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terça-feira, 31 de maio de 2016

CUPID VARIATION


Cupid Variation aparece no 2º Ato do balé Don Quixote, de Ludwig Minkus, coreografia de Marius Petipa. No romance de Miguel de Cervantes a busca de Don Quixote de La Mancha estava na situação e na circunstância em que ele mesmo definiu em versos:
“Sonhar o sonho impossível
Sofrer a angústia implacável,
Pisar onde os bravos não ousam,
Reparar o mal irreparável,
Amar um amor casto à distância,
Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.”
– Don Quixote, de Miguel Cervantes

Revolucionários a Terra sempre os teve, inclusive os libertadores das Américas que inspiraram e ainda inspiram os governantes latinos, principalmente os da Venezuela e Argentina, mas no paradigma planetário não fazem a libertação. [AMÉRICA LATINA – 8 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Holllywood foi mais longe, apresentando vários episódios da série Star Wars (Guerra das Estrelas), sempre com record de bilheteria, o último Star Wars 7: O Despertar da Força, lançado em dezembro/2015. Em todos eles, a finalidade é salvar a Terra dos ataques alienígenas.  [AMÉRICA LATINA – 8 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].    
Don Quixote deu peso e referência ao sonho que buscou e não se limitou a ficar na impossibilidade de que o sonho se realizaria ou não. Se não acreditasse no sonho, a impossibilidade de acontecer se realizaria, dentro das possibilidades quânticas, seguindo o pensamento de Albert Einstein: o pensamento cria a realidade.  
Don Quixote, em fértil imaginação, viu o céu quando viu Dulcinea e conclui: “E o teu nome é como uma oração um anjo sussurra... Dulcinea.” Todos nós somos impulsionados a encontrar, como Cervantes, um amor casto à distância. 
Depois de lutar contra os moinhos de vento, mas para ele eram gigantes, fica inconsciente, adormece e sonha com Dulcinea que está acompanhada de Cupido, dríades e outras ninfas (criaturas da mitologia grega).
Essa cena de Cupid Variation surge por causa da conexão do pensamento dele e o da figura mitológica, vivendo nesse sonho, pois ambos estão numa mesma frequência de onda, onde a consciência está presente, lembrando que física quântica já estabelece que tudo tem consciência, inclusive os insetos.
No sonho que é verdadeiro, o sonho é sempre real, embora esteja em outra área da percepção humana, Don Quixote vê bailarinas dançar e se encanta com tanta beleza aos seus olhos, todas vestidas com roupas levemente esvoaçantes e delicadas.
Cupido se apresenta à moda grega para lembrar a sua origem mitológica. Ela se aproxima dele e, tocando-lhe as mãos o convida para participar da dança. Ele fica sem saber o que fazer ou pensar, aliás nem precisa pensar, apenas acompanha os passos leves e delicados de Cupido.
Na coreografia do balé, Don Quixote estende os braços tentando acompanhá-las, mas não tem jeito para dançar, mesmo assim ele as acompanha. Cavaleiro que é, ele se ajoelha, faz gesto de mãos ao peito e oferece a espada a Cupid, mas ela não está ligada em espada, apenas na dança que inspira o amor.
A amada Dulcineia se aproxima de Don Quixote, mas ele não pode tocá-la, não a alcança porque a dança está em movimento. Fica então parado, uma pequena dançarina o puxa para o meio do salão, mas ele não a acompanha, então, levanta as mãos, acompanhando a música, sai da cena de dança e fica nos fundos vendo as bailarinas dançar.
Na realidade tangível, ele pensou na mulher amada, fazendo o que chamamos de colapso da função de onda e acreditou no que poderia acontecer, agindo e criando a realidade que veio em forma de sonhos, ideia que já estava fazendo parte do mundo subjetivo. Somos o que pensamos, não pode ser diferente.
Assim são os nossos sonhos. Nascidos em fontes sagradas têm a direção que a lei natural determinará. Os rios têm a gravidade que favorece o percurso, o homem possui a gravitação de seus interesses em torno da causa que beneficiará a todos. A evolução está em tudo. É por isto que vemos se extinguir movimentos de beleza restritos à área particular de pessoas que pensam sentir o infortúnio e o isolamento. [ANTAR – 5 de julho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Bailarinas famosas que dançaram Cupid Variation, do balé  Don Quixote, de Minkus: Abigail Connolly, Alina Cojocaru,  Anastasia Matvienko, Anastasia Stashkevich, Aubrey Carlsen, Bridgette Burnett, Christine Bejarano, Daria Khokhlova, Diana Ionescu, Diana Marie Gallegos, Ekaterina Krysanova, Ellaine Young, Evgenia Obraztsova, Han Yijia, Ivana Harizanova, Kezia Nicole, Konstantina Liontou, Lauren Gonzalez, Luna Montana Hoetzel, Marina Vasilieva, Marissa Orzame, Mariya Stoyanova, Maya Grigorieva, Miko Fogarty, Nanaka Mizuhara, Nina Kaptsova, Roxy Slavin, Valerya Martynyuk, Victoria Luchkina, Yong Jung Rhee, entre outras.


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