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quinta-feira, 23 de julho de 2015

PÉGASO (XXVIII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
Vestido comprido, apenas uma lingerie por baixo, ela surgiu assim de modo desligado de qualquer impressão que denotasse sensualidade, embora seus seios dentro da roupa sacudiam em suaves meneios quando ela chegou perto de mim.
Ela era alta, elegante no andar, disse que o amor era pouco. Não, eu a respondi que o amor preenche as lacunas do pouco que é apenas uma impressão que ela sentia.
Não havia intenção de namoro entre nós, ela me chegou  apenas com este recado do que sentia em seu coração. Então, por que veio? Algo meu lhe atraiu, um pouco de mim já era um pouco que ela sentira do amor.
Essa imagem fluídica do sono fez-me lembrar das entidades que estão nos sonhos a revelar a realidade em que todos vivem, embora nem sempre esteja de acordo com aquilo que desejamos acontecer, essa é a linguagem de Carl Jung que a psicanálise admite acontecer por estar mergulhada na subjetividade.
A busca de ser feliz é a meta primordial de quem está a sós, embora não sinta solidão, pois as forças íntimas guardadas no recôndito do ser profundo eclodem quando há os passos do caminho interno, em aparente solidão, como vivem os asseclas em permanente retiro espiritual.
Esse caminho interno também se desdobra em convívio social: trabalho em equipe, dança em bailados elegantes, jogo de arena esportiva, passeio e viagem em grupo, quando a introspecção não deixa ser influenciada por imagens externas diferentes do que sentimos.
Sempre o que sonhamos deixa rastros no caminho que percorremos nos momentos em que alguma situação nos diz respeito, vindo a eclodir quando despertamos do sonho que tivemos no leito de dormir.
Um lance me chamou a atenção no dia seguinte, no momento em que o País vive a mudança de regras no jogo social: estava perto de um posto de gasolina, quando uma moça passou por mim com um sorriso e disse: oi. Eu lhe falei: vai trabalhar? Ela respondeu: estou trabalhando, estou vendendo sobremesa e mostrou-me um cesto com uma toalha e saiu em seguida. Ela parecia uma menina de família abastada que não precisa trabalhar, como era costume do passado, bem vestida, bem apresentada, igual a uma artista de televisão.
Outra cena, na mesma tarde, aconteceu quando pegamos um táxi dirigido por uma jovem senhora, trajando um vestido de fino tecido, de agradável aspecto denotando ser uma mulher elegante.
Disse a ela que era escritor vivendo num pequeno chalé mata onde pássaros vinham ao amanhecer e também no final das tardes ensolaradas me trazer cânticos suaves que me faz sonhar por um mundo melhor.
Ela sorriu e disse que também mora num condomínio próximo do meu endereço dentro da mata e sentiu o mesmo que senti ao revelar o doce encantamento em ouvir os pássaros cantores. Algo nos unia, além do sorriso à primeira vista quando entrei no táxi, recentemente em circulação, novinho em folha.
Conversei por alguns minutos, enquanto a minha secretaria iria pegar o táxi, quando terminou os afazeres. Sempre sorrindo, senti que algo nos unia e nos despedimos com alegria.
A atmosfera do sonho se reflete no dia seguinte.
O estado emocional também se reflete nos sonhos, pois tudo está interligado, assim o pesadelo nos sonhos é o pesadelo que está no estado de vigília, esse tempo em que a pessoa está acordada. Os lindos sonhos já nascem em nossos pensamentos quando buscamos viver uma vida saudável, em todos os sentidos.

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