Páginas

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

UM HOMEM DE SORTE

Dirigido por Scott Hicks, o filme Um Homem de Sorte, título original The Lucky One, lançado em 2012, é baseado no livro de Nicholas Sparks, bastante conhecido no Brasil, conta a história de um fuzileiro naval que regressa aos Estados Unidos, depois do término da guerra com o Iraque. O roteiro é de Will Fetters e a música é de Mark Isham e Hal Lindes.
Best-sellers na publicação de livros nos EE.UU. e no Brasil, o autor Nicholas Sparks tem uma bibliografia vasta em torno do tema amor, basta citar A Última Música, Diário de uma Paixão, Um Amor para Recordar, adaptados para o cinema, aumentando a popularidade conseguida na imprensa.  
O título do filme é argumentado pela sorte do sargento Logan, vivido pelo ator Zac Efron, de ter encontrado a mulher da foto que ele achou no deserto que lhe serviu de amuleto, depois de ver uma bomba aniquilar os corpos de dois companheiros. A esperança, acalentada no Iraque, de encontrar a mulher da foto, Beth, interpretada pela atriz Taylor Schilling, foi altamente benéfica.
O amor à pátria, argumento que é usado para justificar a guerra, ao nosso ver é uma enganação em que o Estado induz aos jovens que o servem, no clima em que haverá glória e heroísmo em lutas sangrentas, pois, como na realidade vemos, as consequências são graves tanto pela perda dos soldados mortos ou pelo retorno daqueles que ficaram mutilados e com graves problemas psiquiátricos.
Não é apenas com relação aos que foram à guerra que os desastres são apresentados, há famílias, aos milhares, sentindo a falta de seus filhos, pois o sentimento da perda deflagra a depressão em todos eles. Há um desarranjo geral, numa cifra de milhões de pessoas, como temos escrito crônicas sobre os que fogem e outros que estão fugindo da guerra.
Milhões de pessoas no Iraque, na Síria e na Turquia, onde há forte domínio da população pelos terroristas do Estado Islâmico, sobrevivendo com mil dificuldades, inclusive no meio de bombardeios dos Estados Unidos, existe uma cultura sem recorrer à psiquiatria [A FONTE DAS MULHERES – 13 de novembro de 2015 – Fernando Pinheiro, escritor].
A travessia é um problema mundial, ou melhor dizendo, um problema de governança regional, é tanto que chega à mesa de negociações nos países da União Europeia. Um dos focos apresentados é controlar a migração clandestina e até aonde vai a solidariedade dos povos, numa consciência planetária dissociada onde se sobressai a competitividade e a separatividade? [A TRAVESSIA – 20 de maio de 2015 – Fernando Pinheiro, escritor].
Em participação ligeira, o filme Um Homem de Sorte apresenta ainda o juiz Clayton (Adam LeFevre), a irmã de  Logan (Courtney J. Clark), o cunhado do Logan (Trey Burvant), Victor (Robert Hayes), Miler (Sharon Morris), Aces (Kendal Tuttle), Charlotte (An Mckenzie), Amanda (Jillian Batherson), entre outros.
Com o auxílio da internet, o sargento Logan localiza Beth, mulher separada que vive com a mãe Nana (Blythe Danner), e o filho Ben, menor de idade (Riley Thomas Stewart). O ex-marido Keith (Jay R. Ferguson) tem ciúmes da ex-mulher e entra em atritos com Logan, o namorado de Beth, sem grandes consequências.
Em última jogada pessoal em que não teve sorte, Keith pede a ex-mulher voltar para ele, ela o recusa e ele ameaça levar o filho Ben que corre em direção da casa da árvore, ficando retido na ponte de cordas que balança e caiu no rio. A chuva e correnteza do rio são perigos que pai e filho enfrentam. O sargento Logan vê a cena e cai na água para socorrer o menino. Keith não teve sorte, o resto da ponte desaba sobre ele e a correnteza o arrasta para bem longe.
O final do filme apresenta o passeio em um pequeno iate da família, num cenário de comovente beleza, realizado por Beth, acompanhada do filho Ben, e o namorado dela, o Logan, num clima de felicidade e encantamento, verdadeira bonança após o fim da tempestade. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário