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terça-feira, 27 de agosto de 2013

PÉGASO (VI)



Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A cena se desdobra em 2 cenários, ambos residenciais, no primeiro estava numa mansão de quartos amplos, numa suíte onde se via uma escrivaninha, uma cama de casal coberta de lençóis da cor bege, ao lado um banheiro com requintes de alto luxo, tudo isto estava à minha disposição, mas nada era meu, mesmo porque não pensei ter nada disso.
O que me impressionou era a mansão que estava à minha disposição para morar o tempo que quisesse, mas tinha a conficção de que estava lá apenas de passagem, um repouso dentro da noite que tinha luar na varanda. Fiquei a imaginar que todo o ser humano também tem à sua disposição tudo o que lhe pode lhe fazer feliz.
Dentro da noite, o silêncio se fazia presente, e ao luar um cortejo alegre e feliz de mulheres estava caminhando naquela rua, estavam felizes porque sabiam que eu estava naquela mansão e, fisicamente, estava bem próximo delas. Elas sabiam quem eu era, um escritor apaixonado por mulheres, não nessa paixão que escraviza e avilta, mas naquela em que as liberta para continuar andando em suas caminhadas.
Algo lhes dizia que eu tinha o segredo de viver feliz que elas não encontraram nos companheiros de vida conjugal que se foram por caminhos errantes, elas se sentiam muito bem nessa nova situação sem os liames que as prendiam e as faziam antes confinadas do mundo. Antes, o casal era semelhante a duas águias amarradas uma a outra e que não podiam voar. A liberdade é tudo em suas vidas.
A outra cena é ambientada num segundo andar de uma residência onde fiquei alguns momentos a meditar na sala vazia e abandonada, que parecia uma cela, embora não tivesse grade nem porta, este espaço era destinado a quem está preso pelo remorso ou pela culpa, o maior embaraço para se recompor interiormente. Não era o meu caso, embora já tivesse passado, num passado espiritual, por esta experiência que foi transmutada para ascensão espiritual.
Saí do quarto inabitado e fui ao jardim suspenso, sem muretas e com roseiras floridas servindo de proteção, e lá embaixo estavam mulheres que seguiam o caminho da solidão, era uma caravana de transeuntes dentro da noite de luar. Não precisavam de nada, apenas caminhar, caminhar.
Em ambos os sonhos, não me dirigi a elas, embora soubesse que seria bem recebido porque, de alguma forma, já me conheciam de nome e de lembranças afáveis. O que dizer a elas, se assim fosse preciso.
Deixar como está já seria bom, mas deixar o destino crescer mais próximo a elas também seria muito interessante. Já que estavam sozinhas porque não pensar em celibato saudável, isto nada agradável as mulheres que não eram essas de que estou falando, porque a busca é sempre de nossa cultura para se conseguir as coisas.
Há uma vivência do mito das amazonas, mulheres guerreiras que habitavam o Norte do País, tema do samba-enredo de várias escolas de samba, notadamente a Estácio de Sá, no carnaval de 1993, quando apresentou A Dança da Lua, convertida em crônica, em 1/12/2013, no blog Fernando Pinheiro, escritor.
Há depoimentos do navegador espanhol Orelhana e de frei Gaspar de Carvajal que estiveram na região do Rio Nhamundá que comprovam a existência de mulheres da nação Icamiabas, exclusivamente feminina, localizada perto da tribo dos índios Guacaris [Lenda das Amazonas – Amazônia de A a Z].
No enredo da Estácio de Sá, quando chegava a primavera, nos dias de lua cheia, havia dança até o raiar do dia. Ora, nessa dança havia os encontros dos amores que se conheciam naquele momento e as horas de amor eram feitas nessas matas iluminadas.
Segundo ainda Lenda das Amazonas – Amazônia de A a Z, frutos do amor surgiam, no ano seguinte, em outras luas cheias da primavera, e os filhos homens seguiam com os pais para suas tribos e as filhas mulheres ficavam com as mães, aumentando o contingente feminino da nação Icamiabas que são as mulheres amazonas. É dito ainda que o Alter do Chão, atualmente de grande atração turística, era passagem dessas índias.
No plano emocional, vivenciando o dualismo humano, todas as estruturas de comportamento tendem a se destruturar, esta é a terceira dimensão dissociada do planeta que está indo embora, com a chegada das vibrações de pensamentos que se alinham com a perspectiva da Era de Aquarius.
As mulheres amazonas viviam em celibato até a chegada da primavera, em noites de luar, as mulheres modernas também vivem em celibato até a chegada dos amores que as fazem despertar para um romance em que se sintam felizes.
Naturalmente, há exceções, pois os caminhos são muitos e muitos serão os sofrimentos e as dores de quem vive na ilusão. Não há o que indicar, elas conhecem o caminho que estão seguindo, no entanto é bom repetir há flores no caminho.

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