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domingo, 20 de janeiro de 2013

S.PAULO GALANTE (XXI)


Nascido para contemplar o mar e a esteira que os navios deixam em trânsito, carregando riquezas, David de Araújo (1933/1980) iniciou a vida profissional na Companhia Docas de Santos, a mesma empresa que foi presidida por Guilherme Guinle, presidente do Banco do Brasil (6/11/1945 a 24/11/1945).

Nos idos de 1965, David de Araújo faz a estreia na literatura, ao lançar os Primeiros Sonhos, livro de poesia, editado pela Editora Pongetti – Rio de Janeiro. Em 1976, exerce o cargo de fiscal de embarques na Agência de Santos, litoral paulista. e, em 1980, publica Cantigas à Beira–Mar (coletânea de trovas) – Edição: A  Tribuna de Santos – Jornal e Editora Ltda. O poeta fez versos à Empresa:

“Ó Banco do Brasil, sereno e forte,
com tua força é que o Brasil se
[expande
desde esses velhos seringais do Norte
aos pampas colossais do Rio Grande.” 
(152)        DAVID DE ARAÚJO (1933/1980) – Revista DESED n° 28 – nov./dez/1971.  

 Observamos a liberdade que o Banco do Brasil concedia aos gerentes permanecerem o tempo que quiserem nas agências, pois a maioria estava bem instalada, numa estrutura que favorecia a criação e educação dos filhos até mesmo em idade adulta quando ocorria o ingresso em faculdades ou universidades nas grandes cidades do País.

Mais tarde, com a ampliação de agências da rede interna que se espalhava, progressivamente, a cidades com menor estrutura, observamos ainda que o BB concedia auxílio–bolsa aos filhos de funcionários com a necessidade de continuar os estudos em cidades onde havia o ensino superior.

Com elevado padrão de vida que permitia aos gerentes continuar trabalhando, por vontade própria, além dos 30 anos de carreira profissional, que se estendia numa média de 40/45 anos de vida ativa no Banco do Brasil, os funcionários desfrutavam de elevado prestígio social, pelo poder econômico de ganhos profissionais, sem ter a necessidade de buscar, após a aposentadoria, na iniciativa privada, os benefícios incomparáveis que a Empresa proporcionava. O Banco do Brasil era o grande empregador brasileiro.    

O Brasil, na música e nos costumes, era brejeiro, o Banco do Brasil também era brejeiro, igual ao Brasil. No decorrer de décadas, o funcionário do Banco o Brasil exerceu o grande papel na integração social, elemento civilizador, sustentando e mantendo o progresso que se canalizava no campo social, na estrutura do BB e na AABB das cidades, e promovia, sem dúvida, o convívio salutar de uma sociedade, a melhor em termos de felicidade.

Surgindo como inovador no campo da informática, o Banco do Brasil, na gestão de Luiz de Moraes Barros, foi o pioneiro na implantação dos serviços bancários pelo computador. Para levar esse conhecimento ao público, o economista Dilson Garcia de Mattos, chefe do Centro Eletrônico da Direção Geral DEMET/ CEDIR proferiu, em 31/8/1966, na Fundação Getúlio Vargas, a palestra “O computador eletrônico visto pelo usuário”. [Revista AABB – Rio – 1966].

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