No capítulo 96
- sábado - 7 de setembro de 2013 - da novela Amor à Vida, da TV Globo, a médica
Paloma (Paolla Oliveira), intimada por enfermeiros, é obrigada a tomar
medicação dentro da clínica psiquiátrica. O presidente do Hospital San Magno, o
médico César (Antônio Fagundes) visita a filha e disse que não é psiquiatra mas
concorda com o tratamento que ela vem recebendo.
Ela foi
conduzida para aquele local por uma decisão judicial, tendo em vista tratar-se
de prisão por crime de tráfico internacional de drogas. Completamente revoltada
contra a situação, era observada na clínica com sintomas de transtorno mental.
Ficamos a
imaginar uma pessoa sadia, uns dias atrás, bonita, inteligente, independente
financeiramente, de repente sem condições de conduzir a própria vida. Antes, no
cárcere perde a liberdade de locomoção e na clínica psiquiátrica a medicação
pesada faz-lhe dopada e sem ter condições de modificar os panoramas íntimos que
estão nublados.
Nessas
condições a paciente perde a sociabilidade e se agrava no atrito que tem com
aqueles que impõem a separatividade, a fim de se locupletar com as vantagens
materiais que são retiradas dela por sua incapacidade de gestão.
O maior
problema do Brasil é a saúde, conforme é mencionado pela mídia, nesse clima em
que está ocorrendo a chegada dos médicos cubanos para trabalhar no interior do
Nordeste. Os transtornos mentais estão relacionados no tratamento médico,
objeto de nossa crônica Medicações – 28 de julho de 2013 – Blog Fernando
Pinheiro, escritor.
A nossa
contribuição nessa área se estende nas crônicas publicadas no referido blog: A
Cura – 13 de fevereiro de 2013 – Tapete – 23 de fevereiro de 2013 – O Jogo
Social – 25 de fevereiro de 2013 – Os Domínios da Psiquiatria – 27 de fevereiro
de 2013 – O Desmame – 28 de fevereiro de 2013 - O Paciente e o Meio – 1 de
março de 2013 – O Mundo de Morfeu – 10 de março de 2013 – Paisagens Íntimas –
14 de março de 2013 - Comparsas – 15 de março de 2013 – O Fim da Psiquiatria –
29 de março de 2013 – Internação Involuntária – 28 de maio de 2013 – A Fuga – 3
de junho de 2013 - Síndromes – 27 de junho de 2013 – O Retorno – 28 de junho de
2013 – O Retorno II e III – 8 e 16 de agosto de 2013.
Com um
bate-papo informal, na Bienal do Livro de 2013, realizada no Riocentro, na
cidade do Rio de Janeiro, no dia 4 de setembro, houve o lançamento da segunda
edição do livro “Entendendo a Esquizofrenia: como a família pode ajudar no
tratamento?”, autoria do psiquiatra Leonardo Palmeira junto com a psicóloga
Maria Thereza Geraldes e a psicopedagoga Ana Beatriz Bezerra.
Vale assinar a
experiência do Dr. Leonardo Figueiredo Palmeira, médico do Instituto de
Psiquiatria da UFRJ, com familiares de pessoas com esquizofrenia que, nos idos
de 2009, participou de um Congresso Mundial de Pesquisa em Esquizofrenia e
manteve conversas com psiquiatras da Europa e dos Estados Unidos que lhe
informaram que incluíam os pacientes nos grupos de família e tinha resultados
favoráveis.
Vivenciando as
cargas do pensamento que o ambiente sobrecarregado de emoção-expressada da
família que a colocavam mais para baixo, principalmente as do irmão César, na
pele do ator Mateus Solano, a internação de Paloma não expressava a contento a
participação dos familiares em ajudá-la.
Escrita em 21
de fevereiro de 2013, na cidade de São Paulo, a crônica Lado a Lado [Blog
Fernando Pinheiro, escritor] demonstra a necessidade da presença familiar:
"Lado a
lado, o meu amor vai tão longe" repercute o canto de Carlos Alberto,
recrudescendo a atmosfera nostálgica dos idos de 60, em que o Brasil vivia uma
época em que o lirismo estava mais presente na música popular.
Acompanhar os
pacientes na área de saúde é uma tarefa nobilitante onde o silêncio é o ponto
de partida para avaliar as possibilidades de ajuda. O improviso do momento
acompanhará sempre a inspiração que tivermos para o momento, sempre renovável
para que as paisagens íntimas, de comovente beleza, tenham sempre uma coloração
de encantos.”
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