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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A SAÍDA

Por muito tempo o contrário do amor era considerado o ódio, isto porque o dualismo humano era mais acentuado na oscilação em que buscava um ponto de apoio para se afirmar, isto acarretava um sofrimento muito grande.
O medo é o espinho entre as rosas, mesmo assim em sua volta há perfume. No entanto, a opção é sempre pelas rosas pela sutileza da matéria, uma das mais sutis que existe na Terra.
Tudo pode acontecer entre nós, menos o medo, sempre dissemos as leitoras do blog Fernando Pinheiro, escritor, que nos acompanham, algumas dissemos isto pessoalmente como marca registrada de nosso perfil de escritor que possuímos aquilo que Spinoza chamava “a potência de agir”, e na concepção freudiana, a libido.
A propósito, vale assinalar a transcrição de 3 parágrafos, a seguir mencionados, contidos na crônica RESISTÊNCIAS – 18 de fevereiro de 2013, em resposta a uma missiva que recebemos de uma leitora, na qual elucidamos acerca do que vem a ser o medo:
A sociedade é dominada pelo medo para que os manipuladores de massas tenham o controle. E assim, sem o conhecimento de si mesmo, a revelação do que o ser humano é em verdade, o ser etéreo (eterno) fica subjugado pela cultura do transitório e ilusório (o maia dos hindus).
Essa cultura estabelece o confinamento do planeta e tem os seus dias contados. Nós saímos dessa teia de aranha trazendo conosco a vivência em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Somente a potência de nosso ser profundo pode rasgar essa teia.
Como conseguir isso?,você me pergunta. Não é questão de querer ou de vontade, pois isto se movimenta no campo mental. Somente o seu ser profundo pode conseguir. Isto é obtido normalmente ao dormir quando há possibilidade de quietude de seus sentidos, mas pode ser obtido também num piscar de olhos, se houver as condições favoráveis para a realização.
Em 28/9/2013, quando fizemos o post da crônica RESISTÊNCIAS no site Apoiadores de Inclusão de Disciplina sobre “Cidadania”, a leitora ElenirCericatto comentou: “eu acrescentaria mais uma palavra ... “Diplomacia”. Muito bom seu escrito.”
A nossa resposta: Elenir, valeu a sua participação, a diplomacia está incluída na transparência, essa transparência está ligada ao nosso coração, ao nosso ser profundo, e não a revelação de nossa personalidade transitória. Vamos manter contacto que será muito bom para nós dois.
Ainda sobre “a potência do agir” do filósofo Spinoza tem respaldo no pensamento de Aristóteles quando diz que “Ética é o pleno desabrochar das próprias potências”, é uma proposta aos moldes da filosofia grega.
Não somos gurus nem orientadores de ninguém, pois cada um tem o seu caminhar que lhe é próprio escolher a direção.
A fé é fundamental, não é a fé em nenhuma ideologia, partido político ou sistema de governo, sempre oscilante no dualismo humano, mas a fé em seu ser profundo que se liga com a fonte.
Se essa fé não existir, então, podemos ouvir notícias de amores mendigando um sorriso e a tristeza de quem está procurando o que não sabe.
A proposta do filósofo Aristóteles abrangia uma ética num pacote inteiro e se estendia até a morte, não havia visão do término, muito diferente da ética atual em que se desdobra uma visão conduzida, no plano do transitório, em condutas isoladas. Esta é a consciência planetária dissociada que está indo embora da Terra com a transição planetária simbolizada na separação do joio e do trigo.


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