O balé A Filha do Faraó, em 3 atos, música de
Cesare Pugni, livreto de Jean-Henri Saint Georges, Marius Petipa. A fonte
literária deste balé é a obra “Le Roman de la Momie”, de Théophile
Gautier. Coreografia de Pierre Lacotte,
depois do balé do mesmo nome de Marius Petipa.
Ato 1 –
Lord Wilson, arqueólogo britânico, acompanhado do secretário John Bull, está no
Egito fazendo uma pesquisa científica. Convidados a visitar a tenda de
mercadores, eles participam das boas-vindas e fumam ópio, ficando adormecidos.
No
sonho, Lord Wilson vê Aspícia, princesa egípcia, que lhe faz modificar as
aparências, vestindo-se como egípcio, adotando o nome de Ta-Hor e John Bull
passa a ser Passiphonte.
A
situação de Aspícia, por ter morrido há muito tempo, não pode mais fazer o
colapso da função de onda. No entanto, ela pensa na indumentária masculina,
conhecida em sua época, e revela sentimento pelo status egípcio, o que ela já
sentira quando estava viva, vivendo, portanto, de resultados.
Por sua
vez, os dois visitantes ingleses, acolhendo a imagem ideoplástica plasmada ao
redor da princesa egípcia, adquiriram personalidade egípcia para estar de comum
acordo com ela. Se eles não concordassem, não iriam adquirir o status egípcio.
Perto
do rio Nilo, há um grupo de mulheres dançando com arco, outro grupo de homens,
armado de flecha, se aproxima conduzindo Aspícia num carro de madeira, erguido
no ar. Eles estão participando da cerimônia de caça.
Outro
grupo de mulheres aparece para oferecer jarras de vinho aos caçadores. Elas
saem, ficando apenas Aspícia, acompanhada da serva Ramze que a coloca no leito
para dormir. É noite quando saem para dar uma volta, os amigos ingleses
encontram à beira do rio um macaco orangotango que logo é afastado do local.
Em
seguida, Ta-Hor se aproxima do leito de Aspícia que acorda ao vê-lo e ambos
saem em direção do rio numa dança que os envolve em doce enlevo. Os dois estão
contentes da vida, Ramze faz gestos para separar os dois apaixonados. As amigas
de caça surgem outra vez, dançando nesse clima feliz.
De
repente, Aspícia desfalece, algo previsto no que poderá acontecer com os dois.
É socorrida pelas servas que, em genuflexo, colocam o joelho para dar
sustentação ao corpo adormecido dela, quando chega, numa biga egípcia, o faraó
e vê Ta-Hor tocando as mãos da filha. Não gosta da atitude e manda prendê-lo.
Ela faz um gesto manejando o arco e o rei compreende que ele salvou Aspícia da
morte.
Ato 2 –
Palácio do faraó – O casal Aspícia e Ta-Hor estão juntos, quando chega uma
caravana de servos para entregar a ela jóias e pedras preciosas enviadas pelo
rei da Núbia. Ela não liga para isso e continua a dançar com o amado. Quando a
dança termina, dá o início de uma marcha, o faraó aparece acompanhado de
guardas de segurança.
A
comitiva do rei da Núbia chega em grande pompa e o faraó a recebe, com muita
honra, apresentando a filha ao visitante ilustre. Ela vai ao encontro de Ta-Hor
e os dois começam a dançar acompanhados dos dançarinos e dançarinas palacianos.
No
momento em que termina a dança, o casal troca beijos, o faraó intercede,
fazendo com que as servas envolvam Aspícia com um laço branco, retirando-a do
salão. Enquanto isso, os reis trocam de papiros, selando compromisso para
casá-la com o rei da Núbia. Meninas vestidas de noivas dançam, continuando a
festa.
No dia
do casamento, Aspícia encobre com o véu branco a criada Ramze para ficar no
lugar dela esperando o noivo, e foge com o amado. Quando o faraó chega descobre
o disfarce e manda os soldados à procura do casal.
Ato 3 –
Uma cabana à beira do Nilo – O casal foragido participa da vida dos pescadores
que o acolhe. Dançam, depois saem para pescar no rio Nilo, levando os amigos
Ta-Hor e Passiphonte.
Aspícia
fica sozinha na cabana, é quando o rei da Núbia chega ameaçando-a de morte,
caso não vá com ele. Desesperada, ela corre em direção do rio e se joga na
água. Em viagem astral, ela visita um recanto paradisíaco habitado por seres
protetores do Egito. Há uma festa em sua homenagem, onde ela dança ritmos
sagrados.
Ao
regressar ao palácio, Ta-Hor é trazido acorrentado diante do faraó. Aspícia
conta ao pai que o rei da Núbia ameaçou-lhe de morte e a levou ao desespero. O
faraó expulsa do palácio o rei da Núbia que sai reclamando e mostra-lhe o
papiro do acordo nupcial.
Ela
pede ao pai libertar Ta-Hor, mas o faraó nega-lhe o pedido. Desesperada, ela
corre, sentindo depressão, corpo tremendo de dor. O faraó volta atrás e permite
o casamento de Aspícia com Ta-Hor. Um grupo de dançarinos e dançarinas faz a
festa. O casal dança comemorando a liberdade.
Com a
presença dos artistas Carlos Vereza (cinema, teatro e televisão), Ruth Lima
(balé e coreografia), Fernando Pinheiro (literatura) e de vários jornalistas, o
Banco do Brasil prestou homenagem ao funcionário Tomás Santa Rosa, um dos mais
importantes cenógrafos brasileiros, em solenidade realizada, em 21/12/1993, no
Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro, com o lançamento da obra A
vida ilustrada de Tomás Santa Rosa, por Cássio Emmanuel Barsante, Edição
Bookmakers – Arte e Ideias, Produções Culturais Ltda., patrocínio da Fundação
Banco do Brasil. [in HISTÓRIA DO
BANCO DO BRASIL, de Fernando Pinheiro].
O balé
A Filha do Faraó é apresentado pelo Corpo de Baile e a Orchestre of the State
Academic Bolshoi Theatre of Russia, sob a direção musical do maestro Pavel
Klinichev, com nova versão da partitura de Alexander Sotnikov, com produção de
Pathé Live, trazendo as estrelas: Svetlana Zahkavora (Aspícia), Nina Kaptsova
(Ramze), Ruslan Skvortsov (Lord Wilson/Ta-Hor) e Denis Medvedev (John
Bull/Passiphonte).
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