Na Grécia antiga, Sólon (638.a.C. –
558 a.C.), estadista, poeta e legislador,
criou a eclésia (assembleia popular) destinada a todos os homens livres
atenienses, bem como um tribunal de justiça, a hilieia, contrariando a
aristocracia que não queria perder privilégios. [Wikipédia – a enciclopédia
livre].
No tempo de Sólon, o Oráculo de Delfos, na
Grécia, era o centro onde convergiam as pessoas para pedir explicação sobre os
fatos que estavam ocorrendo no mundo. Em outra região, um pouco antes do tempo
de Sólon, no reino de Judá, o profeta Isaías (765 a.C. – 681 a.C.) anuncia o
nascimento do Messias, evento atualmente festejado no mundo inteiro no dia 25
de dezembro, o dia do Natal.
Conforme
estudo de Michelle Alexander, socióloga da Universidade de Ohio, atualmente há
mais negros na prisão do que escravos nos Estados Unidos nos idos de 1850.
Centenas de anos mais tarde, aquele país ainda não conseguiu uma democracia
igualitária, permanecendo o mesmo resultado dos tempos da escravidão, conclui a
socióloga em The New Jim Crow.
O
título da obra de Michelle Alexander foi inspirado em The Strange Career of Jim
Crow, de C. Vann Woodward, escrito nos idos de 1955, referenciado por Martin
Luther King Jr., como “bíblia histórica do Movimento dos Direitos Civis” [ALEXANDER, 2010].
O final do império romano, recrudescido nos
tempos atuais, é revelado na crônica DE OLHOS SALTADOS – 28 de junho de 2016 –
blog Fernando Pinheiro, escritor:
O recrudescer do império romano domina o
quadro político da atualidade, impedindo que haja a ascensão de consciência
planetária mais sutil, onde já existe em muitos lugares do mundo, inclusive em
muitas áreas do Brasil onde não há a presença desse recrudescer.
Quando foi dissolvida a espessa camada de
poder, recrudescendo as intrigas palacianas dos césares da antiga Roma, fez
eclodir um vespeiro revelado no momento político em que o Brasil e outros
países vivem. É uma metáfora que tem um sentido real. [VENTOS DO AMANHECER – 11
de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Nero, em nova roupagem do recrudescer, é
visto como um semideus ou muito mais, intocável até pela justiça que não quer
arriscar o prestígio de que se reveste para não contrariar a onda que passou em
momentos de encantos mas que foi flagrada caminhando em sentido contrário.
No plano emocional, vivenciando o
dualismo humano, todas as estruturas de comportamento tendem a se
desestruturar, esta é a terceira dimensão dissociada do planeta que está indo
embora, com a chegada das vibrações de pensamentos que se alinham com a
perspectiva da Era de Aquarius. [PÉGASO VI – 27 de agosto de 2013 – Blog
Fernando Pinheiro, escritor].
O modelo econômico sustentado pelo sistema
financeiro internacional que estipula o dinheiro como meio circulante, os
sistemas de governo, democratas ou não, estão no paradigma da consciência
planetária que se mantém viva pela competitividade e separatividade,
intimamente interligadas. Isto abrange a tudo e a todos que precisam de meios
para sobreviver. [FAMÍLIA SEM FILHOS – 13 de abril de 2015 – blog Fernando
Pinheiro, escritor].
