Dirigido por Scott Hicks, o filme Um
Homem de Sorte, título original The Lucky One, lançado em 2012, é baseado no
livro de Nicholas Sparks, bastante conhecido no Brasil, conta a história de um fuzileiro
naval que regressa aos Estados Unidos, depois do término da guerra com o
Iraque. O roteiro é de Will Fetters e a música é de Mark Isham e Hal Lindes.
Best-sellers na publicação de livros nos EE.UU. e no
Brasil, o autor Nicholas Sparks tem uma bibliografia vasta em torno do tema
amor, basta citar A Última Música, Diário de uma Paixão, Um Amor para Recordar,
adaptados para o cinema, aumentando a popularidade conseguida na imprensa.
O título do filme é argumentado pela sorte do sargento
Logan, vivido pelo ator Zac Efron, de ter encontrado a mulher da foto que ele
achou no deserto que lhe serviu de amuleto, depois de ver uma bomba aniquilar
os corpos de dois companheiros. A esperança, acalentada no Iraque, de encontrar
a mulher da foto, Beth, interpretada pela atriz Taylor Schilling, foi altamente
benéfica.
O amor à pátria, argumento que é usado para justificar a
guerra, ao nosso ver é uma enganação em que o Estado induz aos jovens que o
servem, no clima em que haverá glória e heroísmo em lutas sangrentas, pois,
como na realidade vemos, as consequências são graves tanto pela perda dos
soldados mortos ou pelo retorno daqueles que ficaram mutilados e com graves
problemas psiquiátricos.
Não é apenas com relação aos que foram à guerra que os
desastres são apresentados, há famílias, aos milhares, sentindo a falta de seus
filhos, pois o sentimento da perda deflagra a depressão em todos eles. Há um
desarranjo geral, numa cifra de milhões de pessoas, como temos escrito crônicas
sobre os que fogem e outros que estão fugindo da guerra.
Milhões de pessoas no Iraque, na Síria e na Turquia, onde
há forte domínio da população pelos terroristas do Estado Islâmico,
sobrevivendo com mil dificuldades, inclusive no meio de bombardeios dos Estados
Unidos, existe uma cultura sem recorrer à psiquiatria [A FONTE DAS MULHERES –
13 de novembro de 2015 – Fernando Pinheiro, escritor].
A travessia é um problema mundial, ou melhor dizendo, um
problema de governança regional, é tanto que chega à mesa de negociações nos
países da União Europeia. Um dos focos apresentados é controlar a migração
clandestina e até aonde vai a solidariedade dos povos, numa consciência
planetária dissociada onde se sobressai a competitividade e a separatividade?
[A TRAVESSIA – 20 de maio de 2015 – Fernando Pinheiro, escritor].
Em participação ligeira, o filme Um Homem de Sorte apresenta
ainda o juiz Clayton (Adam LeFevre), a irmã de
Logan (Courtney J. Clark), o cunhado do Logan (Trey Burvant), Victor
(Robert Hayes), Miler (Sharon Morris), Aces (Kendal Tuttle), Charlotte (An
Mckenzie), Amanda (Jillian Batherson), entre outros.
Com o auxílio da internet, o sargento Logan localiza
Beth, mulher separada que vive com a mãe Nana (Blythe Danner), e o filho Ben, menor
de idade (Riley Thomas Stewart). O ex-marido Keith (Jay R. Ferguson) tem ciúmes
da ex-mulher e entra em atritos com Logan, o namorado de Beth, sem grandes
consequências.
Em última jogada pessoal em que não teve sorte, Keith
pede a ex-mulher voltar para ele, ela o recusa e ele ameaça levar o filho Ben
que corre em direção da casa da árvore, ficando retido na ponte de cordas que
balança e caiu no rio. A chuva e correnteza do rio são perigos que pai e filho
enfrentam. O sargento Logan vê a cena e cai na água para socorrer o menino.
Keith não teve sorte, o resto da ponte desaba sobre ele e a correnteza o
arrasta para bem longe.
O final do filme apresenta o passeio em um pequeno iate
da família, num cenário de comovente beleza, realizado por Beth, acompanhada do
filho Ben, e o namorado dela, o Logan, num clima de felicidade e encantamento,
verdadeira bonança após o fim da tempestade.
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