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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

S.PAULO GALANTE (IV)


Natural da cidade de Piracicaba-SP, Cincinato César da Silva Braga (1864/1953) ingressou na carreira política como deputado estadual e depois deputado federal, durante várias legislaturas. 

A grande recessão na economia americana, ocorrida em 1929, atingiu a economia brasileira, e, em consequência, a ordem interna do Banco do Brasil, a partir do ano seguinte, como veremos, a seguir, no relato de Cláudio Pacheco:

“Na sua escalada, a partir do ano de 1930 e pelo menos durante os três anos seguintes, a grande crise refletiu-se na pauta das reuniões da diretoria do Banco do Brasil, através de constantes decisões sobre liquidações, reajustes, moratórias e reduções de dívidas.” (31)

Acompanhando a declaração de Cincinato Braga: “a espinha dorsal de toda a economia pública e privada de 41 milhões de brasileiros, desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul”, publicada, naquela época, pela imprensa, a respeito do Banco do Brasil que ele teve a honra de dirigir no período de 21/2/1923 a 31/12/1924, Cláudio Pacheco descreve:

“Em face da exagerada descentralizada administrativa, que lhes trouxera, e tendo em vista a enorme dificuldade de transportes ferroviários e rodoviários entre as diferentes regiões do País, era talvez o Banco do Brasil a única articulação verdadeiramente nacional, que entrelaçava e desenvolvia as operações do comércio brasileiro, não só          entre as praças do litoral marítimo, como também entre estas e as do vasto interior do País.”

(31) CLÁUDIO PACHECO – in História do Banco do Brasil – vol. IV, p. 373 – AGGS – Indústrias Gráficas S.A. – Rio de Janeiro – 1980. 

(32) Idem, idem – vol. IV, p. 374    
PACHECO, Cláudio, História do Banco do Brasil – vol. III – pp. 239, 334, 335, 546 – AGGS – Indústrias Gráficas S.A.– Rio de Janeiro – 1980. – Autorização concedida, em 11/10/2007, por Inês de Sampaio Pacheco, filha de Cláudio Pacheco.

         História do Banco do Brasil – vol. IV, pp. 8, 17, 18, 110, 113, 117, 167, 195, 197, 209, 210, 248, 249, 373, 374, 388, 389, 506, 569 – AGGS –Indústrias Gráficas S.A. – Rio de Janeiro – 1980) – Idem, idem.   

Em fins de 1930 ao início de 1932, ocorreu instabilidade administrativa do Banco do Brasil com a passagem de cinco presidentes: José Joaquim Monteiro de Andrade (24/10/1930  a   4/11/1930 – interino), Augusto Mário Caldeira Brant (4/11/1930 a 5/9/1931), Pedro Luís Corrêa e Castro (5 a 14/9/1931 – interino), Vicente de Paula Almeida Prado (14/9/1931 a 16/11/1931 – interino), Carlos de Figueiredo  (16/11/1931 a 16/1/1932  –  interino)  [PACHECO, 1979].

O Ofício SGP n° 8515/03, de 20/11/2003, assinado pelo nobre deputado Sidney Beraldo, presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, endereçado ao escritor Fernando Pinheiro, encaminha dados biográficos, informações e 2 retratos originais de Vicente de Paula de Almeida Prado que passarão a integrar a Galeria de Presidentes do Banco do Brasil. – Acervo: Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil.

A ideia traduzida das informações é a seguinte:

Vicente de Paula de Almeida Prado – Jaú – SP – 17/12/1876 – São Paulo – SP – 5/1/1956, diplomado no ano de 1900, em Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na capital paulista. De volta à terra natal, exerce a profissão de advogado [BERALDO, 2003].

Almeida Prado exerce o primeiro mandato de deputado estadual na 7ª Legislatura  (1907/1909)  pelo  PRP – Partido Republicano Paulista, com votação de 1.555 eleitores inscritos no 9ª Distrito Eleitoral (jurisdição da cidade de São Carlos – SP). Reeleito sucessivamente nas legislaturas de 1910/1912, 1913/1915 e 1916/1918. Com a votação de 68.815 votos, elege-se Senador Estadual nas eleições de 26/4/1919 (11ª Legislatura) e reeleito em 25/4/1925, com 81.923 votos (13ª Legislatura) quando passa a integrar a Comissão de Agricultura, Terras Públicas e Minas no Senado Paulista. Fechado e dissolvido o Poder Legislativo no Brasil pela Revolução de 1930, as atividades políticas de Almeida Prado foram interrompidas [BERALDO, 2003].

Empresário vitorioso nas áreas de exportação e seguros, Almeida Prado abriu, em 1910, a Casa Almeida Prado & Cia, empresa exportadora de café, em Santos – SP, posteriormente sob nova designação: Almeida Prado S.A. Comissária Exportadora. Criou, ainda em Santos – SP, a empresa Armazéns Gerais Anchieta. Na capital paulista, fundou a Companhia Nacional de Seguros Ipiranga. Em 1927 exerceu o cargo de superintendente do Banco de São Paulo, afastando–se em setembro de 1931, para assumir a Presidência do Banco do Brasil, em curto período (14/9/1931 a 16/11/1931). Casado com Francisca de Paula de Almeida Prado com quem teve cinco filhos.

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