Uma história de
amor e decepção vivenciada por uma camponesa é o que o balé Giselle, de Adolphe
Adam, apresenta na coreografia de Jules Perrot e Jean Coralli, com libreto de
Théophile Gautier e Vernoy de Saint-Georges.
Apresentado pelo Boshoi Ballet Company, Orchestra
of the Boshoi Theatre, conduzido pelo maestro Algis Zhuraitis, traz no elenco
nos principais papéis: Natalia Bessmertnova (Giselle), Mikhail Lavrovsky
(Albrecht), Vladimir Levashov (Hilarion) e Galina Kozlova (Myrtha).
Tendo uma depressão que a levou a morte pelo fato
de ser enganada por Albrecht, a aldeã Giselle passa para o outro lado da matrix
carregando os engramas do passado. Vivendo das lembranças felizes ao lado do
seu amado, ela se imanta nesse enlevo, dentro na situação conhecida por “Wili”
(fantasma de mulher enganada antes de casar).
No primeiro ato, Giselle, meiga, graciosa,
deixa-se ser levada pela pegada de Albrecht, um aristocrata que finge ser
camponês, pois ela pensa que ele é um rapaz da vila. Ele usa uma tática taoísta
ao fazer com que ela se interesse por ele, não dando em cima dela, como na cena
em que aparece ajoelhado num só joelho, com as mãos na testa. Logicamente, os
pensamentos dele têm um endereço certo, os gestos não parecem demonstrar. Não
importa, o que se pensou entra no campo eletromagnético e atinge o alvo, mesmo
não revelado por ações.
Há diferenças sociais entre ambos e para agravar a
situação, Albrecht é noivo de Bathilde, a filha do Duque de Courland. Há
concorrência em jogo, Hilarion, guarda-caça da vila também está interessado em
Giselle e tenta impedir Albrecht de se aproximar dela. Mas, ela prefere
Albrecht e festeja a decisão em companhia de suas amigas e companheiros.
Na festa da colheita de uvas, no momento em que
Giselle é eleita e coroada a rainha da festa, chega uma comitiva de caças
liderada pelo duque, acompanhado da filha.
Querendo tirar partido, Hilarion, diante dos
convidados, revela que Albrecht está noivo de Bathilde, fazendo com que Giselle
fique amargurada e entra em desespero, faz uma dança frenética e, aos extremos,
passa para o outro lado da matrix. A espada de Albrecht está perto dela.
No segundo ato, a cena é ambientada numa clareira
dentro da mata. Quando é meia-noite, Giselle surge rediviva, dançando, fiel ao
amor que sente pelo amado que ficou a chorar, lamentando-lhe a falta. Ela
revive o amor que sentiu por ele, fazendo eclodir os resultados das ações que
realizou.
Na evolução da dança, Gisele pega a coroa de
flores que foi depositada em cima da cruz, onde o seu corpo físico jazia. Como
tudo é partícula e onda, ela não pegou na coroa de flores partícula, ela pegou
a coroa de flores onda, como é comprovado pela ciência, por estar no campo
eletromagnético onde ela dançava.
Nesse cenário da noite escura, surgem figuras com
vestidos de noivas para realizar o conhecido baile das “Wilis”, moças que não
podem mais fazer o colapso da função de onda por causa da morte física. Almas
errantes, elas se encostam nos rapazes que encontram pelo caminho.
Myrtha, a rainha das “Wilis”, parte para cima de
Hilarion, atormentando-o e, em seguida, é a vez de Albrecht, mas Giselle corre
para ficar perto dele, fazendo com que Myrtha não o toque. Não é dito que o
amor faz milagres? Então, é isso que acontece. Quando surge o amanhecer, o
baile das “Wilis” se desvanece diante da luz do sol.
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