A
democracia igualitária que os Estados Unidos ainda não conseguiu, na visão da
escritora Michelle Alexander, é demonstrado aqui, no Brasil, esse percurso
dentro do Auditório do Ed. Sede III, Banco do Brasil, Brasília – DF, em
28/9/1993, em solenidade de posse da bailarina e escritora Ruth Lima na
Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, presidida pelo escritor
Fernando Pinheiro, no discurso de improviso de Synval Guazzelli, presidente do
Banco do Brasil, interino (12/5/1993 a 15/5/1993), (30/5/1993 a 5/6/1993),
(26/9/1993 a 6/10/1993), (1/12/1993 a 4/12/1993):
“Distinguiu também uma representante das
Artes, Ruth Lima, bailarina e coreógrafa e, nesta hora, seguramente nós
haveremos de ter sempre presente a importância da Arte como expressão de
cultura, nós que desejamos construir uma sociedade brasileira melhor, uma
sociedade brasileira justa, equânime, democrática e que possa alcançar níveis
de avanço e de expressão cultural que representem toda a potencialidade desta
Nação e dos sonhos melhores de nossa própria sociedade.” [DUAS BAILARINAS – 11
de fevereiro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Dentro do Banco do Brasil e na Academia de
Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, ao comemorar, em 25/10/1999, o
Centenário de Nogueira da Gama, o senador Bernardo Cabral prestou uma homenagem
histórica que muito honra estas instituições.
Na ocasião, o escritor Fernando Pinheiro, que
presidia a solenidade, sentia–se muito feliz e triunfante, tendo em vista que
estava participando da Mesa de honra a diplomata Lourdes Planas Giron,
cônsul–geral da República da Venezuela, e o Major Aviador Celestino Todesco,
representando o Exmo. Sr. Major Brigadeiro do Ar, Flávio de Oliveira Lencastre,
comandante do III COMAR – Rio de Janeiro, além de outras distintas autoridades.
Vale assinalar o discurso do senador Bernardo Cabral:
“Na raiz da força do Parlamento está a
presença marcante daqueles que, ao longo do tempo, o integram. Não há como
fugir a essa verdade incontestável. Nenhuma instituição pode subsistir se não
houver, comandando-a ou nela atuando, gente de personalidade, de caráter, de
princípios, de determinação. (...)
Camilo Nogueira da Gama, que tanto enobreceu
o Senado Federal, inclusive presidindo-o, foi acima de tudo um homem do
Direito, entendido como a via natural da Justiça. [in HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, de Fernando Pinheiro].
Considerando que a democracia faz parte da
política, citamos o Globoesporte – edição 07/08/2016 em que menciona a vitória
da judoca Majlinda Kelmendi, ouro olímpico para
Kosovo, na categoria leve até 52kg, na Arena Carioca 3: “entrou para as
histórias do esporte e da política.”
No dia seguinte (08/08/2016), categoria leve até
57kg, a judoca Rafaela Silva levou a primeira medalha de ouro do Brasil nos
Jogos Olímpicos – Rio 2016. A medalha de ouro de judô, categoria peso-meio-pesado
(até 78kg), foi conquistada, em 11/08/2016, pela americana Kayla Harrison,
medalhista de ouro por duas vezes: Londres 2012 e Rio 2016.
Na noite de domingo de 14 de agosto de 2016, o
Estádio do Engenhão, nos Jogos do Rio, entrou para história com a vitória do
jamaicano Usain Bolt ao sagrar-se tricampeão olímpico nos 100 metros rasos,
marca de 9s81. O gesto de Bolt com as
mãos arremessando a flecha é em homenagem a menor etnia do Brasil: o índio. “Foi
o primeiro homem da história a vencer a prova mais nobre do atletismo três
vezes consecutivas.” [Estadão – 14/08/2016].
A Roma que Darcy Ribeiro sonhava, ele já sentira
fazendo elogios ao Brasil, em seu canto de cisne, em 1995: “na verdade das
coisas, o que somos é a nova Roma.” [O Povo Brasileiro: a Formação e o Sentido
do Brasil, de Darcy Ribeiro]. No entanto, o tempo corre e ele não chegou a ver
esse sonho ser realizado. Na América do Norte, I have dream, de Martin Luther King, também repercutiu nesse mesmo
diapasão.
Hoje, com o recrudescer do fim do império romano pelos mesmos
protagonistas do passado, em nova roupagem carnal, vemos o desmoronar de um
tempo que não tem mais força para continuar, no entanto os estertores agônicos
ainda estão em pleno processo de desintegração arrastando milhões à miséria e à
penúria. No entanto, voltemos o olhar para o horizonte onde o novo amanhecer é
a promessa sagrada desta madrugada em que o mundo passa.
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