Quebra-Nozes ganha o ouro olímpico: é o balé mais popular do
mundo, numa mistura de magia e realismo que é favorecido pelos tempos
nostálgicos das festas de Natal em que se sobressaem os contos de fadas, além
de ter a música de Tchaikowsky como expressão máxima do balé.
Na obra Raising the Barre,
de Lauren Kessler, a autora enfatiza: “O Quebra-Nozes é a minha cura para a
crise de meia-idade”. Na entrevista publicada, a jornalista Nora Krug finaliza:
“A realização de Kessler na dança em O Quebra-Nozes é admirável”. [The
Washington Post – 10 de dezembro de 2015].
Desde a inocência da heroína
Clara até o exotismo, que muito nos agrada, as danças russas, árabes e chinesas
e a valsa das flores: encanto total. Grand pas de deux, variações e coda são
pontos altos da dança, embora a parte de história tenha um sentido que vem
ultrapassando os tempos, em apreciação sempre elevada.
Os contos de fada e os
sonhos do mundo subjetivo estão interligados aos sonhos reais e se completam
quando a realidade tangível surge. Isto aconteceu com outros balés, a seguir:
O balé Raymonda escrito por
Lydia Pashkova e Marius Petipa, coreografia de Marius Petipa, música de
Alexander Glazunov, encenado em 3 atos.
O 1º Ato possui 3 variações,
sendo que Visions Variation é apresentado no 2º quadro do palco no qual
Raymonda é conduzida, em sonhos, por Dama Branca, ancestral da família, ao
reino da fantasia onde ela é apresentada a um fidalgo sarraceno. [RAYMONDA
VARIATION – 28 de maio de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Cupid Variation aparece no
2º Ato do balé Don Quixote, de Ludwig Minkus, coreografia de Marius Petipa. No
romance de Miguel de Cervantes a busca de Don Quixote de La Mancha estava na
situação e na circunstância em que ele mesmo definiu em versos: “Sonhar o sonho
impossível”. [CUPID VARIATION – 31 de maio de 2016 – blog Fernando Pinheiro,
escritor].
Quando compartilhamos no
facebook o vídeo do Pas de Deux, do balé Quebra-Nozes, apresentado pela
Orchestra Royal Ballet, sob a regência do maestro John Lanchbery, tendo como
bailarinos Rudolf Nureyev, no papel de o príncipe, e Merle Park, interpretando
Clara, a nossa amiga Irina Orlova, Rostov, Rússia, curtiu a postagem no
facebook, expressando-se: agradeço a você, meu amigo. É realmente maravilhoso!”
Outro comentário que diz
respeito ao berço do balé veio de nossa amiga Nilza Lopes da Silva: “Eu morei
na Rússia quando fui Vice-Cônsul do Brasil em Moscou e adorei Moscou, o povo
muito gentil, os espetáculos de ballet que assistia no Teatro Bolslhoi, a comida
que é muito gostosa e algo que todos admiram, seja homem ou mulher – a beleza e
a elegância das mulheres russas.
De saudosa memória John
Lanchery (1923/2003), respeitado e admirado em 3 continentes, esteve à frente
do Royal Ballet (1960 a 1972), Australian Ballet (1972 a 1977) e American
Ballet Theatre (1978-1980). [The Guardian – 28 de fevereiro de 2003].
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