar a secretária por outros lugares onde ele participa de encontros empresariais, alguns em hoteis onde ficam hospedados em quartos separados.
A situação aflitiva das pessoas demitidas começa a repercutir nas atitudes da secretária que fica embaraçada, chora e tenta se recompor diante do público, quando aparece a consultora Alex Goran, mulher de impressionante beleza que faz balançar o coração de Ryan.
Abrimos um parêntese para mostrar a situação de quem foi demitido do cargo que exercera no passado, aqui no Brasil, repercutindo em outra dimensão onde já não pode mais fazer o colapso da função de onda:
 Em nossas andanças astrais, narradas na Série PÉGASO (I a XXXII) há relatos de comovente beleza como também outros em que vemos a beleza a caminho no decorrer de um tempo em que não podemos medir, mesmo estando estagnados pelos engramas do passado que esses passageiros criaram, embaraçando-lhes o caminhar, ou mesmo em total inação.
Considerando que tivemos oportunidade de escrever relatos históricos e a nossa ligação com entidades de classe trabalhista, vale transcrever textos que interessam a todos os trabalhadores que, de alguma forma, estão envolvidos no meio social, ficando aqui um alerta:
Ao sair dali, vimos um amigo nosso que agora não pode mais fazer o colapso da função de onda, expressão reconhecida pela ciência ao fenômeno da morte. Estava ele revoltado contra a situação em que estava, pois fora deposto do cargo que tinha numa empresa estatal.
Quando ele se retirou, aproximamo-nos da pessoa que ouvira os queixumes e reclamações do antigo executivo da estatal e lhe dissemos que conhecíamos o homem que estava com ele e sentíamos admiração pela carreira que ele tivera. A pessoa nos disse que ele estava muito revoltado, em clima de briga.
Há milhares de empregados naquela situação na empresa em que ele trabalhou e, se fôssemos reunir todas as empresas do mundo, teríamos milhões de pessoas na mesma situação de desconforto emocional. Todas elas precisam desviar a atenção para outro rumo, mudando de frequência de onda, a fim de que sejam cortados todos os liames que fazem prender a pessoas que lhe causaram dano.
Como não houve o entendimento com desfecho feliz naquela situação, ambos, o algoz e a vítima, permanecem interligados na mesma frequência de onda, um intercâmbio nefasto que permanece por um tempo que não acaba até que haja a reconciliação, isto num ambiente em que um deles não pode mais fazer o colapso da função de onda. O sofrimento irá minar suas forças, apresentando em aspectos horríveis.
O importante não é ficar preocupado com a travessia, pois se houver os preparativos que foram colocados à prova numa realização de sucesso, a nível transcendente, tudo será de acordo com os sonhos acalantados numa vida de encantadora beleza.
Aos que tiveram a sorte diferente da nossa, o melhor é rezar para que com a frequência de onda diferente daqueles que ficaram presos a amarras criadas por eles mesmos não nos atinja, isto dentro do princípio da física quântica.
Não criticar nada, não criticar ninguém, apenas observar se o momento nos chega através dos sonhos ou na própria vivência em estado de vigília. A tradição dos povos sempre teve respeito aos mortos, inclusive com homenagem anual para serem lembrados em lugares sagrados. [A BARCA DE CARONTE – 15 de outubro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Retomando a narrativa do filme Amor sem Escalas, a personagem Alex Goran, mulher bela e sensual, é convidada a participar de eventos sociais onde se mostra interessada em conquistar Ryan que está completamente desligado dos assuntos que envolvem compromissos de casais. Para ela, o executivo tem tudo que aspira encontrar na vida, mas ele está desligado.
Na conversa que ambos se envolvem há pontos a considerar, as razões que ele acha fundamental o homem não ter compromisso amoroso, segundo ele, para ficar mais leve, sem carregar mala, usando uma metáfora que ele admitiu ser eficaz. Entre os brasileiros, mala-sem-alça é mais forte.
Esse estilo de vida é contrariado por ele mesmo diante de uma situação em que Dianne (Erin Mc Grane), irmã de Ryan está chorando por causa da desistência do noivo dela, Jim (Danny Mc Bride), no dia do casamento. Convidado a acalmar a irmã, Ryan se dirige a Jim e, com palavras convincentes, faz com ele volte à presença da noiva, usando as palavras de Ryan: “o co-piloto é necessário para que o avião possa voar”.
Sentindo falta da namorada, Ryan vai à casa dela, onde mora com o marido, interpretado pelo ator Matt O´Toole, e na porta de entrada é repreendido por ela que o expulsa: “aqui não, aqui mora a minha família”, isto nos leva a citar a obra que ganhou o Prêmio Nacional de Livros Publicados, concedido pela AICLAF, na Academia Brasileira de Letras:
 “Os fatores que impedem a união dos amores verdadeiros são múltiplos, desde uma pequenina desatenção numa oportunidade rara, até nos caprichos do destino que aproxima pessoas de idades desiguais ou em situações de estado civil diferentes.” [A SARÇA ARDENTE, p. 119, de Fernando Pinheiro].
Depois de se divertir bastante com a linda e sedutora mulher Alex (quem não gostaria de estar com a atriz Vera Farmiga?), o casal toma rumos diferentes no aeroporto, separando-se. Na despedida, ela lhe dá chance mais uma vez: “quando você quiser, pode ligar”. Mais tarde, ele ligou para ela que lhe perguntou: qual é a sua decisão no relacionamento? Ele não soube responder e tudo acabou por aí.

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