Não há o que
comemorar numa separação de casais, as lembranças estão numa redoma envolvendo
a ambos, a fuga para a bebida é um abismo que se estende aos nossos pés, se
dermos peso e referência ao que não existe mais.
O lembrete é oportuno
a todas as pessoas que recorrem ao álcool como forma de fuga ou dispersão: se
você continuar bebendo, bebendo, as pessoas vão te levar para o Centro de
Atendimento Psiquiátrico do SUS ou em clínica psiquiátrica particular, se você
tiver muito dinheiro para gastar. E lá você vai viver uma vida dopada de drogas
lícitas e não mais reconhecerás mais nada. Vale lembrar que, segundo a OMS -
Organização Mundial de Saúde, álcool é droga. Leia a crônica ÁLCOOL É DROGA -
17/10/2013, no blog Fernando Pinheiro, escritor.
No momento
oportuno, o coração decidiu o destino que ambos teriam: um partiu e o outro
ficou, numa partida em que não se mede a distância, o que torna implícito o fim
do romance. A gente pode estar namorando, mas não quer dizer que há um vínculo
unindo o casal, esse é o modismo atual, aliás chamam a isto de ficar.
Se não houve
amor quando estavam juntos, porque haveria de pensar que há amor agora na
separação? Esta suposição entra em polaridades de sentimentos, considerando que
tudo que se pensa é criado, pois é energia que se movimenta, é o Chi do
Taoísmo. No Tao não há dualismo.
Não existe
saudade de um amor que não aconteceu, o ego surge porque não quer perder e se
complica na contradição.
Os engramas do
passado existem porque são pensamentos revelados em situação que cria uma
egrégora própria ou psicosfera e viaja no campo vibracional onde se encontra o
nosso viver, como observou Carl Jung na fantástica descoberta do inconsciente
coletivo.
Na separação
do joio e do trigo que um dia ocorrerá a todos deste planeta, pois ninguém
nasceu para a semente, as pessoas irão para onde está a própria irradiação
criada por elas mesmas e, na afinidade desse teor vibratório, serão arrastadas
a mundos semelhantes em que está vivendo.
Nessas
circunstâncias, se perceber a diferença naquilo que sonhou um dia, e a própria
realidade criada, não adiantará mais retroceder porque a egrégora já está
formada, é por isso que a luz crística encarnada alertou para o final dos
tempos: “haverá prantos e ranger de dentes.”
O momento é de
reflexão: somos o que somos e não pode ser diferente, pensou-se em desencantos
e logo os desencantos surgirão, a nossa sugestão é a saída, em nossa vida, do
dualismo humano que cria duas polaridades, oscilantes nos pontos extremos e
sermos o que realmente somos, na realidade que transcende as aparências.
Relembrar
suposições é voltar-nos contra nós mesmos, e cair nas mãos de quem não tem
acesso ao nosso mundo íntimo e, por uma questão de cultura, hoje vigente no
planeta, há o apelo religioso e a busca de profissionais de saúde que, no clima
questionável até mesmo entre eles, que pode indicar drogas lícitas que irá
modificar a nossa estrutura interna, se assim quisermos que aconteça.
Sejamos nós
mesmos e não o que os outros pensam o que podemos ser nem demos peso e
referência àquilo que, na realidade, não existe, iludindo-nos. O coração é o
nosso ser profundo, que todos nós somos, e que se interliga com a fonte.
Sigamos com
leveza.
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