Conhecido desde
o início em que foram criados os primeiros monastérios, o celibato era
considerado uma anormalidade para o povo que viam os reclusos como loucos por
não conseguiram levar a vida, considerada normal, no método peculiar em que
viviam com o objetivo de casar e ter filhos.
Os tempos
mudaram, no decorrer dos séculos, e hoje o celibato permanece dentro da vida
monástica, aceito agora pela sociedade humana como algo sublime que possibilita
mais disponibilidade para afazeres religiosos.
Essa influência
de fugir do mundo, mesmo vivendo no mundo, possibilita uma nova leitura sobre a
possibilidade de avaliar o relacionamento entre casais e a postura narcisista
em que não há uma entrega de si aos outros.
O celibato
como meio de fugir do prazer sexual, por qualquer motivo, é uma conduta
desviada do fluxo natural que cada um tem consigo. Controlar ou repreender o
desejo sexual está ligado unicamente ao ego e não ao ser profundo que todos nós
somos.
No entanto,
devemos fazer uma análise e nunca uma crítica a respeito do que se passa hoje
no mundo em que vivemos onde a transformação de costumes está sendo processada
de maneira rápida e alucinante à deriva dos impulsos do mercado, atingindo
todos os setores da vida planetária, sendo que o dinheiro é o fio condutor
desse fluxo.
Vale assinalar
texto do discurso de José Pepe Mujica, presidente do Uruguai, proferido em 24
de setembro de 2013, na 68ª Assembleia Geral da ONU:
“Sacrificamos
os velhos deuses imateriais. Ocupamos o templo deles com o deus mercado, que nos
organiza a economia, a política, os hábitos, a vida e até nos financia em
parcelas e cartões, a aparência de felicidade.”
A transição
planetária é uma realidade que atinge todo o nosso planeta, independente de
qualquer condição apreciada, fazendo despertar as pessoas para o caminho
escolhido por elas mesmas para a dimensão maior que a todos nos espera.
Esta dimensão
virá se aceitarmos ou seremos repelidos, por nós mesmos, em vibrações que nos
atraem para mundos dissociados como a Terra vive, revelamos assim o destino do
joio e do trigo.
O celibato
atualmente para a maioria das pessoas, que está ultrapassando a esfera do ego,
é uma condição escolhida para precaver-se contra os desencantos da pessoa
sexualmente ativa que pode causar-lhe transtornos físicos, emocionais ou
mentais quando o agrave se incorpora a doenças.
Essa busca de
ser feliz que corre pela mídia, como propaganda de mercado consumidor, também
atinge igualmente quem deseja manter-se equilibrado na vivência dos momentos
felizes, naturalmente dentro do narcisismo, sem doação, o que vale dizer numa
busca que não pode ser alcançada.
Podemos
doar-nos, inclusive sexualmente, a pessoas que amamos sem ter a preocupação em
receber algo de troca que possa nos fazer felizes, e que pode vir também
através de desencantos que nos chegam em forma de oportunidade para crescermos
na mudança ou transmutação.
O celibato
saudável, visto como momento de encontro consigo mesmo, é altamente valioso,
pois não teremos a influência de vibrações deletérias, tanto na esfera física
como no campo astral. Se estivéssemos acompanhado emocionalmente, isto poderia
ocorrer, pois iríamos atrair pelo contato. Se o celibato não for saudável,
todas as incursões que ligam os mundos dissociados nos envolveriam e seríamos
obsidiados por mentes perturbadoras.
A solidão
quando não for vivenciada para o autoconhecimento será transformada em
melancolia que provoca a doença mental. Os casais vivenciando o amor não
conhecem essa solidão e entre si fomentam forças que os fortalecerão em
qualquer circunstância.
Há pessoas que
necessitam vivenciar o celibato, há engramas do passado que precisam ser
eliminados por posturas de aparente solidão e que não envolvam acompanhamento
de pessoas.
A música “Eu
preciso aprender a ser só”, de Marcos e Paulo Sérgio Valle, na versão inglesa
“If you went way” foi cantada por Sarah Vaughan. O tema foi abordado também
pelos cantores Marcos Vale, Elias Regina, Maysa, Tim Maia e Gilberto Gil.
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