Páginas

sábado, 21 de maio de 2016

ESMERALDA


Esmeralda, personagem da obra de Victor Hugo, e, no espetáculo Notre-Dame de Paris – Le Temps des Cathédrales, de Riccardo Cocciante, canta lembrando de sua terra-natal, Andaluzia: “quem poderá dizer quem eu vou amar amanhã, boêmia, boêmia, está escrito nas linhas de minha mão”.

No mesmo espetáculo parisiense, Esmeralda recebe homenagem no canto Belle, de Quasimodo (Garou), Frollo (Daniel Lavoie), Phœbus (Patrick Fiori), Esmeralda (Noa, depois Hélène Ségara), Fleur-de-Lys: Julie Zenatti).

No dualismo humano (certo/errado, bem/mal e outras expressões correlatas), característica da densa consciência planetária que está indo embora, nesta transição planetária, a cigana sofre discriminação por não estar totalmente enquadrada no estereótipo: bela, recatada e do lar.

A manchete “Bela, Recatada e do Lar” surgiu, em abril de 2016, na revista Veja. Isto fez criar uma polêmica com o público como se fosse um vínculo da mulher a padrões que a fazem ficar submissa ou apoderada a valores do passado que repercutem atualmente ou do próprio homem que a tem com direitos adquiridos na lei ou no recinto religioso, conhecidos com o nome de casamento ou união estável. [BELA, RECATADA E DO LAR – 24 de abril de 2016 – blog Fernando].

Por não ter vínculo empregatício, dado à busca de liberdade de caminhar, sem compromissos, a cigana precisa de meios para lhe dar sustento material. Por isso, vemos a Esmeralda dançando com o pandeiro na mão que tem o mesmo significado de passar o pires para recolher dinheiro da plateia e ler as mãos das pessoas.

O ballet Esmeralda, em três atos, de Cesare Pugni, coreografia original de Jules Perrot, igualmente inspirado na obra de Victor Hugo, é realizado completo na Europa e nos Estados Unidos, sendo que em outras partes do mundo, normalmente, é executado as peças relacionadas: Esmeralda grand pas des fleurs, Esmeralda pas de deux, Esmeralda pas de six e Esmeralda Variation.

Vale mencionar alguns artistas que se apresentaram no balé Esmeralda (Ato II):

Grand pas des fleurs: Alexander Volchkov, Maria Allash, Anastasia Yatsenko, Anna Leonova, Artem Ovcharenko, Vadim Koruchkin, Ruslan Skvortsov, Ekaterina Krysanova, Chinara Alizade, Maria Vinogradova, Artem Ovcharenko, Vladislav Lantratov.

Pas de six: Natalia Osipova e Denis Medvedev, Maria Alexandrova e Denis Savin, Uliana Lopatkina e Andrey Ermakov, Jordan E. Long e Julio Concepcion, Yaima Franco e Yosbel Delgado, e Yelena Yeoteyeva e Eldar Aliyev.

Pas de deux: Anastasia Volochkova e Eugene Ivanchenko, Anette Delgado e Joel Carreño, Cecília Kerche e Hernan Piquin, Ekaterina Krysanova e Dmitri Gudanov, Hannah O'Neill e Hugo Marchand, Tamara Rojo e Iñaky Urlezaga, Yuan Yuan Tan e F. Diaz, Maria Alexandra e Denis Savin.

Esmeralda Variation: Agnès Letestu, Ana Sophia Scheller, Kyungmin Kim, Maria Kochetkova, Natalia Osipova, Maria Kochetkova, Meyriane Gonçalves, Miko Fogarty, Stefanija Gashtarska,  Stephanie Santiago, Svetlana Gaida,  Tamara Rojo, Taylor Ciampi, Yeojin Shim.

A comédia musical Notre Dame de Paris, baseada no romance de Victor Hugo, apresenta, em cena lírica, 53 números musicais de autoria de Richard Cocciante (também conhecido como Riccardo Cocciante), dentre os quais sobressai a Ave Maria Païe, letra de Luc Plamondon, interpretada pela cantora Hélène Ségara. O texto enfatiza: “Ave Maria, protège–moi de la misère, du mal et des fous qui règnent sur la Terre.” [AVE MARIA (II) – 18 de dezembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor].

O que admiramos na cigana Esmeralda é o seu amor à Virgem dos poetas. Quem é esse Virgem? Vale transcrever a forma como foi possível a vinda do filho dela ao planeta Terra:

Jesus, um ser multidimensional para poder encarnar no plano físico da Terra, há 2.000 anos, teve que diminuir muito seu poder de grandeza para adaptar às condições que o planeta pode absorver. Diminuindo, diminuindo até a 7ª dimensão, com o auxílio de Maria que lhe forneceu o ectoplasma, matéria-prima de encarnação da luz no plano de sombras que é este vale de lágrimas. [ANEL DE EINSTEIN – 8 de abril de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].

Nenhum comentário:

Postar um comentário