Nascido para contemplar o mar e a
esteira que os navios deixam em trânsito, carregando riquezas, David de Araújo
(1933/1980) iniciou a vida profissional na Companhia Docas de Santos, a mesma
empresa que foi presidida por Guilherme Guinle, presidente do Banco do Brasil
(6/11/1945 a 24/11/1945).
Nos idos de 1965, David de Araújo faz a
estreia na literatura, ao lançar os Primeiros Sonhos, livro de poesia, editado
pela Editora Pongetti – Rio de Janeiro. Em 1976, exerce o cargo de fiscal de
embarques na Agência de Santos, litoral paulista. e, em 1980, publica Cantigas
à Beira–Mar (coletânea de trovas) – Edição: A
Tribuna de Santos – Jornal e Editora Ltda. O poeta fez versos à Empresa:
“Ó Banco do Brasil, sereno e forte,
com tua força é que o Brasil se
[expande
desde esses velhos seringais do Norte
aos pampas
colossais do Rio Grande.”
(152) DAVID DE ARAÚJO (1933/1980) – Revista
DESED n° 28 – nov./dez/1971.
Observamos a liberdade que o Banco do Brasil
concedia aos gerentes permanecerem o tempo que quiserem nas agências, pois a
maioria estava bem instalada, numa estrutura que favorecia a criação e educação
dos filhos até mesmo em idade adulta quando ocorria o ingresso em faculdades ou
universidades nas grandes cidades do País.
Mais tarde, com a ampliação de agências
da rede interna que se espalhava, progressivamente, a cidades com menor
estrutura, observamos ainda que o BB concedia auxílio–bolsa aos filhos de
funcionários com a necessidade de continuar os estudos em cidades onde havia o
ensino superior.
Com elevado padrão de vida que permitia
aos gerentes continuar trabalhando, por vontade própria, além dos 30 anos de
carreira profissional, que se estendia numa média de 40/45 anos de vida ativa
no Banco do Brasil, os funcionários desfrutavam de elevado prestígio social,
pelo poder econômico de ganhos profissionais, sem ter a necessidade de buscar,
após a aposentadoria, na iniciativa privada, os benefícios incomparáveis que a
Empresa proporcionava. O Banco do Brasil era o grande empregador
brasileiro.
O Brasil, na música e nos costumes, era
brejeiro, o Banco do Brasil também era brejeiro, igual ao Brasil. No decorrer
de décadas, o funcionário do Banco o Brasil exerceu o grande papel na
integração social, elemento civilizador, sustentando e mantendo o progresso que
se canalizava no campo social, na estrutura do BB e na AABB das cidades, e promovia, sem dúvida, o convívio salutar de
uma sociedade, a melhor em termos de felicidade.
Surgindo como inovador no campo da
informática, o Banco do Brasil, na gestão de Luiz de Moraes Barros, foi o
pioneiro na implantação dos serviços bancários pelo computador. Para levar esse
conhecimento ao público, o economista Dilson Garcia de Mattos, chefe do Centro
Eletrônico da Direção Geral – DEMET/ CEDIR proferiu, em 31/8/1966, na
Fundação Getúlio Vargas, a palestra “O computador eletrônico visto pelo
usuário”. [Revista AABB – Rio – 1966].
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