Páginas

quarta-feira, 22 de julho de 2015

PÉGASO (XXVII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
O nosso amor pelas mulheres atingiu ao máximo ao pensar em Maria, a santa mãe, que sofreu tanto ao pé da cruz, irradiando uma luz que eliminava as trevas inseridas nos pensamentos dos homens que a viu apenas como mulher. Os soldados romanos não a tocaram.
Não temos ainda a capacidade de sonhar com Maria devido à multidimensionalidade em que ela se encontra e a distância quase infinita que nos separa neste vale de lágrimas que os poetas cantavam em suas liras imortais.
Mas a música, que se conecta com os mundos felizes, alcança distâncias que desconhecemos. A beleza do cenário que pudemos ver, numa noite cheia de estrelas, é a mesma beleza que assistimos à cena ambientada no templo de Amon, apresentada pela ópera Aída, de Verdi, e no Réquiem de Verdi, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
De repente, estamos em pé na entrada de um auditório vazio onde iria ser apresentada uma hora de arte. Ei-lo surgir em seu porte elegante e belo, pois a música que trazia em si encheu de inefável beleza as catedrais e os teatros líricos do mundo inteiro suscitando pensamentos mais elevados que os homens podem sentir.
O intermezzo da Cavalleria Rusticana, conhecido mundialmente como Ave Maria, de Pietro Mascagni, era a beleza que pudemos notar naquele homem que escreveu esta cena lírica. Os traços físicos eram os mesmos que ele tinha quando vivia o apogeu da glória nos teatros dos grandes centros urbanos que lhe acolheram com imensa admiração. Até mesmo a cabeleira estava arrumada à moda dos elegantes da época.
Ficamos parados assistindo à ida dele até à frente do palco iluminado e à sua volta imediata porque não havia ainda os preparativos concluídos. Na nossa frente, estava um tribuno, de reconhecido prestígio nacional, sentado na última fila da plateia.
O compositor Mascagni passou por nós, sem nos ver, depois alguns metros na saída, voltou e veio nos cumprimentar, parecia que ele já nos conhecia, não importa onde e quando, o importante que temos a honra de ser ensaísta na área de música clássica, com o trabalho demonstrado na obra MÚSICA PARA CANTO E PIANO, de Fernando Pinheiro, disponibilizada ao público pela internet no site Fernando Pinheiro, escritor.
Agradecemos-lhe a atenção que muito nos comoveu como se estivéssemos a ganhar outro prêmio nacional de livros publicados quando escrevemos A SARÇA ARDENTE em solenidade promovida pela AICLAF na Academia Brasileira de Letras. Esse tribuno que pertence a Academia de Letras, que nós presidimos, ficou admirado porque o compositor falou conosco.
Corre o tempo, em lua-de-mel de um lindo romance que tivemos com uma jovem mulher residente em São Paulo, no Chalé da Montanha, em Petrópolis, sonhamos que estávamos na Catedral de Petrópolis e ouvimos uma soprano, de encantadora beleza, cantar Ave Maria, de Mascagni.
Ao recordar esse evento de sublime magia, pensamos na homenageada de Mascagni que é a mesma homenageada por nós agora neste enlevo que enaltece este canto que sentimos ser nosso também, ouvindo a voz da bela soprano:
Ave Maria, madre Santa,
Sorreggi il piè del misero che t'implora,
In sul cammin del rio dolor
E fede, e speme gl'infondi in cor.
Neste caminho no rio de dor por onde passam os migrantes em busca de refúgio, nós lhe suplicamos proteção maternal principalmente por esses menores de idade que viajam sem os pais, fugindo das guerras do Paquistão e da Síria, como também pelos menores que vivem nas ruas das cidades em nosso País.

Nenhum comentário:

Postar um comentário