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sábado, 14 de maio de 2016

OTIMISMO DE INOCENTE


Narrado na série Pégaso um sonho manifestado em viagem astral foi revelado num ambiente repleto de pessoas que exerceram função executiva numa grande empresa nacional.
Por duas vezes, percorri um corredor superlotado de pessoas em atitudes isoladas, na mesma expectativa de algo que estava para acontecer, mas não tinham o conhecimento do que seria. Mulheres bem vestidas, à moda Chanel, não deixavam transparecer um ar de sedução, pois o momento não era de doação de si. [PÉGASO (XLVIII) – 22 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].  
No recinto estavam também algumas funcionárias  conhecidas de passagem, nos corredores ou nos elevadores, era a oportunidade que se estendia embelezando caminhos. A propósito, aproveitando a condição de domínio público da poesia de Raul de Leoni (1895/1926), para transcrever o soneto História Antiga que, de alguma forma, era pertinente à situação:
No meu grande otimismo de inocente, 
Eu nunca soube por que foi... um dia, 
Ela me olhou indiferentemente, 
Perguntei-lhe por que era... Não sabia...
Desde então, transformou-se de repente
A nossa intimidade correntia
Em saudações de simples cortesia
E a vida foi andando para frente...
Nunca mais nos falamos... vai distante...
Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante
Em que seu mudo olhar no meu repousa,
E eu sinto, sem no entanto compreendê-la, 
Que ela tenta dizer-me qualquer cousa, 
Mas que é tarde demais para dizê-la...
Quando foi revelado ao funcionário da empresa, que serviu no exterior, o que estava acontecendo naquele ambiente mergulhado na expectativa, as mulheres também tomaram conhecimento da situação e começaram a entender que já não havia mais o colapso da função de onda, passando a viver todos elas de resultados.
Um pensamento solto no ar é percebido por todos ao mesmo tempo e a mesma situação dele de indagação sobre o ocorrido passou a ser também a de todas as mulheres que conhecíamos de vista, quando estávamos trabalhando na mesma empresa.
Na trajetória terrena, não devemos depreciar nenhum momento e nenhuma pessoa que nos chega como mensagem que faz parte de nosso enredo em comum, mesmo que não seja reconhecida por quem vive em outra faixa de rolamento da estrada.
O destino criado por nós, em momentos de decisão, é a nossa marca registrada que fica no astral, tanto em nós como no campo magnético onde estão os nossos pensamentos atestando quem somos nós.
Assim quando pensamos, estamos irradiando coloração compatível com o nosso mundo interior, numa aura que sobressai cores de variados matizes, nessa irradiação estão as nossas possibilidades de caminhar, viajar a mundos felizes, onde é sempre o nosso destino, destino de toda a criatura humana, mais cedo ou mais tarde, essa compreensão ficará bem clara e à vista de todos.
A descoberta pelos cientistas David Bohm e Stewart Wolf de que os pensamentos repercutem no sistema imunológico da criatura humana já denota o que se expande do nosso mundo íntimo que se interliga com o que atrairmos por afinidade, na mesma frequência de onda. Isto não se restringe apenas no campo físico, tem repercussão no campo astral, até mesmo quando cessar o colapso da função de onda, recurso empregado somente quando vivemos na matéria.
A afirmação do psicólogo Rollo May (1909/1994) de que o ser humano, vivenciando o vazio existencial derivado de incursões na sexolatria e no consumismo, tende a cair em depressão que repercute no ambiente em que vive, alastrando-se em espaços comuns, tanto no trabalho como na família.
O otimismo de inocente do poeta petrolitano já denota que um dos pilares (simplicidade, humildade, transparência e alegria) de que vimos falando neste espaço da mídia, está nesta apreciação de valores que se eternizam aqui e por onde estivermos em corpos sutis.

www.fernandopinheirobb.com.br

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