Dirigido por Jason Reitman, o filme
americano Up on Air, Amor sem Escalas, título recebido no Brasil, e Nas Nuvens,
em Portugal, tem um olhar sobre as relações humanas, no trabalho e na vida
particular dos personagens Ryan (George Clooney), Natalie (Anna Kendrick), Alex
(Vera Farmiga), Bob (J.K. Simmons). No elenco dos coadjuvantes aparecem os atores Jason Bateman, Amy Morton,
Melanie Lynskey, Danny McBride, Meagan Flynn, Sam Elliot, Matt O´Toole, Erin Mc
Grane, Steve Eastin e Zach Galifianakis.
Acompanhado
da jovem secretária Natalie e trajando terno escuro, Ryan está sempre viajando
de avião por muitas cidades americanas. A tarefa que ele recebeu das empresas é
demitir funcionários, num cenário nacional que envolve crise financeira. Isto o
faz uma pessoa fria diante do desespero e a angústia de muita gente.
O
chefe dele, interpretado pelo ator Jason Bateman, incumbe Natalie de ajudá-lo
nessa tarefa, utilizando as imagens de vídeo-conferência, assim ela demite o
executivo Samuels (Steve Eastin). Sentindo o risco de perder o emprego, Ryan
continua a levar a secretária por outros lugares onde ele participa de
encontros empresariais, alguns em hoteis onde ficam hospedados em quartos
separados.
A
situação aflitiva das pessoas demitidas começa a repercutir nas atitudes da
secretária que fica embaraçada, chora e tenta se recompor diante do público,
quando aparece a consultora Alex Goran, mulher de impressionante beleza que faz
balançar o coração de Ryan.
Abrimos
um parêntese para mostrar a situação de quem foi demitido do cargo que exercera
no passado, aqui no Brasil, repercutindo em outra dimensão onde já não pode
mais fazer o colapso da função de onda:
Em nossas andanças astrais, narradas na Série
PÉGASO (I a XXXII) há relatos de comovente beleza como também outros em que
vemos a beleza a caminho no decorrer de um tempo em que não podemos medir,
mesmo estando estagnados pelos engramas do passado que esses passageiros
criaram, embaraçando-lhes o caminhar, ou mesmo em total inação.
Considerando
que tivemos oportunidade de escrever relatos históricos e a nossa ligação com
entidades de classe trabalhista, vale transcrever textos que interessam a todos
os trabalhadores que, de alguma forma, estão envolvidos no meio social, ficando
aqui um alerta:
Ao
sair dali, vimos um amigo nosso que agora não pode mais fazer o colapso da
função de onda, expressão reconhecida pela ciência ao fenômeno da morte. Estava
ele revoltado contra a situação em que estava, pois fora deposto do cargo que
tinha numa empresa estatal.
Quando
ele se retirou, aproximamo-nos da pessoa que ouvira os queixumes e reclamações
do antigo executivo da estatal e lhe dissemos que conhecíamos o homem que
estava com ele e sentíamos admiração pela carreira que ele tivera. A pessoa nos
disse que ele estava muito revoltado, em clima de briga.
Há
milhares de empregados naquela situação na empresa em que ele trabalhou e, se
fôssemos reunir todas as empresas do mundo, teríamos milhões de pessoas na
mesma situação de desconforto emocional. Todas elas precisam desviar a atenção
para outro rumo, mudando de frequência de onda, a fim de que sejam cortados
todos os liames que fazem prender a pessoas que lhe causaram dano.
Como
não houve o entendimento com desfecho feliz naquela situação, ambos, o algoz e
a vítima, permanecem interligados na mesma frequência de onda, um intercâmbio
nefasto que permanece por um tempo que não acaba até que haja a reconciliação,
isto num ambiente em que um deles não pode mais fazer o colapso da função de
onda. O sofrimento irá minar suas forças, apresentando em aspectos horríveis.
O
importante não é ficar preocupado com a travessia, pois se houver os
preparativos que foram colocados à prova numa realização de sucesso, a nível
transcendente, tudo será de acordo com os sonhos acalantados numa vida de
encantadora beleza.
Aos
que tiveram a sorte diferente da nossa, o melhor é rezar para que com a
frequência de onda diferente daqueles que ficaram presos a amarras criadas por
eles mesmos não nos atinja, isto dentro do princípio da física quântica.
Não
criticar nada, não criticar ninguém, apenas observar se o momento nos chega
através dos sonhos ou na própria vivência em estado de vigília. A tradição dos
povos sempre teve respeito aos mortos, inclusive com homenagem anual para serem
lembrados em lugares sagrados. [A BARCA DE CARONTE – 15 de outubro de 2015 –
blog Fernando Pinheiro, escritor].
Retomando
a narrativa do filme Amor sem Escalas, a personagem Alex Goran, mulher bela e
sensual, é convidada a participar de eventos sociais onde se mostra interessada
em conquistar Ryan que está completamente desligado dos assuntos que envolvem
compromissos de casais. Para ela, o executivo tem tudo que aspira encontrar na
vida, mas ele está desligado.
Na
conversa que ambos se envolvem há pontos a considerar, as razões que ele acha
fundamental o homem não ter compromisso amoroso, segundo ele, para ficar mais
leve, sem carregar mala, usando uma metáfora que ele admitiu ser eficaz. Entre
os brasileiros, mala-sem-alça é mais forte.
Esse
estilo de vida é contrariado por ele mesmo diante de uma situação em que Dianne
(Erin Mc Grane), irmã de Ryan está chorando por causa da desistência do noivo
dela, Jim (Danny Mc Bride), no dia do casamento. Convidado a acalmar a irmã,
Ryan se dirige a Jim e, com palavras convincentes, faz com ele volte à presença
da noiva, usando as palavras de Ryan: “o co-piloto é necessário para que o
avião possa voar”.
Sentindo
falta da namorada, Ryan vai à casa dela, onde mora com o marido, interpretado
pelo ator Matt O´Toole, e na porta de entrada é repreendido por ela que o
expulsa: “aqui não, aqui mora a minha família”, isto nos leva a citar a obra
que ganhou o Prêmio Nacional de Livros Publicados, concedido pela AICLAF, na
Academia Brasileira de Letras:
“Os fatores que impedem a união dos amores
verdadeiros são múltiplos, desde uma pequenina desatenção numa oportunidade
rara, até nos caprichos do destino que aproxima pessoas de idades desiguais ou
em situações de estado civil diferentes.” [A SARÇA ARDENTE, p. 119, de Fernando
Pinheiro].
Depois
de se divertir bastante com a linda e sedutora mulher Alex (quem não gostaria
de estar com a atriz Vera Farmiga?), o casal toma rumos diferentes no
aeroporto, separando-se. Na despedida, ela lhe dá chance mais uma vez: “quando
você quiser, pode ligar”. Mais tarde, ele ligou para ela que lhe perguntou:
qual é a sua decisão no relacionamento? Ele não soube responder e tudo acabou
por aí.
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