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domingo, 15 de setembro de 2013

MULHERES

A voz feminina une-se à voz de Zé Ramalho, revelando a canção Mulheres: “e é com elas que a luz se torna intensa como o sol que ilumina a escuridão”. O recolhimento interior possibilita as mulheres o encontro de sua realidade única, aquela em que não há mais sobressaltos nem solavancos em despedida.
As mulheres, que sentem influência masculina, perdem a sua melhor parte, a não ser se for a doação de seu mundo íntimo que é muito mais interessante que o lado externo onde os contornos são mais graciosos. Mas ninguém abre mãos de ancas de lua, contornos de pera em miniatura de sol refrescante da pele, olhos refulgentes onde o mistério reina.
A tradição que veio de Esparta deixou as mulheres em casa com as tarefas que somente elas sabem fazer com gosto e os homens foram à guerra para colocar em prática os exercícios de academia ou nos ginásios espartanos. Hoje, as mulheres estão nas academias e nos ginásios competindo, com elas mesmas, assim é a regra dos jogos que estabelece as medalhas como troféus.
Se a competitividade é algo que demonstra o declínio desta civilização, pois daí surge a separação, no meio do mundo, dito progressista, é fator que estabelece a escolha para melhor definir o que se propõe. Do mesmo jeito, a valorização da personalidade em afastamento do ser profundo onde está toda a nossa realidade existencial.
Nesta percepção interna, a mulher descobrindo-se e escolhendo a sua solidão aparente revela um lado com brilho e refulgente que é capaz de estabelecer um paradigma que o homem, nessa busca para sobreviver, ainda não alcançou.
E por se sentir nesse conforto íntimo e também no ambiente externo onde vive, não se deixa ser influenciada por vibrações que nada tem a haver com essa harmonia conquistada nessas horas onde a ternura, o carinho e a devoção à quietude foram bem favoráveis.
Na transição planetária, vemos que os seres humanos que conseguiram ascender a uma dimensão superior daquela que está inserida a perturbação e os desaires que provocam sofrimento e dor, preferem estar sozinhos em celibato do que perder essa dimensão alcançada.
Muito cuidado com o que dizemos e agimos nas relações afetivas e amorosas, pois fora do amor iremos agredir quem estiver no espaço da bola da vez, independente de quem seja, e o que dissermos ou agirmos será usado contra nós.
E, quando despedirmos da jornada terrena, ninguém sabe quando, pode ser hoje ou mais tarde, mas amanhã, nesse dia, seremos levados pela vibração escolhida e, se houver a influência indesejada, não haverá meios de afastá-la sem a participação de quem está ligado, a não ser que esteja revestida da consciência planetária unificada.
Criam-se inimigos até mesmo entre as mulheres, não é apenas homens contra homens. Há tempo para dar as mãos à amiga, à namorada ou até à ex-amiga ou à ex-namorada. Os dias prosseguem, lenta ou vorazmente, e não nos deixemos pegar de surpresa. As mulheres é que nos inspiram a melhores momentos.
A canção espalha a realidade que se espraie nos espaços sacralizados do planeta, levando os sorrisos delas que são mais notórios e acolhedores, “os sorrisos do mundo esparramando as sementes que brilham na imensidão”. Tudo isto porque foram bem amadas pelo amor que deram, desde o segredo até a revelação das horas do amor.
Essas horas são eflúvios da egrégora unificada, não apenas abrigando um casal mas a toda a dimensão que corre pelo espaço em direção dos mundos afins, os mundos felizes que começaram a existir com os pensamentos das mulheres.

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