A discussão do
cangaço, com liberdade, tema diário dos noticiários, chega mais uma vez ao cinema
para mostrar Serra Pelada, filme do diretor Heitor Dhalia, ambientado nos idos
de 1980, rodado em 2013, no interior de São Paulo.
No garimpo não
era permitida a presença de mulheres, mas como ninguém pode acreditar num mundo
sem mulheres foi incluída cenas de amor no filme. Descobrir a beleza da mulher
vem desde os tempos idos e ainda continua nos tempos atuais.
No plano
mental, os desejos têm o seu reino e voam aonde querem ir, se tem cura ou não
pouco importa, o que vale, nessa situação, é descobrir os desejos. A cura se
realiza no plano supramental.
No
relacionamento afetivo há estratégias, assim como nas pelejas de qualquer
espécie, e temos em mente a conquista, embora não venhamos a expor abertamente
porque isto também faz parte da estratégia. O taoísmo no amor é sempre
conquistador porque não demonstra a conquista: é o alcance sem querer
demonstrar. Na tática feminina seria o recato.
Quando o homem
descobre a mulher, desde a nudez dos pés, em que há uma entrega do mistério
insondável, um mundo de percepções e sentidos passam a gerar novos dispositivos
para compreender os enigmas que nos envolvem.
Na peleja do
homem, buscando a boniteza da mulher, é a busca que o homem tem de si mesmo,
não pela sexualidade complemente diferente, mas os encantos de alma que as
mulher possuem, todas sem exceção e não importando a situação em que estejam.
Quando adormecidas, basta aflorar o que no íntimo possuem.
Há um silêncio
dentro de nós quando temos notícias de mulheres sob efeito de drogas lícitas, a
medicação psiquiátrica que a fazem viver dentro de uma via-crucis, onde o
sofrimento sempre existe, e sem previsão para acabar, embora haja a intenção médica
de recuperar a saúde de pacientes neste mistério da mente que não está ainda
conhecido por completo, apenas uns 8% vamos dizer.
Somente o amor
deslinda os enigmas do caminhar, assim como vimos, no noticiário, uma cadela
que ficou 12 horas à espera do dono na porta da delegacia, no Espírito Santo,
sem esmorecer e esse silêncio, em forma de fidelidade, que a acompanhou naquela
aparente solidão, quando da prisão do seu dono.
Alegra-nos
sentir que devemos incentivar frentes de trabalho junto a pessoas que estão
confinadas, de alguma forma, à liberdade de locomoção, nas casas de repouso,
asilos de idosos, não nas clínicas psiquiátricas que não temos acesso, mas onde
houver a solidão de pessoas vamos levar o nosso pensamento ou mesmo a nossa
presença física.
Este é o nosso
garimpo, onde há a peleja que aprendemos vir do Nordeste brasileiro, nossas
raízes, é também um banquete à moda de Sócrates, onde o amor foi apresentado,
de forma inicial, na roupagem acadêmica, dentro de nossa cultura ocidental.
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