Natural da cidade de Piracicaba-SP,
Cincinato César da Silva Braga (1864/1953) ingressou na carreira política como
deputado estadual e depois deputado federal, durante várias legislaturas.
A grande recessão na economia americana,
ocorrida em 1929, atingiu a economia brasileira, e, em consequência, a ordem
interna do Banco do Brasil, a partir do ano seguinte, como veremos, a seguir,
no relato de Cláudio Pacheco:
“Na sua escalada, a partir do ano de
1930 e pelo menos durante os três anos seguintes, a grande crise refletiu-se na
pauta das reuniões da diretoria do Banco do Brasil, através de constantes
decisões sobre liquidações, reajustes, moratórias e reduções de dívidas.” (31)
Acompanhando a declaração de Cincinato
Braga: “a espinha dorsal de toda a economia pública e privada de 41 milhões de
brasileiros, desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul”, publicada, naquela
época, pela imprensa, a respeito do Banco do Brasil que ele teve a honra de
dirigir no período de 21/2/1923 a 31/12/1924,
Cláudio Pacheco descreve:
“Em face da exagerada descentralizada
administrativa, que lhes trouxera, e tendo em vista a enorme dificuldade de
transportes ferroviários e rodoviários entre as diferentes regiões do País, era
talvez o Banco do Brasil a única articulação verdadeiramente nacional, que
entrelaçava e desenvolvia as operações do comércio brasileiro, não só entre as praças do litoral marítimo,
como também entre estas e as do vasto interior do País.”
(31) CLÁUDIO PACHECO – in
História do Banco do Brasil – vol. IV, p. 373 – AGGS – Indústrias Gráficas S.A.
– Rio de Janeiro – 1980.
(32) Idem, idem – vol. IV, p. 374
PACHECO, Cláudio, História do Banco do
Brasil – vol. III – pp. 239, 334, 335, 546 – AGGS – Indústrias Gráficas S.A.–
Rio de Janeiro – 1980. – Autorização concedida, em 11/10/2007, por Inês de
Sampaio Pacheco, filha de Cláudio Pacheco.
História do Banco do Brasil – vol. IV, pp. 8,
17, 18, 110, 113, 117, 167, 195, 197, 209, 210, 248, 249, 373, 374, 388, 389,
506, 569 – AGGS –Indústrias Gráficas S.A. – Rio de Janeiro – 1980) – Idem,
idem.
Em fins de 1930 ao início de 1932,
ocorreu instabilidade administrativa do Banco do Brasil com a passagem de cinco
presidentes: José Joaquim Monteiro de Andrade (24/10/1930 a
4/11/1930 – interino), Augusto Mário Caldeira Brant (4/11/1930 a
5/9/1931), Pedro Luís Corrêa e Castro (5 a 14/9/1931 – interino), Vicente de
Paula Almeida Prado (14/9/1931 a 16/11/1931 – interino), Carlos de
Figueiredo (16/11/1931 a 16/1/1932 –
interino) [PACHECO, 1979].
O Ofício SGP n° 8515/03, de 20/11/2003,
assinado pelo nobre deputado Sidney Beraldo, presidente da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, endereçado ao escritor Fernando Pinheiro,
encaminha dados biográficos, informações e 2 retratos originais de Vicente de
Paula de Almeida Prado que passarão a integrar a Galeria de Presidentes do
Banco do Brasil. – Acervo: Academia de Letras dos Funcionários do Banco do
Brasil.
A ideia traduzida das informações é a
seguinte:
Vicente de Paula de Almeida Prado – Jaú
– SP – 17/12/1876 – São Paulo – SP – 5/1/1956, diplomado no ano de 1900, em
Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco,
na capital paulista. De volta à terra natal, exerce a profissão de advogado
[BERALDO, 2003].
Almeida Prado exerce o primeiro mandato
de deputado estadual na 7ª Legislatura
(1907/1909) pelo PRP – Partido Republicano Paulista, com votação
de 1.555 eleitores inscritos no 9ª Distrito Eleitoral (jurisdição da cidade de
São Carlos – SP). Reeleito sucessivamente nas legislaturas de 1910/1912,
1913/1915 e 1916/1918. Com a votação de 68.815 votos, elege-se Senador Estadual
nas eleições de 26/4/1919 (11ª Legislatura) e reeleito em 25/4/1925, com 81.923
votos (13ª Legislatura) quando passa a integrar a Comissão de Agricultura,
Terras Públicas e Minas no Senado Paulista. Fechado e dissolvido o Poder
Legislativo no Brasil pela Revolução de 1930, as atividades políticas de
Almeida Prado foram interrompidas [BERALDO, 2003].
Empresário vitorioso nas áreas de
exportação e seguros, Almeida Prado abriu, em 1910, a Casa Almeida Prado &
Cia, empresa exportadora de café, em Santos – SP, posteriormente sob nova
designação: Almeida Prado S.A. Comissária Exportadora. Criou, ainda em Santos –
SP, a empresa Armazéns Gerais Anchieta. Na capital paulista, fundou a Companhia
Nacional de Seguros Ipiranga. Em 1927 exerceu o cargo de superintendente do
Banco de São Paulo, afastando–se em setembro de 1931, para assumir a
Presidência do Banco do Brasil, em curto período (14/9/1931 a 16/11/1931).
Casado com Francisca de Paula de Almeida Prado com quem teve cinco filhos.
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