Ao dar prosseguimento à Série Pégaso,
vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com
o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente
humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma
as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte
vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em
correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando
recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar
modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que
passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da
matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja
circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e
os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
O nosso amor pelas mulheres atingiu ao máximo ao pensar
em Maria, a santa mãe, que sofreu tanto ao pé da cruz, irradiando uma luz que
eliminava as trevas inseridas nos pensamentos dos homens que a viu apenas como
mulher. Os soldados romanos não a tocaram.
Não temos ainda a capacidade de sonhar com Maria devido à
multidimensionalidade em que ela se encontra e a distância quase infinita que
nos separa neste vale de lágrimas que os poetas cantavam em suas liras
imortais.
Mas a música, que se conecta com os mundos felizes,
alcança distâncias que desconhecemos. A beleza do cenário que pudemos ver, numa
noite cheia de estrelas, é a mesma beleza que assistimos à cena ambientada no
templo de Amon, apresentada pela ópera Aída, de Verdi, e no Réquiem de Verdi,
no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
De repente, estamos em pé na entrada de um auditório
vazio onde iria ser apresentada uma hora de arte. Ei-lo surgir em seu porte
elegante e belo, pois a música que trazia em si encheu de inefável beleza as
catedrais e os teatros líricos do mundo inteiro suscitando pensamentos mais
elevados que os homens podem sentir.
O intermezzo da
Cavalleria Rusticana, conhecido mundialmente como Ave Maria, de Pietro
Mascagni, era a beleza que pudemos notar naquele homem que escreveu esta cena
lírica. Os traços físicos eram os mesmos que ele tinha quando vivia o apogeu da
glória nos teatros dos grandes centros urbanos que lhe acolheram com imensa
admiração. Até mesmo a cabeleira estava arrumada à moda dos elegantes da época.
Ficamos parados assistindo à ida dele até à frente do
palco iluminado e à sua volta imediata porque não havia ainda os preparativos
concluídos. Na nossa frente, estava um tribuno, de reconhecido prestígio
nacional, sentado na última fila da plateia.
O compositor Mascagni passou por nós, sem nos ver, depois
alguns metros na saída, voltou e veio nos cumprimentar, parecia que ele já nos
conhecia, não importa onde e quando, o importante que temos a honra de ser
ensaísta na área de música clássica, com o trabalho demonstrado na obra MÚSICA
PARA CANTO E PIANO, de Fernando Pinheiro, disponibilizada ao público pela
internet no site Fernando Pinheiro, escritor.
Agradecemos-lhe a atenção que muito nos comoveu como se
estivéssemos a ganhar outro prêmio nacional de livros publicados quando
escrevemos A SARÇA ARDENTE em solenidade promovida pela AICLAF na Academia
Brasileira de Letras. Esse tribuno que pertence a Academia de Letras, que nós
presidimos, ficou admirado porque o compositor falou conosco.
Corre o tempo, em lua-de-mel de um lindo romance que
tivemos com uma jovem mulher residente em São Paulo, no Chalé da Montanha, em
Petrópolis, sonhamos que estávamos na Catedral de Petrópolis e ouvimos uma
soprano, de encantadora beleza, cantar Ave Maria, de Mascagni.
Ao recordar esse evento de sublime magia, pensamos na
homenageada de Mascagni que é a mesma homenageada por nós agora neste enlevo
que enaltece este canto que sentimos ser nosso também, ouvindo a voz da bela
soprano:
Ave Maria, madre
Santa,
Sorreggi il piè
del misero che t'implora,
In sul cammin del rio dolor
E fede, e speme
gl'infondi in cor.
Neste caminho no rio de dor por onde passam os migrantes
em busca de refúgio, nós lhe suplicamos proteção maternal principalmente por
esses menores de idade que viajam sem os pais, fugindo das guerras do Paquistão
e da Síria, como também pelos menores que vivem nas ruas das cidades em nosso
País.
Nenhum comentário:
Postar um comentário