A voz feminina
une-se à voz de Zé Ramalho, revelando a canção Mulheres: “e é com elas que a
luz se torna intensa como o sol que ilumina a escuridão”. O recolhimento
interior possibilita as mulheres o encontro de sua realidade única, aquela em
que não há mais sobressaltos nem solavancos em despedida.
As mulheres,
que sentem influência masculina, perdem a sua melhor parte, a não ser se for a
doação de seu mundo íntimo que é muito mais interessante que o lado externo
onde os contornos são mais graciosos. Mas ninguém abre mãos de ancas de lua,
contornos de pera em miniatura de sol refrescante da pele, olhos refulgentes
onde o mistério reina.
A tradição que
veio de Esparta deixou as mulheres em casa com as tarefas que somente elas
sabem fazer com gosto e os homens foram à guerra para colocar em prática os
exercícios de academia ou nos ginásios espartanos. Hoje, as mulheres estão nas
academias e nos ginásios competindo, com elas mesmas, assim é a regra dos jogos
que estabelece as medalhas como troféus.
Se a
competitividade é algo que demonstra o declínio desta civilização, pois daí
surge a separação, no meio do mundo, dito progressista, é fator que estabelece
a escolha para melhor definir o que se propõe. Do mesmo jeito, a valorização da
personalidade em afastamento do ser profundo onde está toda a nossa realidade
existencial.
Nesta
percepção interna, a mulher descobrindo-se e escolhendo a sua solidão aparente
revela um lado com brilho e refulgente que é capaz de estabelecer um paradigma
que o homem, nessa busca para sobreviver, ainda não alcançou.
E por se
sentir nesse conforto íntimo e também no ambiente externo onde vive, não se
deixa ser influenciada por vibrações que nada tem a haver com essa harmonia
conquistada nessas horas onde a ternura, o carinho e a devoção à quietude foram
bem favoráveis.
Na transição
planetária, vemos que os seres humanos que conseguiram ascender a uma dimensão
superior daquela que está inserida a perturbação e os desaires que provocam
sofrimento e dor, preferem estar sozinhos em celibato do que perder essa
dimensão alcançada.
Muito cuidado
com o que dizemos e agimos nas relações afetivas e amorosas, pois fora do amor
iremos agredir quem estiver no espaço da bola da vez, independente de quem
seja, e o que dissermos ou agirmos será usado contra nós.
E, quando
despedirmos da jornada terrena, ninguém sabe quando, pode ser hoje ou mais
tarde, mas amanhã, nesse dia, seremos levados pela vibração escolhida e, se
houver a influência indesejada, não haverá meios de afastá-la sem a participação
de quem está ligado, a não ser que esteja revestida da consciência planetária
unificada.
Criam-se
inimigos até mesmo entre as mulheres, não é apenas homens contra homens. Há
tempo para dar as mãos à amiga, à namorada ou até à ex-amiga ou à ex-namorada. Os
dias prosseguem, lenta ou vorazmente, e não nos deixemos pegar de surpresa. As
mulheres é que nos inspiram a melhores momentos.
A canção
espalha a realidade que se espraie nos espaços sacralizados do planeta, levando
os sorrisos delas que são mais notórios e acolhedores, “os sorrisos do mundo
esparramando as sementes que brilham na imensidão”. Tudo isto porque foram bem
amadas pelo amor que deram, desde o segredo até a revelação das horas do amor.
Essas horas
são eflúvios da egrégora unificada, não apenas abrigando um casal mas a toda a
dimensão que corre pelo espaço em direção dos mundos afins, os mundos felizes
que começaram a existir com os pensamentos das mulheres.
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