Ao dar
prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos,
constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo
astral:
A ideia
ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu
bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e
elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é
um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se
modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento
plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza
original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas
andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação
da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços
além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse
espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação
das formas almejadas.
A cena se
desdobra em 2 cenários, ambos residenciais, no primeiro estava numa mansão de
quartos amplos, numa suíte onde se via uma escrivaninha, uma cama de casal
coberta de lençóis da cor bege, ao lado um banheiro com requintes de alto luxo,
tudo isto estava à minha disposição, mas nada era meu, mesmo porque não pensei
ter nada disso.
O que me
impressionou era a mansão que estava à minha disposição para morar o tempo que
quisesse, mas tinha a conficção de que estava lá apenas de passagem, um repouso
dentro da noite que tinha luar na varanda. Fiquei a imaginar que todo o ser
humano também tem à sua disposição tudo o que lhe pode lhe fazer feliz.
Dentro da
noite, o silêncio se fazia presente, e ao luar um cortejo alegre e feliz de
mulheres estava caminhando naquela rua, estavam felizes porque sabiam que eu
estava naquela mansão e, fisicamente, estava bem próximo delas. Elas sabiam
quem eu era, um escritor apaixonado por mulheres, não nessa paixão que
escraviza e avilta, mas naquela em que as liberta para continuar andando em
suas caminhadas.
Algo lhes
dizia que eu tinha o segredo de viver feliz que elas não encontraram nos
companheiros de vida conjugal que se foram por caminhos errantes, elas se
sentiam muito bem nessa nova situação sem os liames que as prendiam e as faziam
antes confinadas do mundo. Antes, o casal era semelhante a duas águias
amarradas uma a outra e que não podiam voar. A liberdade é tudo em suas vidas.
A outra cena é
ambientada num segundo andar de uma residência onde fiquei alguns momentos a
meditar na sala vazia e abandonada, que parecia uma cela, embora não tivesse
grade nem porta, este espaço era destinado a quem está preso pelo remorso ou
pela culpa, o maior embaraço para se recompor interiormente. Não era o meu
caso, embora já tivesse passado, num passado espiritual, por esta experiência
que foi transmutada para ascensão espiritual.
Saí do quarto
inabitado e fui ao jardim suspenso, sem muretas e com roseiras floridas servindo
de proteção, e lá embaixo estavam mulheres que seguiam o caminho da solidão,
era uma caravana de transeuntes dentro da noite de luar. Não precisavam de
nada, apenas caminhar, caminhar.
Em ambos os
sonhos, não me dirigi a elas, embora soubesse que seria bem recebido porque, de
alguma forma, já me conheciam de nome e de lembranças afáveis. O que dizer a
elas, se assim fosse preciso.
Deixar como
está já seria bom, mas deixar o destino crescer mais próximo a elas também
seria muito interessante. Já que estavam sozinhas porque não pensar em celibato
saudável, isto nada agradável as mulheres que não eram essas de que estou
falando, porque a busca é sempre de nossa cultura para se conseguir as coisas.
Há uma
vivência do mito das amazonas, mulheres guerreiras que habitavam o Norte do
País, tema do samba-enredo de várias escolas de samba, notadamente a Estácio de
Sá, no carnaval de 1993, quando apresentou A Dança da Lua, convertida em
crônica, em 1/12/2013, no blog Fernando Pinheiro, escritor.
Há depoimentos
do navegador espanhol Orelhana e de frei Gaspar de Carvajal que estiveram na
região do Rio Nhamundá que comprovam a existência de mulheres da nação
Icamiabas, exclusivamente feminina, localizada perto da tribo dos índios
Guacaris [Lenda das Amazonas – Amazônia de A a Z].
No enredo da
Estácio de Sá, quando chegava a primavera, nos dias de lua cheia, havia dança
até o raiar do dia. Ora, nessa dança havia os encontros dos amores que se
conheciam naquele momento e as horas de amor eram feitas nessas matas iluminadas.
Segundo ainda
Lenda das Amazonas – Amazônia de A a Z, frutos do amor surgiam, no ano
seguinte, em outras luas cheias da primavera, e os filhos homens seguiam com os
pais para suas tribos e as filhas mulheres ficavam com as mães, aumentando o
contingente feminino da nação Icamiabas que são as mulheres amazonas. É dito
ainda que o Alter do Chão, atualmente de grande atração turística, era passagem
dessas índias.
No plano
emocional, vivenciando o dualismo humano, todas as estruturas de comportamento
tendem a se destruturar, esta é a terceira dimensão dissociada do planeta que
está indo embora, com a chegada das vibrações de pensamentos que se alinham com
a perspectiva da Era de Aquarius.
As mulheres
amazonas viviam em celibato até a chegada da primavera, em noites de luar, as
mulheres modernas também vivem em celibato até a chegada dos amores que as
fazem despertar para um romance em que se sintam felizes.
Naturalmente,
há exceções, pois os caminhos são muitos e muitos serão os sofrimentos e as
dores de quem vive na ilusão. Não há o que indicar, elas conhecem o caminho que
estão seguindo, no entanto é bom repetir há flores no caminho.
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