Páginas

segunda-feira, 23 de maio de 2016

GISELLE


Uma história de amor e decepção vivenciada por uma camponesa é o que o balé Giselle, de Adolphe Adam, apresenta na coreografia de Jules Perrot e Jean Coralli, com libreto de Théophile Gautier e Vernoy de Saint-Georges.

Apresentado pelo Boshoi Ballet Company, Orchestra of the Boshoi Theatre, conduzido pelo maestro Algis Zhuraitis, traz no elenco nos principais papéis: Natalia Bessmertnova (Giselle), Mikhail Lavrovsky (Albrecht), Vladimir Levashov (Hilarion) e Galina Kozlova (Myrtha).

Tendo uma depressão que a levou a morte pelo fato de ser enganada por Albrecht, a aldeã Giselle passa para o outro lado da matrix carregando os engramas do passado. Vivendo das lembranças felizes ao lado do seu amado, ela se imanta nesse enlevo, dentro na situação conhecida por “Wili” (fantasma de mulher enganada antes de casar).

No primeiro ato, Giselle, meiga, graciosa, deixa-se ser levada pela pegada de Albrecht, um aristocrata que finge ser camponês, pois ela pensa que ele é um rapaz da vila. Ele usa uma tática taoísta ao fazer com que ela se interesse por ele, não dando em cima dela, como na cena em que aparece ajoelhado num só joelho, com as mãos na testa. Logicamente, os pensamentos dele têm um endereço certo, os gestos não parecem demonstrar. Não importa, o que se pensou entra no campo eletromagnético e atinge o alvo, mesmo não revelado por ações.

Há diferenças sociais entre ambos e para agravar a situação, Albrecht é noivo de Bathilde, a filha do Duque de Courland. Há concorrência em jogo, Hilarion, guarda-caça da vila também está interessado em Giselle e tenta impedir Albrecht de se aproximar dela. Mas, ela prefere Albrecht e festeja a decisão em companhia de suas amigas e companheiros.

Na festa da colheita de uvas, no momento em que Giselle é eleita e coroada a rainha da festa, chega uma comitiva de caças liderada pelo duque, acompanhado da filha. 

Querendo tirar partido, Hilarion, diante dos convidados, revela que Albrecht está noivo de Bathilde, fazendo com que Giselle fique amargurada e entra em desespero, faz uma dança frenética e, aos extremos, passa para o outro lado da matrix. A espada de Albrecht está perto dela.

No segundo ato, a cena é ambientada numa clareira dentro da mata. Quando é meia-noite, Giselle surge rediviva, dançando, fiel ao amor que sente pelo amado que ficou a chorar, lamentando-lhe a falta. Ela revive o amor que sentiu por ele, fazendo eclodir os resultados das ações que realizou.

Na evolução da dança, Gisele pega a coroa de flores que foi depositada em cima da cruz, onde o seu corpo físico jazia. Como tudo é partícula e onda, ela não pegou na coroa de flores partícula, ela pegou a coroa de flores onda, como é comprovado pela ciência, por estar no campo eletromagnético onde ela dançava.  

Nesse cenário da noite escura, surgem figuras com vestidos de noivas para realizar o conhecido baile das “Wilis”, moças que não podem mais fazer o colapso da função de onda por causa da morte física. Almas errantes, elas se encostam nos rapazes que encontram pelo caminho.

Myrtha, a rainha das “Wilis”, parte para cima de Hilarion, atormentando-o e, em seguida, é a vez de Albrecht, mas Giselle corre para ficar perto dele, fazendo com que Myrtha não o toque. Não é dito que o amor faz milagres? Então, é isso que acontece. Quando surge o amanhecer, o baile das “Wilis” se desvanece diante da luz do sol.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário