Por muito tempo
o contrário do amor era considerado o ódio, isto porque o dualismo humano era
mais acentuado na oscilação em que buscava um ponto de apoio para se afirmar,
isto acarretava um sofrimento muito grande.
O medo é o
espinho entre as rosas, mesmo assim em sua volta há perfume. No entanto, a
opção é sempre pelas rosas pela sutileza da matéria, uma das mais sutis que
existe na Terra.
Tudo pode
acontecer entre nós, menos o medo, sempre dissemos as leitoras do blog Fernando
Pinheiro, escritor, que nos acompanham, algumas dissemos isto pessoalmente como
marca registrada de nosso perfil de escritor que possuímos aquilo que Spinoza
chamava “a potência de agir”, e na concepção freudiana, a libido.
A propósito,
vale assinalar a transcrição de 3 parágrafos, a seguir mencionados, contidos na
crônica RESISTÊNCIAS – 18 de fevereiro de 2013, em resposta a uma missiva que
recebemos de uma leitora, na qual elucidamos acerca do que vem a ser o medo:
A sociedade é
dominada pelo medo para que os manipuladores de massas tenham o controle. E
assim, sem o conhecimento de si mesmo, a revelação do que o ser humano é em
verdade, o ser etéreo (eterno) fica subjugado pela cultura do transitório e
ilusório (o maia dos hindus).
Essa cultura
estabelece o confinamento do planeta e tem os seus dias contados. Nós saímos
dessa teia de aranha trazendo conosco a vivência em 4 pilares: simplicidade,
humildade, transparência e alegria. Somente a potência de nosso ser profundo
pode rasgar essa teia.
Como conseguir
isso?,você me pergunta. Não é questão de querer ou de vontade, pois isto se
movimenta no campo mental. Somente o seu ser profundo pode conseguir. Isto é
obtido normalmente ao dormir quando há possibilidade de quietude de seus
sentidos, mas pode ser obtido também num piscar de olhos, se houver as
condições favoráveis para a realização.
Em 28/9/2013,
quando fizemos o post da crônica RESISTÊNCIAS no site Apoiadores de Inclusão de
Disciplina sobre “Cidadania”, a leitora ElenirCericatto comentou: “eu acrescentaria
mais uma palavra ... “Diplomacia”. Muito bom seu escrito.”
A nossa
resposta: Elenir, valeu a sua participação, a diplomacia está incluída na
transparência, essa transparência está ligada ao nosso coração, ao nosso ser
profundo, e não a revelação de nossa personalidade transitória. Vamos manter
contacto que será muito bom para nós dois.
Ainda sobre “a
potência do agir” do filósofo Spinoza tem respaldo no pensamento de Aristóteles
quando diz que “Ética é o pleno desabrochar das próprias potências”, é uma
proposta aos moldes da filosofia grega.
Não somos
gurus nem orientadores de ninguém, pois cada um tem o seu caminhar que lhe é
próprio escolher a direção.
A fé é
fundamental, não é a fé em nenhuma ideologia, partido político ou sistema de
governo, sempre oscilante no dualismo humano, mas a fé em seu ser profundo que
se liga com a fonte.
Se essa fé não
existir, então, podemos ouvir notícias de amores mendigando um sorriso e a
tristeza de quem está procurando o que não sabe.
A proposta do
filósofo Aristóteles abrangia uma ética num pacote inteiro e se estendia até a
morte, não havia visão do término, muito diferente da ética atual em que se
desdobra uma visão conduzida, no plano do transitório, em condutas isoladas.
Esta é a consciência planetária dissociada que está indo embora da Terra com a
transição planetária simbolizada na separação do joio e do trigo.
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