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sábado, 12 de dezembro de 2015

O CAPITAL

Adaptado do romance de Stéphane Osmont, O Capital, filme dirigido por Constantin Costa-Gavras, nos idos de 2012, é centrado no sistema financeiro em que atua  o Banco Phenix, nome fictício, presidido pelo personagem Marc, interpretado pelo ator Gad Elmaleh. A música é de Armand Amar. Esse filme estreou, em 4/10/2013, no Shopping Paulista da Avenida Paulista, em São Paulo e em cadeia nacional. Nesse mesmo ano, estávamos morando na capital paulista, num apartamento um por andar.
O Capital é o jogo do poder vivido por Marc que está no meio desse emaranhado de situações que leva seus pares do colegiado a duvidar de sua atuação à frente do Banco Phenix, mas que no final mostra a cara, conforme ele mesmo disse numa reunião com os diretores e acionistas: “vou continuar roubando dos pobres para dar aos ricos.” Compõem ainda do elenco os atores: Gabriel Byrne (Dittmar), Liya Kebede (Nassim), Natacha Régnier (Diane), Céline Sallette (Maud) e Hippolyte Girardot (Raphael), entre outros.
A cena mais interessante foi o encontro de Marc com a supermodelo Nassim, no banco de trás da limousine, ele a seduz ferozmente sem que ela participe, melhor seria no hotel. No final, ela lhe disse: “você só queria dar uma rapidinha” e devolve-lhe um milhão de dólares. Ele lhe respondeu: “você deve ao Phenix e não a mim.”, ao mesmo tempo pede ao motorista parar em frente do Phenix e entrega ao tesoureiro a quantia recebida.
Achei interessante a devolução do dinheiro, foi uma forma que ela encontrou para não mais querer ver o amante-sem-jeito, isto nos remete a canção Devolvi, de Núbia Lafayete: “devolvi o cordão e a medalha de ouro e tudo que ele me presenciou.” Está incluído na devolução o retrato, as cartas amorosas que sempre enganaram a destinatária.
Não iremos comentar as operações bancárias do Banco Phenix que envolve situações de risco, preferimos estender todo o nosso comentário pertinente à crônica SISTEMA DE CRENÇAS – 25 de julho de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor:  
No plano emocional, vivenciando o dualismo humano, todas as estruturas de comportamento tendem a se desestruturar, esta é a terceira dimensão dissociada do planeta que está indo embora, com a chegada das vibrações de pensamentos que se alinham com a perspectiva da Era de Aquarius. [PÉGASO VI – 27 de agosto de 2013 – Blog Fernando Pinheiro, escritor].
O paradigma dos hábitos e costumes, em sociedade ou em grupos, está ganhando uma oitava a mais na harmonia que sempre buscam os povos, as nações, embora os caminhos sejam diversos. A consciência planetária está saindo da fragmentação para vislumbrar a percepção desses interesses  que se divergem mas se aglutinam quando o mesmo sentido de caminhar à frente é levado a conhecimento de todos.
O principal obstáculo nesta mudança é o medo, não é a divergência de opiniões nos diversos sistemas de governo ou de classes. No entanto, a sedimentação de crenças,  que podem ter um apelo religioso ou não, provoca-lhes o medo de perder as vantagens colocadas para lhes agradar, com o propósito escondido  de escravidão, considerando que o lado de quem dá as cartas é sempre vantajoso para quem faz o aprisionamento e se escraviza também a esse sistema.
O sistema financeiro, um dos aspectos desse sistema global, será o último a cair na mudança de paradigma desta densa consciência planetária. A propósito, abordamos nos dois parágrafos, a seguir, este aspecto da vida cotidiana da maioria da população mundial, anteriormente publicado em nossa crônica FAMÍLIA SEM FILHOS – 13 de abril de 2015:
O modelo econômico sustentado pelo sistema financeiro internacional que estipula o dinheiro como meio circulante, os sistemas de governo, democratas ou não, estão no paradigma da consciência planetária que se mantém viva pela competitividade e separatividade, intimamente interligadas. Isto abrange a tudo e a todos que precisam de meios para sobreviver.
A transição planetária está em pleno funcionamento na vida de uma parcela da humanidade que vive em 5 pilares: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão. É este o contingente de multidão de pessoas, vivenciando um patamar a mais na consciência global, que irá contribuir maciçamente para modificar o paradigma atual.
Foi acrescentado mais um pilar, sugerido pela búlgara Nona Orlinova, sempre linda e elegante, mesmo eu sabendo que a gratidão estava veladamente incluída no pilar humildade, pois reforça bastante os pilares anteriores que sustentam a mudança de frequência de onda. Participando ainda deste post, a russa Irina Orlova, Rostov, Rússia, disse-me que o sistema de consumo destruirá a humanidade, somente a espiritualidade faz-nos humanos.
Com a queda do sistema financeiro no mundo inteiro levará de roldão o dinheiro, os bancos, as empresas, os orçamentos do governo (municipal, estadual, federal) e tudo que está no mercado de moeda comprovando a ineficácia de um sistema que enriqueceu uma pequena minoria, carregando em seu bojo a miséria e a carência de recursos da maioria da população mundial.
Anúncios de troca de sapatos e bolsas por alimentos perecíveis espalhados nas redes sociais da internet denotam que já existem pessoas buscando uma solução para os problemas de sobrevivência que esse sistema financeiro, perverso e aniquilador, aqui no Brasil, Estados Unidos e em todos os países do mundo, não conseguiu solucionar.
A crença no dinheiro e no mundo subjetivo ajudaram bastante a humanidade em seu progresso material, mas da maneira em que foi empregada levou-a à escravidão, roubando a juventude de pessoas que não tiveram tempo para dedicar-se ao lazer e desfrutar de um conforto material. Há leis amparando tudo isto, mas é apenas um lenitivo passageiro onde permanecem os engramas do passado trazendo estigmas.
Quando o mundo era bucólico, corria menos dinheiro em circulação, mas a qualidade de vida era melhor do que no mundo industrializado. O sentido gregário dos animais não foi aplicado na vida comunitária dos povos, os interesses isolados de grupos de pessoas falaram mais alto e deu no que está: uma população mundial doentia e enfraquecida.
Os privilegiados existem, sim, mas em pequena minoria, privilegiados que não perceberam que a consciência está imantada em tudo, porque tudo é energia, é o átomo que está presente em tudo, inclusive no vácuo quântico, onde tudo emana. Como segurar um elétron que corre no endereço astral onde está o sofredor? Elétron que partiu de um pensamento humano dissociado da realidade única que nos une.
Por discordar do paradigma atual, reconhecemos o conceito de Alfred Korzybiski, filósofo, engenheiro e matemático, divulgado ao ensejo da realização de um encontro da American Mathematical Society: “o mapa não é o território.’’
É tempo de reverter tudo isto, simplesmente vivenciado em 5 pilares: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão. Outras fórmulas podem conseguir essa reversão, mas levará muito tempo em que para muitos custa uma eternidade. O joio separado também, um dia, no decorrer dos milênios, será transformado em trigo, mas não será mais neste planeta que está sendo sacralizado.

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