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quinta-feira, 26 de maio de 2016

QUEBRA-NOZES


Quebra-Nozes ganha o ouro olímpico: é o balé mais popular do mundo, numa mistura de magia e realismo que é favorecido pelos tempos nostálgicos das festas de Natal em que se sobressaem os contos de fadas, além de ter a música de Tchaikowsky como expressão máxima do balé.

Na obra Raising the Barre, de Lauren Kessler, a autora enfatiza: “O Quebra-Nozes é a minha cura para a crise de meia-idade”. Na entrevista publicada, a jornalista Nora Krug finaliza: “A realização de Kessler na dança em O Quebra-Nozes é admirável”. [The Washington Post – 10 de dezembro de 2015].

Desde a inocência da heroína Clara até o exotismo, que muito nos agrada, as danças russas, árabes e chinesas e a valsa das flores: encanto total. Grand pas de deux, variações e coda são pontos altos da dança, embora a parte de história tenha um sentido que vem ultrapassando os tempos, em apreciação sempre elevada.

Os contos de fada e os sonhos do mundo subjetivo estão interligados aos sonhos reais e se completam quando a realidade tangível surge. Isto aconteceu com outros balés, a seguir:

O balé Raymonda escrito por Lydia Pashkova e Marius Petipa, coreografia de Marius Petipa, música de Alexander Glazunov, encenado em 3 atos.

O 1º Ato possui 3 variações, sendo que Visions Variation é apresentado no 2º quadro do palco no qual Raymonda é conduzida, em sonhos, por Dama Branca, ancestral da família, ao reino da fantasia onde ela é apresentada a um fidalgo sarraceno. [RAYMONDA VARIATION – 28 de maio de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 

Cupid Variation aparece no 2º Ato do balé Don Quixote, de Ludwig Minkus, coreografia de Marius Petipa. No romance de Miguel de Cervantes a busca de Don Quixote de La Mancha estava na situação e na circunstância em que ele mesmo definiu em versos: “Sonhar o sonho impossível”. [CUPID VARIATION – 31 de maio de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].

Quando compartilhamos no facebook o vídeo do Pas de Deux, do balé Quebra-Nozes, apresentado pela Orchestra Royal Ballet, sob a regência do maestro John Lanchbery, tendo como bailarinos Rudolf Nureyev, no papel de o príncipe, e Merle Park, interpretando Clara, a nossa amiga Irina Orlova, Rostov, Rússia, curtiu a postagem no facebook, expressando-se: agradeço a você, meu amigo. É realmente maravilhoso!”

Outro comentário que diz respeito ao berço do balé veio de nossa amiga Nilza Lopes da Silva: “Eu morei na Rússia quando fui Vice-Cônsul do Brasil em Moscou e adorei Moscou, o povo muito gentil, os espetáculos de ballet que assistia no Teatro Bolslhoi, a comida que é muito gostosa e algo que todos admiram, seja homem ou mulher – a beleza e a elegância das mulheres russas.

De saudosa memória John Lanchery (1923/2003), respeitado e admirado em 3 continentes, esteve à frente do Royal Ballet (1960 a 1972), Australian Ballet (1972 a 1977) e American Ballet Theatre (1978-1980). [The Guardian – 28 de fevereiro de 2003].

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