Mesmo que não
possam nos ouvir, aqueles que estão internados em clínicas psiquiátricas, sob o
efeito pesado dos remédios químicos, entorpecidos por essas drogas químicas, há
pensamentos de entes amados, nesta esfera física e no plano astral superior,
circulando o ambiente. [O FIM DE PSIQUIATRIA – post 29 de março de 2013 – blog
Fernando Pinheiro, escritor].
Com a
participação de uma ambulância do Hospital San Magno, o Dr. Lutero (Ary
Fontoura) e sua equipe deram apoio ao Bruno (Malvino Salvador) para retirar
Paloma (Paolla Oliveira) da clínica psiquiátrica, onde estava completamente
dopada, no meio da confusão causada por um alarme de incêndio.
Em entrevista
com a diretora da clínica, o Dr. Lutero questiona sobre o tratamento que vinha
sendo dado a Paloma. Anteriormente, o médico César, presidente do Hospital San
Magno, papel do ator Antonio Fagundes, contrário à medicação pesada dada a
Paloma, indagou à diretoria: “não seria melhor dá uma dosagem menor e depois aumentá-la?”
Observamos que
há muitos questionamentos acerca do tratamento psiquiátrico, partindo da
recomendação médica que o paciente deve ser tratado apenas com um médico
psiquiatra, e não mais de um dos colegas da área, alegando que poderá haver
divergências sobre o diagnóstico, dosagem da medicação e métodos para promover
a recuperação da saúde.
Aliás, essa
área médica é completamente fechada a esses especialistas sem ter uma avaliação
como existe, por exemplo, de um médico cirurgião que deixa um instrumento na
barriga do paciente operado e, depois, é constatado o erro médico, com as
punições cabíveis dentro da ética profissional e perante o código penal.
Mesmo que haja
fracasso de um paciente com distúrbio mental que afete o patrimônio da família,
o médico pode alegar que, naquele dia, ele estava em boas condições de saúde e
ninguém pode contrariá-lo.
Coube ao Dr.
Philippe Pinel (1745/1826), o pioneiro na área da Psiquiatria que promoveu
tratamento de saúde com os prisioneiros da cidade de Paris e os fez muitos
deles sair da prisão.
Os manicômios
públicos foram extintos em diversos países, com o pioneirismo da Lei 180/78, a
Lei Basaglia, nome que homenageia Franco Basaglia, o famoso médico italiano. No
Brasil, a Lei Federal 10.216, de 6 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais.
O resgate de
Paloma, nome dado pela própria diretora da clínica, aconteceu porque a paciente
estava, na prática, em cativeiro, embora tivesse sido encaminhada para lá por
ordem judicial que prevê pena aos traficantes de drogas.
O diagnóstico
esquizofrenia paranoica não combinava com o estado emocional de Paloma, na
apreciação do médico cirurgião, Dr. Lutero. Mas, a área da Psiquiatria é
restrita aos especialistas.
Quando o paciente
entra no consultório, o caso pode se agravar se houver uma continuada
medicação, sem prazo para determinar, estabelecendo a dependência química que
deve ser eliminada aos poucos pelo controle médico e nunca pelo paciente,
comentado em nossa crônica DESMAME – 28 de fevereiro de 2013.
O caso de
Paloma foi possível a retirada da medicação, sem causar problemas, porque ela
estava no início do tratamento.
Um coisa é
certa: na novela, o amor de Bruno, o noivo de Paloma, é muito mais importante
do que qualquer remédio de farmácia e está à frente de qualquer medicação.
Aliás, os psiquiatras reconhecem que o amor é fundamental na recuperação de
saúde do paciente.
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